segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Soltas Bruxas

Em algum lugar, eu sou uma jornada.

Um caminho de terra fértil, onde o amor fez morada.

Um sorriso, um abrigo, flores crescendo por entre calçadas,

mas a força que habita aqui, permanece intocada.


Eu sou uma bruxa boa, tenho historias brancas a serem contadas.

Um soneto em primavera, pueril em toda sua toada.

Acontece que enfim, o feitiço de outrora surtiu efeito,

e é bem provavel que agora, voce vire meu afeito 

sábado, 5 de dezembro de 2020

Sobre o Taj Mahal que eu construo todo dia em segredo, sem te contar

 Não sei, mas quem sabe talvez,

esse pequeno poema que escondo de você te faça notar. 

Não apenas a minha existência, mas

o adeus que eu dou a insistência de um dia, do teu lado de dentro, estar.

Até quem sabe

 Não sei, mas se você fizesse

não somente questão de se esconder,

e me pedisse pra estar tão somente sem esquecer,

eu não ficaria tão perdida nessa lógica toda de te querer.

Porque eu te quero mesmo assim sei lá,

mesmo sabendo que você nunca está do lado de cá,

prometendo ser a ultima vez que com sua ausência eu vou estar.


No entanto é assim sem mim,

que você vai ficando e se acostumando. A cada promessa nova

que nunca encontra o fim desse pranto,

perto e bem ao lado das vontades que ficaram enfim, sobrando num canto.

Perto do que poderiamos ser, somos somente uma idéia vaga enfim,

tão somente uma ideia clara do que poderiamos ser, se voce não fugisse

tanto assim de mim

domingo, 29 de novembro de 2020

Ensaio sobre o que vai deixando de importar, e eu de me importar

 É afeto, mesmo quando não é pra ser. Quando mesmo lá no campo, perdido, sufoca entre as pedras e não consegue florescer. O colher não é para tudo, há amores que ficam melhores no escuro.

Há amor que cresce e enraíza, mas há também os saltos sem paraquedas na beira do abismo tamanha a euforia. Tem amor que não tem força para ser: é como um desatino, sem afeto. Uma poesia sem querer!

E tá tudo bem se não vai brotar agora no seu destino: têm amores que brilham melhor num futuro caminho. Tem amor que só de parecer ser amor, já é a sorte de uma vida inteira, mas como a brevidade das flores, esse tipo de amor se perde nas tentativas de sobreviver entre fronteiras. Dá adeus ao que poderia ser destino e vira memória eterna como uma velha brincadeira de alpendre da época que se era menino.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Superposition

Eu queria poder, meio assim sem querer, ter algum poder.

Dispenso a idiossincrasia da fartura, prosperidade injusta, estimada e imatura.

Não voaria daqui até o céu ou conheceria alguma desconhecida altura.

Queria mesmo poder dominar meus sentimentos e tudo aquilo que me sobeja a alma e parece

não ter cura

domingo, 18 de outubro de 2020

"o amor é um cão dos diabos"

 Você partiu, 

(eu juntei os nossos cacos). 

Você me encheu de tantos vazios que

parece que em mim, não restou mais nenhum espaço.

Sentimentos confusos demais para se jogar fora

 Eu achei que você tivesse partido,

e partindo, tivesse levado a minha ilusão.

Mas você nunca foi embora,

fez de mim morada, a prefeitura é o meu coração.


Mas você nunca foi embora,

me faz de refém todos os dias, dos medos de sempre, de outrora.

Um mar de profusão nada pacifico, um olhar sem sentido,

uma estante de confusão.

O que ainda resta dentro desse meu peito que não seja regado a emoção?



quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Ensaio sobre como tudo se dissipa, como dois e dois as vezes dá 30!

 Tudo passa,

o belo que dissipa, o véu que amassa.

E mesmo assim, existe alguma coisa que aqui por dentro, com certa força me rasga.

Tudo passa! 

Alguma ilusão que fica, o vinho que já não mais me traz a ressaca. E quando eu me perco tentando,

eis que me deparo com um pranto perdido em meio a uma coragem de tentar de novo, muito fraca. Tudo passa.

Resta saber o que fica, o que comum aos dois mundos, se torna inerente nesse intenso mar congelado de gente, em meio a todo esse sentimento envolto de friaca.

Tudo passa. Resta-me perguntar a Deus, já que a mão Dele nem sempre pode me prover o tudo, se ao menos o meu pobre mundo vagabundo, pode enfim sonhar com o fim dessa temporada lasciva de lagrimas. Tudo passa?


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Poesia confessional - parte 1: meu demônio do bem

 Aqui água gelada do meu lado, um corpo quente e bastante silencio, mas lá fora existe uma vontade latente de te marcar nas ruas, nos postes, quiçá a pele, mas com toda certeza, cá dentro.

Estremeço, mas não murmuro. Tenho pra mim que a qualquer momento vou te ler por inteiro, por detrás dos teus confusos muros. Sigo essa certeza, persuadindo minha cabeça para que as ilusões de outrora não me venham a memória, e a paciência, esmoreça. 

Eis que insisto, e vejo florescer novas virtudes na redoma inexorável a qual me pertenço, me basto, e é onde enfim, resido. Insisto, não por ter certeza do amanhã, mas pela vontade de ai dentro, me sentir abraçar todos os seus medos, até aqueles que de alguma forma, também compartilho. Insisto, pra te tocar num intento de alcançar bem dentro de onde o amor pode me fazer dar sentido. E a tudo que desconheço, mas ouso dizer que é onde eu existo, invento uma coragem boba de ousar esperar a matéria que não me garante certezas, mas é onde reside a paz dos meus instintos. Me importo de tal forma que esqueço da agua gelada, do silencio e das ruas e postes formando o caminho, e me aqueço com a certeza de que alguma hora o folego que poupei vai me coroar a espera com o que me aguardava no destino

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Nunca se sabe qual o defeito que sustenta o edifício inteiro

 Essa vida tacanha de nada me interessa. Gente que se apequena diante das profusões dispostas à mesa, como se naufragasse num mar de desatino que impede ver o agora e o que por ventura se pode viver daqui até o infinito com bastante certezas.

É que há muitos sinto ojeriza, ora da forma como vivem os santos, ora da maneira fria que o amor sinaliza. Pergunto aos loucos e os que se dizem sentir como poucos: onde está a infinita e tortuosa melodia? Calem para sempre essa vida medíocre que tanto gritam a plenos pulmões como se perdidos em alguma sincope acordados em ilusões. Me devolvam a esperança de dias com hiperônimo, os apólogos e quimeras que eu sinto cá dentro mas que por algum lamento se perdeu num mar de sentimentos anônimos. Podemos enfim dar inicio a vida, antes que ela dê sinais de falência e encontre seu fim, entre um gole de wisky e o jornal do meio dia?

Ode à escuridão, o adeus ao Jaggermaster e o fim de uma tortura em profusão. Bukowski é de fato, algo a servir de inspiração?

 O que sobra, entre as esperas e a escuridão que assola? O medo, a falta, o medo de sentir falta.

E esse ode ao sofrimento, com bastante desatino me lança num mar profuso de sentimento. Tenho morrido aos poucos, aos tantos, aos montes e aos cantos, e cada pedaço restante sente falta do que se perdeu empoeirado na estante.

Tenho sido vaga, folha solta, e por diversas vezes todo esse medo me denota o que me falta. Eu sou as vezes louca, um pouco intensa, e essa loucura não me basta, mas de alguma forma, me acalenta.

Queria mais que isso, queria que tivesse algum sentido bater a porta e dizer o que sinto, mas acho que não vai dar em nada. Tenho visto com algum intento, a agonia se repetir ao expoente da loucura, escrita nos muros, como se quisesse me lembrar de que na paz eu não resido, e até então não fiz morada.

E voce não me deixa em paz, me pisa e me joga no chão. E sem nenhuma pena, me rouba de mim e me prende num holocausto de emoção, sem chance alguma de anistia, ou de pedir a vida por mim perdida, meu sincero perdão.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

"Mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo"

 Tivesse tanto tempo, eu cantava mil canções. Todas numa nota a toa, nenhuma atenta aos acentos e conjunções. Quisesse eu falar em versos, toda poesia que me assola e me devolve os pedaços onde me falto, em afeto. Quem enfim saberia que essa força que eu finjo não sentir há poucos me acordou e resolveu me fazer companhia ? E essa agonia a me jogar no chão: sem dó nem piedade, apenas uma vontade de vivê-la com bastante paixão

Dissesse a verdade toda vez que vejo um não, o que restaria aqui dentro pra virar enfim essa canção? O que me rouba é o mesmo que me devolve: a incrível sensação de que sinto falta do que não digo, mas eu sinto, e isso me envolve.

Tivesse eu, coragem, te faria uma canção. Daquelas bem piegas, revestidas de coração. Mas não pense você que ela seria uma prosa e rima perdida na poesia: seria uma espécie de oração a te guardar aqui dentro, no lugar onde de todo mal a felicidade te protegeria

domingo, 20 de setembro de 2020

Mad wave, soft love

A cidade, cheia. De talvez, de saber, de tudo que a mim não vai preencher. E a leveza que eu cultivo, anda meus passos, sempre de mãos dadas, sempre de bem comigo. Meus passos de outrora, que não mais cabem no agora, cedem lugar para o que é bonito! Gosto de acreditar que o peso indelével do que nos espera, uma hora chega e a tudo reverbera, uma vez que ainda acredito no que não está em voga: tudo só brota quando é primavera. Que eu esteja onde ainda se puder sonhar o que não foi vivido. Que eu lance o olhar pra onde o mundo interior enfim alcance o infinito. E a quem isso possa interessar, onde não houver amor, não ouse vir a ter comigo.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

O demônio do bem

 A nossa relação, a nossa doentia relação conosco e com o que consideramos parte de nós mesmos, a quantas anda? Esse demonio do bem que nos sorri de volta mesmo quando tudo em volta parece desmoronar.

Adoecemos os laços, os baços e os abraços cada vez mais escassos. A quantas anda a paz entre o que eu digo e com o que se acumula em meu figado? Nós parecemos alguém, vivemos como alguém, nos vestimos como alguém, mas estamos bem aquém do que poderíamos no tornar no além. Esse nosso alem, esse nosso mar, esse porto seguro que fingimos ser só pra não desmoronar, já deu sinais de que a ferrugem deu lugar à falência. É preciso se indispor do insalubre sabor, e entre o que dizemos e fazemos, não pode existir um abismo entre lamentos, mas consonância para que tudo não se destrua com o  simples soprar do vento. Esse momento é necessário: façamos do pouco que nos restou, a responsabilidade de acreditar que é possível segundas chances, renovação de promessas e o simples e vertiginoso direito de amar.

domingo, 6 de setembro de 2020

Bigger stronger

 Na grande maioria das vezes, eu me desinterpreto. Interpreto o que em mim não tem lugar, e faço de conta que sou levada - as vezes só pra ser levada em conta. Eu não sou nenhuma vela ao vento.

Talvez um salto sem paraquedas, um abismo de esperas. O tipo distônico de amores que ao menor sinal de vida, se lança de véspera. Eu não preciso dessa animosidade, nem do quarto trancado de emoções imersos em bagunça e intensidade: eu sobrevivo de quimeras. Se eu pudesse voltar no tempo, lançaria fora boa parte desse insano tormento, só pra viajar de volta pro simples, frágil e tão vago momento.

Eu não te disse nada, você quase nada soube. Eu queria ter partilhado o que naquele instante no meu olhar, não coube - ora pelo ímpeto esconderijo, ora pelo medo acostumado a viver com o que sobra, ou com o que ele de mim, roube. Eu queria ter existido em versos, não em prosa. Quisera ter sentido os olhares, em vez dos desejos vulgares. This is a crazy flipside!

Eu não preciso de nada disso, e tenho certeza que cabe menos dessa versão cá dentro desse abismo. Medo de ganhar, medo de perder. Medo de arriscar, medo de sofrer. Medo de sorrir, medo de chorar. Medo de sem mim, o mundo continuar. Daremos uma festa e dançaremos ate amanhecer, se um dia desses, o amor enfim puder dar uma segunda chance e enfim, florescer.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O que é o silêncio?

Quando o silêncio deixa de ser um vazio, tornando-se alivio. 
O mesmo silêncio que me cala, que mais uma vez tudo estraga. 
O silêncio que estraga, e que por vezes até acalma, 
é o mesmo alento que pra minha alma, falta.

Não é difícil entender - ou amar,
eu erro, eu erro, eu erro.
E insisto no que acho que mereço, 
por mais que a vida por mim não demonstre ter nenhum apreço;

Por que meu coração vive aos pedaços? 
Calado, em silencio, estragado, eu so queria entender.
Que fim levou a vida que eu pretendia um dia, viver?

domingo, 19 de julho de 2020

Ode to my babies


 A vida - e todo o tempo perdido enquanto ela nao era vivida -, me convida a pensar em como que por inumeras vezes o que de fato importava foi posto de lado esperando a banda passar.
  O melhor de mim, em dois mundos que misturam o real e algum retrato pueril de um peludo querubim, traduz-se em existencias que ha um bom tempo me acompanham no caminhar , e adoraria que a presenca deles nunca tivesse que a felicidade esperar.
  Eles estao, sao e estarao sempre aqui, faca chuva ou faca sol enfim. Dure o tempo que for: minha vida completa ficou desde que voces me resgataram do que parece ser um eterno dissabor perdido dentro de mim

domingo, 28 de junho de 2020

Thank you, providence

 Essa noite é como as demais. Nada há de imperfeito em doar-se um pouco a mais. 
 Estamos aqui a passeio, e todo anseio de que sejamos enfim algo que faça sentido vai por fim nos transformar em pesadelo. Eu sonho com a ilusão de que algo quente e pueril ha de enfim me estimar.
 Sou otimista, porém assintomática. Tenho em mim tantos sonhos que ao menor sinal de vida, todos eles ganham asas.

Thank you, India! 

terça-feira, 23 de junho de 2020

Minha beleza e toda a sua incerteza inexpressável

The american dream puzzled by your fears, mixed up by those beautiful tears I laid down all these last years.

 Im not pretty sure if i'm fond by the heart, but those bonds are covered by fear of the unattached.

Is everything, a thing forever?
You can really see me or is it just an ilusion of what you want to see?

Everything would be a thing forever, if ilusions, american dream and beautiful tears weren't choked by the mess of my whole last few years.

(fuck it, sometimes i've loved the void)

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Love is a bitch

I just felt some changes coming,
and those changes are coming alone
but they're coming along with some kind of pain,
And I just dont know where it comes from

If maybe those strengh comes from inside,
what part of you would be put aside?
Im not sure im made of licqor,
but im afraid im alone with that fear besides

The other woman, im that woman
Simone said it before the drama.
I was busy getting attached to love
the inner willing that comes from my whole and stupid karma

domingo, 14 de junho de 2020

Doce desatino

 A chuva nunca vem com o trovejar,
ela atiça e precipita com a promessa de que caindo, fará tudo brotar.

No alpendre e no mundo vivo,
sob o olhar iluminado com o qual eu sobrevivo,
Minha carne arde com um sonhador menino, a me observar

E nua eu te instigo, posto que não há espaço pro meu vestido.
E sobrevivendo ao meu destino, meu amor chega nu, em desatino.
O amor chega às vezes, e vem sem nada vestindo

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Bla bla bla bla bla bla blaaaaa



   Uma boa reuniao: ansiedade e mau humor. Numa dessas amarguras sem muitas desventuras, quem sabe meu estomago resolve partilhar todo seu torpor. Eu tento, eu juro que tento, mas é mais forte que eu todo esse amargo e famigerado lamento. Eu tenho pra mim que todo esse inferno transitado aqui dentro nunca vai ter fim, e enquanto esse dia nao chega enfim, eu me entorpeco com o pior dos venenos o qual eu vou enfim um dia mergulhar inteiramente dentro. Ja nao me interessa o falatorio, o dia a dia e seus pormenores no oratorio! Quero que tudo se exploda com a mesma pressa que me faço refem desse meu odio faminto, onde me resta paciencia e desatino, e uma meia duzia de infernos, e de meninos!

terça-feira, 26 de maio de 2020

You said once, i say always

 O que de pior pode acontecer com uma garota à luz do dia que já não tenha amanhecido na escuridão de sua alma tão soturna e perdida? Não pergunte se não for capaz de sobreviver, posto que a esperança é algo confuso demais para uma alma tão profusa como  eu, de ter. Uma vez que desisti de tentar entender, permiti tudo ser como tiver de ser, mas não por razão de deixar o acaso me achar, mas de me permitir não mais guardar aqui dentro o que nunca haverá de me encontrar. O amor às vezes é o artigo de luxo que somente a sorte dentro de um embrulho fortuito pode te entregar, e eu tenho certeza que sentar e esperar não vai enfim, servir por aqui de algum futuro.
 O que há de melhor por me encontrar? Permita-me sonhar, posto que sou uma alma imensa demais pra esquecer o singelo sorriso que só quem encontrou abrigo, pode enfim dar! 

terça-feira, 19 de maio de 2020

Nothing else matters

  Eis aqui uma verdade absoluta: um dia tudo isso aqui vai ruir. Vai perder a cor e seu esmero, vai trocar o azul por amarelo e a gente vai se esvair por bem, como assim eu espero. Nao pretendo ser indelével, ao menos nao por fora, enquanto por dentro um mundo inteiro que me assola precisa de espaço pra ficar. Ha momentos onde eu nao queria existir e dai eu me pergunto: por onde mais eu deveria todo esse amor, insistir? Todo mundo completa suas lacunas com o que tenta esconder, e por mais que o mundo inteiro nao me permita um lugar de dentro pra pertencer, preciso eu por em ordem o caos no qual eu habito. As vezes a unica percepção que falta é a de que nada falta, embora seja o medo de tudo isso ruir, o que nos mantem atentos a coragem que conosco grita, fala. As vezes a gente só precisa de tempo pra descobrir que entre o medo e a falta existe um mundo de oportunidades a espera de que a gente se dedique menos as lacunas, e mais um pouco ao que de fato nos exalta! Peço a mim mesmo, paciência: um dia toda essa confusão vai deixar espaço para o que com calma esperei com resiliência   

domingo, 10 de maio de 2020

What is it?

Holding you in my arms was for a moment, heaven,
and now these memories are stained
by the shame inside the sensation who took me for granted.

These feelings are now floading lost into my wild,
asking me all the time; where is my mind?
even if i could answer,
that answer is a hard time to find.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Sobre pertencer

Há muita coisa aqui dentro,
enquanto há tanta vida la fora.
Por que sobra espaço no jazigo de mim, se o pedaço
ao qual pertenço nao vai enfim fazer sentido agora?

A minha estrela esta se apagando, talvez!
Fora de controle, se perde no abismo.
Eu juro que se me permitido fosse, a dor
partiria da outorga de tudo que amou-se.

E o tempo - aquilo tudo prometido,
parece que agora nao mais faz sentido.
Nao quero revisitar os túmulos de outrora,
mas daria meu mundo por um socorro aqui de fora.

E o que de fora vem, ao lado de fora pertence.
Só permanece no peito o que é de verdade, a força da gente.



O fim que me convida

Quando a direção for mais importante que o ritmo, que eu nãome sinta imensamente sozinho na imensidão do meu mar. Nao me sinto pronto pra nada disso enfrentar, e sozinho me vejo como o alter ego perdido no pressuposto caminho que eu deveria tomar. É tudo tão confuso: por que que nesse mundo egoico, pertencer parece um sofrimento heroico de que alguma coisa, uma hora vai forma tomar?
Me culpo por nao ter estado a frente quando precisava, e que de toda essa incrível jornada hoje resta pouca coisa que desperta o que outrora eu amava. Oh ceus, te rogo, inferno! Me permitam fazer meu proprio destino sem tanto desatino. Vou enfim comprar uma arma, aquelas que abrem caminhos e possíveis estradas, e por tudo que nao fui, que nao sou e que mesmo querendo, nunca me tornara, vou deixar em perigo o que ainda resta e que acredito se tratar de toda espera de uma hora que tarda, enquanto todo o resto falha. 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Tenha calma! Há coisa nova ao virar a esquina


  A gente não precisa conquistar o mundo para enfim pertencer ao lugar de fala. Às vezes só precisa reconhecer que todo mal dessa busca se reduz ao vazio, um enorme nada. Quero pertencer ao abraço amigo, ao doce conforto dos braços que quando me envolvem, arrancam um gemido em sigilo. Eu me declaro independente, sem nenhum medo de mostrar um lado meu tão doce quanto indecente. Não mais quero ver partir o sol, sem que o seu calor me aqueça como se presa estivesse em seu anzol. Que o amor que desabrigou-se do peito da gente, decida retornar ao caminho do meio e sorria de volta mostrando todos os dentes. Me contem mais sobre os dias divertidos, estendam os braços e me abracem como se só o amor alcançasse nossos ouvidos. Não há mais medo de todos os anos que não foram fiéis, só restou coragem nos dedos adornados pelos meus coloridos anéis. Me beije a manhã, tão forte a cantar como um canto à lenda de Iansã. Só assim vou entender que o pra sempre desobriga-se de ser, sem que seja verbo com obrigação de só aqui permanecer. Eu quero viver enquanto houver flores no caminho pra mim, e sobre essa face incandescente só reluza o amor que me busca, me procura e uma hora vai me encontrar enfim!

terça-feira, 21 de abril de 2020

Nem tudo acontece no dia 07

Eu já disse não pro sim,
já fiz de mim um sofrimento sem fim,
cultivei esperas que só existiam aqui,
enquanto lá fora tudo já indicava de mim, partir

Eu confesso que isso não quero,
embora não pareça, mas é o amor que eu espero,
com toda a injúria e cadência
de quem viveu à espreita com esmero.

Me retiro de todo medo e culpa
que um dia me pertenceram e não partiram em fuga.
Por que diabos eu flerto com o sofrer,
se ao menor  sinal de vida, vejo meu coração florescer?

Me desculpem os afetos calados, sofridos e por mim mitigados.
Eu não sou essa barauna, envolta no maléfico, rangendo os dentes
em torno de um ódio patético

Eu sou estrada a fora, caminho bonito sem maldade.
Quero ver brilhar o sol onde há tanto tempo, só se vê tempestade!

domingo, 19 de abril de 2020

A pior declaração de amor que eu já escrevi

 You can see me, but not feel what's in me
 You saw me naked, although my soul longs for yours to finally make it.
 all the needs we both may need,
 are now lost behind the scenes

I needed you in my arms,
Like a reckless girl with her pretty eyes

The storm inside my soul matches with what is stuck in my throat
and everytime i realize i'm about to live, i forget about to forgive.

You don't want me too, like i did it once
You can't feel me, cuz i had already gone
Wish to send an amusing sparkle of me
in the deepest side of your moon

sábado, 11 de abril de 2020

Emotions

Outside, where i pretend i'm full, i regret what wasn't true,
between the things i was meant to, a space in a mess
where i can be found too.

Why should i pretend not to care?
 I'm convinced, i was born to dare!
And even if i shouldn't to, i wouldn't
pretend i don't love you.

I write about it because the whole mess inside
sometimes wants to grow til surface
And even if i could, i wouldn't burn it.
Sometimes what i feel is exactly what makes me breath,
even though sometimes its the same thing what kills me.

I love all heartache between the lanes,
and the heartbeats running in my land.
Do you still think about all that truth
or even wondered why that whole mess
is called "fall for you"?

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Ode ao Marco zero

Ah, todo esse sossego da minh'alma
que grita sem doer e me faz sorrir com tanta calma!
Eu tenho em mim bastante afeto, do tamanho desse mundo,
ainda que as vezes eu o confunda e dê com ele, de cara com o muro!

Em preto e branco, o esquete do que eu tenho certeza,
que ao menor sinal de vida, vai sendo colorido com toda a minha leveza, leveza essa sem fim, que com saudade está desde o dia em que você foi levado sem um adeus, pra longe de mim

Aqui dentro ainda resta tanta coisa a ser dita. Todo o caminho de terra fértil
dentro de um nó, preso em laço de fita.
Mas não pense nem ouse achar que tem algo em mim a te esperar lá fora,
posto que a vida que habita em mim já tentou fugir, mas não vai ser agora!

terça-feira, 31 de março de 2020

O desassossego

Aquele silêncio, o que volta e meia me pego perdida imersa nesse desassossego, me convida a fazer falta em tudo que a mim não pertence e me cala a fala.
Eu já acreditei no tamanho dos monstros, tão sempre tão maiores que os meus tímidos e desafiadores sonhos. Um sorriso despretensioso e desconcertante, me disse ontem enquanto eu me perdia a todo instante, que há mais beleza no que eu nego do que no que afirmo de forma relutante. Todos queremos nos encontrar, embora a forma correta para que isso aconteça seja de fato o caminho não se procurar, e talvez depois de tanto tempo eu tenha aprendido, de forma que sem nenhum desatino, me permitirei de novo deixar de sonhar.
É a estação da nossa vida, e tenhamos o peito aberto para tudo que nessa estrada esteja nos procurando, talvez sorrindo. Vencer na vida pra que se eu não estou com ninguém, competindo? 

sábado, 28 de março de 2020

Maggot Brain

E o que fazer com toda essa incerteza sobre o que fazer? 
Ora sobre a vida, ora sobre como essa deve ser vivida e que chegue ao fim sem padecer?
Ha muitos nossas almas dão sinal de cansaço sem paixão, e a todos aqueles de braços abertos ao descaso, fica somente a indecisão sobre como dar sentido a esse nobre e sensivel coração.

Eu que há muitos já tive certeza,
ora sobre minhas duvidas e ora sobre o que eu sabia com clareza,
hoje delego ao acaso, os fatos que queiram me encontrar sem que preciso seja a força de algum especifico ato.
Já não vejo mais sentido em dominar os instintos e desejar tão somente que o pior de dois mundos
me seja permitido escantear de lado.

É preciso também o caos, o fiasco, o inutil bater das horas e o subestimado descaso. O adorno de um verso fadado pelo marasmo. Quero e preciso fazer valer essa solidão, para que toda poesia possa enfim encontrar um dia, alguma significância esperando sua razão. Nenhum afeto ficará pra traz, entregue ao ostracismo de dias esquecidos em mentes perdidas em imensidão. A todos os amores que eu amei, os que por um minuto eu resolvi que seriam a aurora que por ventura sonhei, libero o que não virou de fato a descansar no limbo das histórias que sem nenhum embaraço, podem morrer em paz sem ter virado por todos nós, um mar de paixão

quarta-feira, 25 de março de 2020

Bad romance

Eu sei que somos jovens e que ao menor sinal de vida, nosso medo morre. Somos viciados não em drogas mas em como elas nos tiram da realidade que nos assola.
Essa mesma realidade que nos convida a entender o que bate lá dentro, nos abandona como um adorno de carnaval que se esquece depois do esperado fevereiro. Nossos nomes não serão pra sempre escritos na história e isso há muitos me apavora.
Não nasci com vocação ao delével, e isso me atormenta tanto que todo meu pranto me torna um ser vulnerável. Se você me viu nua, e só, se isso te trouxe algum regozijo que se transforma em seguida em pó, por ti eu lamento. É muito pouco dentro de chances em um universo inexorável.
Eu sou uma dessas pessoas em imensidão. Eu tenho tanto medo do esquecimento que ao menor sinal de lamento, me lanço ao fogo com tamanha paixão. E a esse tempo de agora, me despeço com até logo, posto que quero dar a mim mesma alguma sentença de que haverá uma vida inteira à minha espera no mundo afora.

domingo, 15 de março de 2020

Believe, and leave it all behind

Às vezes leva um bom tempo para o que foi levado aos poucos retorne ao seu devido assento. E não há nada de errado nem de novo no que diz respeito ao alento necessário que devíamos dar um a um, aos tantos e aos poucos.
A nós mesmos vamos dando significado por conseguinte, sem criar barreiras que pouco a pouco, nos distingue. Por quanto tempo somos capazes de suportar a pouca própria estima, a ponto de negligenciar o que para nós, significaria imaginar uma inteira e bem vivida, vida?
Na fogueira de nossas vaidades, a nossa sanidade é posta em cheque o tempo todo, e a todos que participam - ora da gente mesmo e ora nossas vidas- só resta um spoiler mal feito de tudo que há do avesso escondido nas nossas feridas. É preciso recriar, ter a certeza que em algum lugar, nos perdemos no caminho da vida. E não há nada de errado em percorrer de novo, a estrada fértil onde esquecemos de carregar junto, nosso tão almejado pote de ouro. Antes de ter certeza sobre nosso pouco valor, é preciso ter ciência de que ao nosso redor, talvez não haja nenhum ser sapiente, mas muita gente descontente com o seu próprio calor. E o calor, essa matéria pungente que a toda hora nos rouba da gente, é o termômetro de que talvez haja excesso de vida ou pouca coisa latente.
Há gente que nos convida à distância. Que nos faz querer ficar longe, até mesmo das poucas e bonitas lembranças. Antes de se sentir pequeno, oriundo de lamento, certifique-se apenas de que não são suas células pequenas demais para o mundo tão cheio de ignorância, mas sim a estima errada que você da, a pessoas que talvez não mereçam a menor das importâncias!

Do not say my name

Sigilosos ais aqui dentro denotam, que todo o caminho que fôra preciso, despede-se ávido de todo o lamento contido. E se preciso fosse, arrancaria do peito com a mão, posto que a matéria que construiu o sofrimento já não reside nem se mistura com paixão. Ouvi dizer que eu me encontro calada, soturna talvez ou distante da toada, mas de todo o abismo que me habita, já não resta dúvida alguma que as partidas são enfim, a sorte que me faltava nessa estrada. Já foi dito por mim e eu confesso essa proeza, que dizer "adeus" era doloroso e daria ao coração, certa frieza. Hoje observo contente, que as distâncias impostas pelo destino são pra sempre, final feliz. Não tem lua que faça dali brotar, a única coisa que dali se sente falta, mas é grande demais para que consiga se notar. E a mim que já muito me importei, hoje só peço a proeza de em paz morrer, a história incrível que te contar um dia, eu tentei! 

sábado, 14 de março de 2020

Ode ao aspirante!

Inevitavelmente, uma hora tudo passa, e nem a dor e nem o amor são eternos companheiros dessa matéria confusa e tão escassa. Há de se orgulhar de tudo que demos, que foi sentido e de alguma forma disso padecemos, sentindo o vazio de uma recíproca vazia e cheia de lamentos. Eu sou essa matéria incandescente, que ao menor sinal de amor, pulso latente. Levo muito tempo  outrossim, pra saber que aqui dentro já começou a pulsar enfim. Não entrego meus afetos aleatório, e as vezes dos imbecis eu ignoro a incapacidade, e mesmo assim dedico tudo que sinto, com alguma força e bastante vontade. 
Eu costumava achar que seria indelevel, que as marcas onde eu internamente nos outros habitava, nunca seriam apagadas. Eles só querem nos esquecer ao fim das coisas. E não há nada de errado em estar do lado de cá, dos que pulsam sem lamento e amam sem nada esperar.  Eu espero essa vida me alcançar. Eu esperarei o tempo que for preciso para essa marca apagar. Dos delitos e das penas que cometi, me enobreço com a certeza de que nem todo mundo tem vocação pra permanecer até o fim, e a isso eu chamo sorte, embora a dor da partida se assemelhe mais com algo absorto sem um norte.
Não desistamos de acertar, de ser feliz e também de errar. O peso do amor nem sempre será tão 
difícil e insuportável de carregar. Tenhamos coragem! Há uma vida sem hipocrisia também a nos desejar! 

sexta-feira, 13 de março de 2020

Haja luz

Não há luz, nem promessa de luar.
Não há sangria desatada que me insista a lutar.
Em seus olhos sombrios, que resolvem me falar,
resta a palidez indecente de quem decidiu não se importar

E das coisas que importam, resta a coragem de resistir!
De fazer ficar acesa toda a alegria que me trouxe até aqui.
Que se faça luz em meio a toda essa sombra,
que me assombra desde o dia que te deixei de mim, partir

sábado, 7 de março de 2020

God knows!

O fenômeno dessa esfera latente que há muitos pulsa e almeja, me trouxe para algum lugar além do arco íris, uma rua confusa porém inebriante, sem retirar uma vírgula, ipsis litteris. O que há de novo afinal!?
É redundante dizer que sinto, posto que a minha matéria é toda feita do que é sentido, e de repente eu sou esse ser o qual me apresento, e digo: eu tenho fome, e sede, e pressa. E ressinto...
E o tempo que parece não se importar com nada disso, pouco faz quanto ao que verbalizo aqui ou cá dentro do coração falido. Tenho tanto sentenciado ao eterno: por que então nada se faz perene, sincero e infindo?
Tenho estado em paz, mesmo com a ebulição e toda a bagunça que ela faz. Há tanta vida lá fora que viver à espera já não importa agora. Estar genuinamente em discordância com o mundo traz benefícios que somente o fascínio dos meus planos me diz insistentemente, e eu nem confundo. Obrigada a tudo que me tirou a paz em pedaços, posto que agora, juntando o restante dos meus cacos, me sinto inteiramente nua, mas caminhante e contente por entre os ladrilhos dessa confusa, porém feliz e insinuante rua. 

quinta-feira, 5 de março de 2020

Oh Lord

Eu, tão pequena e às vezes frágil, me encontro força da natureza a dar conta de tudo que precisa de mim, ser ágil. Não sou dona de nada, nem da ciência que há em mim, mas me revelo aos que me cercam sem explicar muito, só permitindo que os caminhos não terminem em muros, mas que cheguem ao fim. Eu que insisti em portas tão largas como os erros de outrora,  hoje só quero a paz das coisas que vão enfim, ter peso no agora. Há em mim todos os sonhos do mundo,  e eles são capazes de servir de escada para mim, que há muito tempo permiti viver a esperança  num poço frio, vazio e escuro. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Entre o que escrevo pro mundo e o que escrevo cá dentro


Entre uma pausa e outra, enquanto minha cabeça envereda numa frequência óbvia e louca, pauso a matéria útil e viajo na deficiência desse teu coração imaturo, ignóbil e inútil.
Desfaço o pensamento dessa necessidade de um bem querer, posto que não há motivos se é o que quer saber. Estava lendo os resquícios espoliados escritos por mim nessa paixão, e percebo que a matéria que os fez ser em razão do que são, não foi comentada ou sequer tocou o pretendido coração. Tornaram-se tal qual a tudo: um tempo perdido em ilusão.
Foram desenhados com todo viés de amor, embora eu saiba que reciprocidade não pode residir em espera, como quem almeja sentir o cheiro de uma flor. Foram de mim expurgados para que ganhassem vida no seu eu deturpado, que por muitos é tão desdenhado e por mim, estimado. Confesso que não há arrependimento, somente uma história misturada com o tempo que amarga profundo em lamento, o seu badalar perdido. Não resta nenhuma espera de sentir novamente um abrigo, posto que se assim o fosse, qual seria o sentido?
É preciso mais que o funcionar do peito para se estar vivo. Peço licença ao redundante, mas há num profundo instante ter que enfrentar de frente o que ainda não se enxerga obstante. 
Essa é a minha despedida de lamúria, posto que há em mim tanta vida em fúria que não permitirei um segundo mais de amargura. A coragem que me sobra se mistura à força de seguir em frente e construir enfim, uma verdadeira história, só que dessa vez, com finais contentes. A palavra amor e eu não mais nos permitiremos descontentes: ela enche de si e percebe que cá dentro, já não falta mais ninguém que não somente a gente 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Don't want to, but i love you

What a hell did I do?
For such faith like a deep wound.
Guess i'm too old for singing blues,
or cursed enough for feel the truth

God knows how much i've tried
to achieve the heart with my good eyes.
Wish you'd never made me fly,
or broke my heart with your evil lies

This time i felt in love,
and i never been the type to.
Hope the skies finds in me some grace
to keep the beauty in me miles away from you.

Or maybe i can't escape the way
or maybe i don't want to.
Even denying the whole mess,
i fucking can't hide the way i love you

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Sobre os principados e potestades que me habitam

Os contrários aos quais pertenço, me persuadem a reviver para sempre os pedaços de mim que as vezes odeio, e de vez em quando, amo. Me pedem pra ver que mesmo perdendo, algum pote de ouro sempre eu ganho, e é sempre ganhando que perco alguma moeda dessas pelo canto. A beleza dos contrários me conduz a tentar protagonizar as histórias com paixão, pertencendo somente a aquilo que me enche de coragem - e talvez algum desatino, sem ilusão. Desatino esse que me fez pisar de volta ao chão dessa última vez, com certa loucura, posto que o amor é mesmo essa matéria tão obtusa. 
Pra sempre é um tempo muito longe entre o agora e ao que pertencerei uma hora. Por ora, eu sigo em paz, subindo sem me cansar, sabendo que lá na frente esses contrários me mostrarão o que agora não serei capaz de enxergar. Nem tudo tem vocação pra eternidade, e na duvida entre quem é delével e a quantas anda a coragem de descobrir quem é gente de verdade, lavo minhas mãos tal qual um rei. Se mesmo sem força de ação, o caminho do meio trouxer o que sempre esperei,  meu machucado coração abrirá espaço para o que a mim destinado foi, e de volta terei! 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Whatever!

  As vezes a gente esquece do brilho das estrelas, por estar focado no luar.
Esquece que há beleza nos pequenos, e não somente no que sobra ao olhar.
Não consigo fingir que dispenso ambas as belezas, tão imensas daqui até o fim,
que ao olhar pro céu, me convidam e roubam o melhor de mim.

Eu já fui uma noite de estrelas, que ninguém observou no meio da rua.
Ou um sorriso cheio de doçura enquanto buscavam a matéria nua.
Principalmente, e não menos importante, senti mais saudades de alguém
do que de fato apreciei a beleza indecente que me deseja sem mil poréns

Um grande amor em andamento, se cumpre de forma obstinada.
Não me enche de porquês, mas me escala daqui até o céu, com vontade determinada.
Mas se a toda hora a conjunção ganha mais um "por que",
Por favor, Senhor tempo: transforma todo esse amor, em quase nada.

This is that

Nada me traz mais afeto,
nada me afasta pra tão longe assim.
Onde está a certeza que um dia eu tive,
tal qual eu li em algum folhetim ?
A anatomia dos amores que a gente ama,
se confunde no mar de desafetos que a gente desconhece.
Eu sei, muito bem e sorridente,
que o mais profundo dos meus olhos esconde um amar descontente,
que cansado está de tanta euforia utópica dentro desse mar de gente.
É preciso encontrar na superfície alguma esperança pra toda essa dor,
posto que anda vazia demais, essa palavra que para alguns, traduzem como amor!

Leave me

Ouvi dizer que dia após dia, com alguma sorte e alguma alegria
toda dor que carregamos no peito, enfim se findaria.
E há muitos dias que ouço falar nessa calmaria,
que quando começa a brotar, logo vira as costas e da adeus em romaria.
Gary Jules ou Tears for fears na mesma canção me diria,
que os sonhos onde estou morrendo são por mim,
os melhores que eu teria.
Seria isso uma sorte em vernáculo
ou prenuncio do que, se coragem eu tivesse,
fosse dar adeus a solução para que essa confusão termine um dia?

sábado, 22 de fevereiro de 2020

i got a war in my mind

Resolvi contar minha história para essa matéria que habita em mim, com todos os detalhes escondidos entre a amargura e a ternura que me destroem há algum tempo, sem esboçar que um dia terá fim. E essa guerra que eu travo dentro da cabeça não parece que terá desfecho, posto que ao contrário dos meus acertos, meus erros me consomem com certo apreço. Tenho percorrido essa estrada e está sendo difícil, fazer com que algo dentro de toda essa bagunça faça algum sentido. Já vivi o bastante pra saber que nada não é algum veneno, exceto pela dose e que por mais que eu corra do que eu sinto, tudo isso parece chegar primeiro do que eu. Tenho morrido aos poucos e aos montes e aos tantos, e agora para olhar pro horizonte, preciso primeiro reencontrar alguma paz. Eu tenho uma guerra dentro da cabeça - e essa guerra começa com a falta de tudo que eu sei que a paz que me trazia, aqui pra dentro, não haverá mais! 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

something stupid

I got a love that keeps me waiting,
and it tooks so long since our last date
cuz it might be lazy or something
or it just not able to be my soulmate

When it came last time,
i was fever right through my legs.
I love the warmth of its hand
when it decides to sail inside my pants

Maybe i'm just a stupid girl,
just waiting for some light from above.
That light should never comes out
before i discover all truth about my inner love

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Let it rain


Eu, que resolvi só piscar o olho,
perdi os sinais que de mim, eram infindos
Você que vem ao acaso, e nem sempre,sorrindo...
Me parece as vezes agir como menino
 
mesmo que assim, me faça  parecer Mulher...
Você faz parecer a esquina, um porto seguro
O porto, o além mar!
O mar?
Tudo que não parece bastante
Nem dará pra mensurar
O quão diferente
É esse meu jeito de gostar.
E nem se eu quisesse
Não daria para te dizer
Tudo que cá dentro
guardo em segredo.
E para toda essa dor e lamento,
de tudo isso te guardar. 
Não  se importe
Se contigo eu venha a estar
Nos caminhos que a vida reserva
De maneira incerta e a duvidar.
És de longe, a pior parte de mim
E de perto, o pedaço que falta.
Resolve te apressar, não faz disso a demora,
ou um amor que resolveu esperar

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Tocando em frente

 Querendo dar sentido aos dias, as vezes a gente se atrapalha. Coloca o carro na frente dos bois, e os bois, à beira da estrada. As vezes a gente carrega dentro de si tamanho projeto - seja o de fracasso ou até mesmo de sucesso- que se esquece que o tempo tece seus infortunios do jeito que lhe convém, independente do que queremos dentro dos nossos afetos, sem nenhum porém. E sobre os afetos, não temos controle algum. Ele segue crescendo por onde se cumpre sua vontade, mesmo que ao longo desse caminho, va ficando pedaços de retratos de uma tamanha saudade. Eu, que de menina tenho um tanto, carrego aqui dentro desse silencioso peito, um profundo espanto por tudo que tem a matéria  indelevel de causar algum encanto. Me esmero em pertencer em verdade, mas não vocaciono ou delego o que dos outros é maldade, ou até mesmo desconhecimento de que aqui dentro, só cabe o que de mim tem vontade. Leva um tempo até que a trama se emende, que o fio único nos torne únicos, fluidos e pertencentes. Sobre esse tempo e esmero, que a gente não se perca dentro dos afetos silenciados no agora: uma porta aberta para que o amor inteiro, faça malas e dali, va embora! 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

What a mess

Quando eu dei por mim, tudo já tinha ido embora.
Sem nenhum retrato de adeus, vi o castelo ruir pelos muros afora.
Eu confesso que tentei, que fingi não saber muito mais do que não sei,
mas sobre o que finjo não ver e que por muito pouco ignoro saber,
já não cabe em mim tanta bagunça que pra baixo do tapete, insisto em esconder.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

From Bangkok to Calgary

Sim, desde que eu decidi eu fugi,
e foi fugindo que me vi ficar,
e foi ficando que eu me fiz te dar,
todo o amor que percebi não ter ido embora ainda de mim!

E de mim, essa assustada presa,
tão profusa e cativa do seu profundo em dor,
me entristeço de saber que o que dos meu lábios sai
não te convence que há em mim algum pedaço em amor

E embora haja desejo a te contar sobre esse amor,
há também alguma reticência por tudo que não for.
Por tudo que já errei, na intercessão de nossas estradas
você segue sendo o caminho que mais me convida, mesmo com toda promessa de dor.

E vai ser ficando que eu te farei entender,
que não vai ser fugindo que seremos um pra sempre ou um começo, enfim.
Todos os sinais cá dentro se acenderam pra te dizer,
que o caminho de terra fértil está definitivamente pronto pra brotar dentro de mim!

Desabafos

Quero me importar com o quanto eu vivi, da mesma forma como eu a todos esses anos em penitência vivi. Há tanto estrago quanto há de vida, tanta estrada quanto há de birra. Há tanta pureza quanto há estranheza e há tanta lascívia quando há leveza. Um ser inteiro em desencanto, que faz de toda essa espera seu maior desengano. Eu que fui passiva de mim, que me boicotei e afoguei as flores todas do meu jardim, hoje exaspero uma pressa de reunir algumas de todas as perdidas peças que ficaram caídas pelo que sobrou de mim. Espero, corrosivamente espero que lá no fundo desse universo tenha sobrado alguma prosa e algum verso que faça valer a pena emergir todo o cuidado e amor que a vida dedicada a me dar, impeço !

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

O monstro de aço

Na madrugada em que a minha pele se habitou de amor,
e o sangue que me habita inteira, errou de veia e se perdeu,
descobri que nos recônditos quartos do meu eu,
um monstro inteiro, meio confuso e aceso, abriu o olho e enfim se acordou.

Nesse instante, ao perceber
que o meu medo era mais um projeto em dissabor,
fiquei feliz por saber, que
 eu ainda conseguiria conceber, mesmo sem saber, algum tipo de amor.

Mas o medo ainda vai arrumar espaço em mim,
achou lugar, permitido pelo receio de não encontrar imensidão em ti.
Quando o dia em que esse receio for confundido pelo alento e pela imensidão de suas asas,
você perceberá que sobre mim e sobre esse amor , tu ainda não sabe nada

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

The devil's request

Eles estão vindo buscar minha alma, 
essa mesma tão soturna que não suporta sequer ouvir o som de sua própria fala.
Eles olham pra mim com tamanho escárnio,
consigo ouvi-los rindo, aos montes, com certo sarcasmo,
escandalizando o abismo que cresce dentro de mim, com certo espaço.
As vezes eu só queria ouvi-los me aplaudindo, em vez de parecer
que não mais que obrigação me havia sido pedido, com certo prazer, com todo
louvor que os ensinamentos sobre amor aquela vez pareciam enfim, fazer sentido.


Eles enfim estão vindo, e uma hora ou outra, vai acabar todo esse pavor. Minha alma surda enfim acabe cedendo ao infortúnio de partir para dentro do que o demônio pede e vive dizendo: dê um fim à toda essa dor

Spoiler alert

E eu que não fui feita pra ser caos,
me vejo imersa sem ser habitada
e toda a tentativa de acerto velada
confundida com bravatas por mim, tão inimaginadas.
Leaving me aside,
babe where should i go?
Maybe that mess flooded my heart
and maybe this love soaked my soul

Eu que já havia previsto essa tempestade
desde o primeiro instante que te vi,
agora me pergunto se entre os acertos
ha algo não obtuso que evite esse fim.
Far from all this confusion
there is a heart and love hidden deep down in his blow.
Maybe he took my heart
and i'm pretty sure he took my soul

De volta ao ostracismo

Eu sempre tive predileção pelo romantismo. Não a ideia ocidental de prosperidade nas coisas, mas essa coisa bucólica de que tudo poderia ser salvo com molduras de beleza, carinho, afeto e por aí vai!
Eu romantizei a gente. Achei que sua distância era medo de se entregar a algo, que o fato de você não mover um passo de formiga em direção a mim era dúvida, receio de expor seu afetos e toda essa coisa que me engano para dar forma ao que temos!
Hoje, analisando tudo, algumas quedas depois, percebo que romantizei demais. Ouvia o que você me dizia na penumbra do quarto, que me queria em meio a todo aquele abraço, e esqueci de enxergar que você na verdade estava apenas ali, sem nenhuma reciprocidade ou laço.
Também pudera, você não é  obrigado a sentir de volta, na mesma intensidade e na mesma verdade, os afetos que por ora alguém resolve dedicar. Você tem sua vida sob um mar revolto e inúmeras questões a lidar, e uma garotinha assustada a bordo, em muito pode te atrapalhar. Eu realmente gosto de você, e arrisco um amor que você não pediu pra merecer, mas que mesmo assim somente pra ti, eu pude oferecer. Não consigo mais ter medo de iniciar uma fala ou até mesmo de tentar um caminho até seu apreço e dar com os burros na água! Eu aceito todos os seus dilemas, mas ainda não sei lidar com tamanha indiferença. Estive doente, soturna, e com certeza eu me levaria à loucura se continuar insistindo no que não é verdade, não é recíproco!
Eu amo você, com todo o requinte do que me transporta para perto, mas não consigo mais dar um passo mendigando seu afeto. Eu gostaria muito que você me desmentisse por completo,que me dissesse que nenhuma dessas linhas guarda verdades sobre seu escondido afeto, que mesmo em meio a toda essa dúvida, você iria abrir espaço pra gente tentar fazer dar certo, mas temo guardar novas ilusões se assim eu decidir esperar. Queria que seu sentimento por mim fosse recíproco, que você encontrasse em mim também abrigo, seguro o suficiente pra nada te assustar. Não consigo mais insistir, ao menos não com você se esforçando tanto pra me afastar! Eu te quero tanto, mas isso não pode ser motivo para toda hora eu me sentir tão triste. Encontrar você é algo que somente existe se eu imputar força para que esse momento uma hora, aconteça. E esse amor vai ser sempre poesia, talvez algum dia você se abra de novo e permita ser invadido por alguém que mais sorte do que eu, consiga te amar! Desejo que você se encontre nesse mar revolto em pesadelo que você insiste em navegar - ou talvez em naufragar?- e que comum a todos os nossos medos, reste somente a fé de que alguma hora, a sorte possa enfim te encontrar.

Vou sentir muito a sua falta!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Sobre os trinta e dois caminhos que me tiram a paz

Tenho pensado no meu fim, certeiro. E em cada passo até lá.
(teria eu sucesso? É o fim enfim, dentre os caminhos, meu único sucesso?)
Tenho pensado deveras nisso, e talvez somente por isso, sigo eu batendo, um peito vivo desesperadamente aberto.
Tenho lembrado do começo. E em cada forma pueril de acerto.
Ao mesmo tempo tanta coisa se perdeu, sem ao menos ter significado tudo que se viveu
como uma janela aberta que por causa do vento, deteriorou sua matéria em prol de todo vivido tempo.
Eu já não me pertenço mais! A força que em mim habita, divide forças com os sonhos que por fim, ficaram pra trás. Tenho pensado bastante nisso, etalvez somente por isso é que eu não encontro mais, o caminho de volta para a paz

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Love someone

Eu não sei usar branco, nem seda. Na metade do dia, já tinha manchado de café, de biscoito e de uma metade de mim que teima em emergir em meio a tamanha incerteza. Talvez  eu não sirva pro branco, pro café ou para o biscoito. Ou apenas talvez-  e somente talvez-  eu não sirva é pra paz

They're special or spotless

-Vês? - perguntou ele
-Vejo o que? - retrucou ela
-Aquele canto escuro ali, tão confortável fazendo morada dentro de mim?
-Aquele quarto velho, lotado de poeira e abafado?
-Nao! Aquela poltrona de desafeto, tão macia que me acolhe por completo!
-Só vejo profundeza e pó. Não era você, outrora um menino, hoje tão bem homem crescido, capaz de limpar seu próprio afeto?
-Não, jamais! Há um apetite voraz pelo que não nutre o meu peito aberto!
-Claro! Não há janelas para visitar o seu próprio inferno! Não poderia você deixar a luz entrar?
-Somente as vezes quando a luz tão serena vem docemente, meu sono embalar


                                                (...)

-Cê sabia? - perguntou pela primeira vez, ela
-O que? - retrucou ele
-Há em mim bastante poesia
-Também pudera!
-Tão obvio assim?
-Somente um pássaro ileso pode fazer morada do que no mundo inteiro, não se pode dominar
-E sou eu um pássaro ?
-Daqueles que não se prende em gaiolas, mas faz do amor o convite para que o jardim visite sem que os carinhos sejam confundidos com alguma esmola


sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

As coisas que aprendo todos os dias

Há em mim um tanto de vontade quanto de desistência, ora pela preguiça contida nos finais ou nos acertos do que conquisto por insistência. E sobre essa vontade em desistência, sinto muito em declamar, mas não faço portos seguros no que não é além mar. A estrela que  me alegra, que se une ao desiludido coração tão partido nessa era, agora sorri de volta enquanto sua luz apaixonada faz o caminho de volta, à sua espera. E sobre os aflitos pedidos de findar toda essa espera, me despeço da premissa de que essa pressa oprimida vai me levar a algum lugar, onde hajam portas enfim, abertas. Quanto mais eu peço, mais eu impeço de deixar algo fluir. Não é sobre o amor todas as vezes, mas sobre que tipo de história - aqui dentro e também cá fora - quero eu construir

Ha um oceano entre nós

Toda glória aos afetos calados, ao que não é dito e nem revelado, mas é vivido com um grito contido, as vezes mantido entre  labios cerrados.
Ao que não é exposto, apenas sentido, que não seja preciso um pedido continuo para que se torne amor. De volta ao coração, apenas de graça sem que haja ameaça ou se desfazendo em dor, pois do contrário somos apenas contrarios forçando um abrigo, com o que preciso for

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Heaven

Me aquece, a calma - que uma alma inquieta não se atreve e fala.
Me esquece, como uma prece, que foi feita há uns anos quando distante da paz nem tudo parece.
Eles dormem, embora haja despertar,
o coração embalsamado, foi tomado em solidão por ali, ninguém estar

Eu esperaria, se um farol me guiasse até o fim,
Mas a luz se esconde da treva que nunca acha uma brecha pra fazer nascer algo desse jardim!
Dos meus pés cansados de correr, os passos apressados se encaminham para perto de ti,
mas os portões que se fecham, pedem para que eu parta para longe desse pedaço esperançoso de mim

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Eles falam do amor pra mim

Já se esgota enfim meu mundo de poesia, uma vez que ele não sobrevive de amanhãs, mas de gotas intensas de todo dia
E esse todo dia não precisa ser afeito à matéria humana que em mim, bate lá dentro
Só precisava emergir quando enfim fosse preciso sentir de volta algum acalento.

Mas não há matéria humana que resida em abismos,
posto que só reside solidão entre as trabéculas de seus gritos.
E de nada adianta, me fazer inteira de sorrisos,
só floresce e reverbera quem faz do coração, imenso abrigo

domingo, 26 de janeiro de 2020

Ode to my family

Estamos tão perto do fim, e ainda falta tanto a ser dito
uma vez que falhamos, como humanos crescidos, sabemos o tamanho do nosso imenso abismo.
Ela que diz que errou, mal sabia que tanto era dito em meio a toda aquela dor
E enquanto o silêncio gritava, minha mente de menina feita, se fechava pro amor
Eles não sabiam, ou fingiam ou acreditavam que acertavam
por entre as ausências daqueles momentos que de sentimentos, pra mim faltavam.
Esqueciam, e riam e eu que tanta coisa sentia, padecia
Mas parecia que os gritos soturnos por ninguém, se ouvia.
E toda essa agonia, vestida de lama e de afeto,
ficou pra trás, com o passar do tempo - assim eu espero!
Somente me esmero para o que for de mim, flor que habita,
já que meu coração e seus afetos não permitem a presença de qualquer visita

sábado, 25 de janeiro de 2020

Sobre os afetos escondidos que eu não entendo

 O retrato dessa história, revelado e traduzido pela lente
 do que não virou costume, mas virou poesia escondida pra sempre
 se perde no baú de emoções entre as coisas possíveis, mas ausentes
 onde não há certeza de nada que permeia o universo
que se coloca passivo, entre a gente

Ao passo que isso me habita, posto que já virou material e verso,
me prende no universo das coisas que pra ti, eu peço
como o retrato em preto e branco, na estante atrás de tudo, imerso
nesse mar de indiferença o qual ignoro e de machucar meu coração, impeço

Não que haja desistência em meio a toda essa bravata,
apenas receio de  sentir mais anseio - ou de me sentir menos amada
já que nosso orgulho parece ser bem mais forte que meio milhão
de afetos escondidos como soldados  esquecidos
em meio a guerra que se trava entre o nosso coração

Sigo caminhando em meio a esse turbilhão,
embora seja o amor ainda pra tudo isso, palavra esperando tradução.
Pensar que a vida já foi mais poesia em vez de apenas ilusao,
me faz perguntar se há ainda retrato e poesia que me faça sentir algum dia
ter valido a pena as cicatrizes que decoram o meu desatinado coração

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

untitled melody

  Se eu pudesse me dar tudo que eu sonhei,
  eu teria o que dar? Pagaria pra ver?
  Talvez haja o que achar, se eu me permitir viver
  com alguma sorte ou azar, uma ansiedade por vez.
 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Te valorizo

Queria,
imensa e profundamente te fazer ser dia,
em meio a toda a treva que escurece e te desatina,
por entre os espaços em segredo que sua alma tão fiel em segredo, te denuncia 

Sentindo,
sem ti, indo
porque não há brechas ou janelas que me ajudem
a curar essa espera e te devolver sorrindo 

Faria,
se me permitido fosse, eu te daria
toda essa matéria latente que me habita insana e profundamente,
Posto que se permitido fosse, eu te daria,
mil manifestos, um taj mahal por dia
só pra ver essa profunda noite que te abraça e habita
se confundir com toda a luz que lá no fundo do seu peito, soltou sua mão um dia

domingo, 19 de janeiro de 2020

Nebulosa

Fiquei de olho na janela hoje, daquelas emolduradas e embaçadas pela morna poeira do cerrado, e percebi que não há nada de errado no laço que une as árvores por entre a floresta de concreto, cimento e asfalto..
Filhas únicas de rizomas alheios, sementes que brotam diretamente do seio, preenchendo em cheio o que nos resta em anseio. São árvores frondosas, particularmente frondosas, rasgam o céu igualmente azul, sem nuvens ou máculas de nebulosas. Qual a sensação de pertencer a algo?

Fiquei imaginando como será fazer parte desse  sentimeto único ausente pela cidade. Estamos em desencontros, mesmo com todo o laço que nos une sem saudade. Como será se sentir inserido, tal o colo de uma mãe -suficiente abrigo-, nesse mar de gente indiferente, filhos únicos de pais ausentes ?
Não há nada de errado em pensar demais, ou sentir demais. Quisera poder dizer o que cá dentro em anseio não consigo viver jamais, posto que já não me pertence mais essa matéria toda de a algo único pertencer, me restando apenas o silêncio do medo desse mundo todo não mais em mim, caber.

Dos contrários que habito, ser incomum me traz algum acalento. Já fui outrora vento forte, incomum e violento, derrubei cercas e todas as árvores frondosas que hoje emolduravam os vidros embaçados pela cidade. Já fui tempestade, hoje teimo em calmaria, posto que não há mais em mim espaço algum pra euforia, apenas vazios que insisto em preencher com coisas que pra ninguém -além de mim-, sentido algum faria! 

Last nite



     A noção de que o tempo é eterno, que não faz voltas e não se finda ao que é belo, ainda vai nos roubar um pedaço do paraíso.
    Se apenas mais uma noite nos fosse dada, viveríamos como se nos importássemos ? Ou seríamos algozes de nós mesmos nesse balé vil sem sentido e por vezes nefasto? Os fantasmas, vez por vez, levam pedaços de mim, mas sei bem que eles querem o todo, embora haja quase nada a espoliar nesse imenso jardim.
   Olho por cima dos olhos, vejo montanhas de confusão. Onde foi que você se perdeu nesse quarto escuro em solidão ? Fico lembrando do que já foi, do que seria e do agora, e mesmo procurando respostas mundo afora, é aqui dentro que eu te encontro em mim, ainda que embevecido, sem resposta ou solução.
  O meu amor é como um demônio do bem, negros são seus olhos, embora sejam os pensamentos a enegrecer o que eu considero ir mais além. Turva é sua mente, um embate dantesco que me joga de lado a lado sem nenhum apreço. Suave é sua mão, quando me toca e me arranca de volta do campo imenso de solidão. Se apenas mais uma noite nos fosse dada, você viveria como se minha falta fosse enfim notada?
   One last night

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Ode to my family

Ei mãe! Se você não consegue lidar com a minha origem humana, eu lamento fazer pouco sentido a minha existência contrária, resistente a tudo que você ama.
Seus papas, suas contas repetidas e toda mazela em mim repetida, me castigam o que outrora era consolo, e eu que por motivo nenhum insistirei em te convencer do contrário, vou seguir meus passos e empurrando os muros, ainda que aos socos

Ei pai! Eu cansei de te convencer de que seu amor eu fiz por merecer, e mesmo nao sendo mais menina, há em mim muito excesso de poesia que desatina a pulsar e me lembrar que se misturam a todo momento, meu ideal abandonado por ti, de afeto, mais parecido com dor.

Eu que siga, eu que persista, eu que lute. Eu que resista, eu que insista, eu que ame

No sun, no rain

Algo que é iminentemente humano, é a dor. Todo dissabor esconde um mar revolto de ilusões que nunca se findaram, e talvez nunca findarão. Alguns medos são apenas moinhos de vento que a gente insiste em digladiar, na esperança de que talvez assim um dia, algum sentido venha a fazer enquanto tudo desmorona sem ao menos se notar. O fio que tece a nossa história talvez nunca venha a arrebentar, tamanha é a insurgência e a pressa de juntar as pontas e o amor arrematar, mas talvez toda essa força, as vezes não tão intensa e bastante absorta, me faça perecer no que ainda insisto em conhecer, enquanto me perco no vies de algum sentido a tudo isso, se fazer.
Não quero mais nenhuma cura, essa espera indulgente que as vezes floresce e me incita a loucura, e  dos pedaços de mim que outrora espalhei por aí, quero reuni-los de volta e fazê-los sentir que ao fim de tudo, não houve usura, apenas eu me permitindo viver e tirando de dentro, todo espaço que restava florescendo em amargura

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

A sorte que a gente não sabe que tem - Parte 1

Quando eu me perdi dentro de você, dentro de tudo que ainda falta pra gente viver,
percebi que nesse mundo aí dentro escondido, um mar revolto me parece pedir abrigo.

Porque você que parece ser quebrado, mesmo em tamanhos pedaços me veio socorrer,
Porque eu me vi como coisa tua, à espera de não viver solta
uma antítese por si só, caça em vez de caçadora,
relutando em assumir que cá dentro do meu peito, você insiste em percorrer

E eu que só me abri por achar que o seu mundo vale a pena,
que mesmo à deriva, é em tuas mãos que minha pele se contenta
acredite quando peço que faça do meu peito, seu abrigo repentino
Porque não há mesmo mais nada que pra mim, faça sentido
senao à espera dos seus braços me lembrando que ali há um ninho!

Isso nao é uma declaração de dependencia, como coisa tua à espera ou ansiando pela ausência,
mas um ensaio do que aqui dentro faz morada daqui até o infinito.
Só fique, se de tudo isso que te foi dito, alguma coisa fizer  sentido,
porque eu que a tudo fui atenta, só ficarei aqui se em afeto, você me fizer entender que toda antítese, vale a pena

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Eu que lute

Se eu fosse te dizer sobre todas as vezes em que eu me vi morrer,
de tudo um pouco eu teria que mostrar,
posto que há em mim mais infernos pra contar
do que coragem pra todos eles, de viver

De nada adiantaria de morrer, se isso fosse algo lúcido de sonhar
posto que ainda há tanta vida a trilhar.
Mas é bem verdade que parece ser caminho de ilusão
já que comigo bem caminha a solidão
Dentre as chances de se chegar ate a trilha que me faz encontrar enfim, o doce coração.

Eu sei que há ainda muito a colorir,
caminho de terra fértil, alguma coisa  a se descobrir
mas é bem verdade que se pro inferno eu quiser que essa dor se mude,
parece que nao há outra mão que a minha, segure
posto que se eu bem quiser, eu que lute!

sábado, 11 de janeiro de 2020

It's only words



    Eu não lido  com meus demonios escondidos só pra que se tornem enfim esquecidos por entre as coisas por mim, consideradas banais. Há por isso enfim amor a menos ou me perdi tamanho o medo de amar demais?
    É sauntade que fala, do grego "é o que espero", ou talvez traduzido das coisas que preciso. Achar que as coisas são eternas é o que faz de tudo um erro crato e talvez, infindo! 
    

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Just ride

Quando os infernos interiores parecem não suportar a matéria das realizações, eis que a alma se inquieta, e o coração, palpita!
Hoje eu vou sorrir, ainda que como sinal de resistência ao ato de existir nesse mar turvo de confusoes tão  amargas que insistem de mim, desistir!
E resistirei com o amor que habita em mim, tão fiel ao que acredito que ao menor sinal de destino, farei do meu coração morada eterna, recôndito abrigo.
E eu que sempre andei avoada - cabeça  ao vento, passos largos por entre a estrada-, podia ser engolida pelo medo do fim. 
Há quem prefira começar pelo medo do início  comedido, aquele que da um passo apenas após quinze quilômetros de certeza no destino. Não que seja errado, ou que eu critique a intrínseca necessidade humana de somente caminhar após certificar-se do poço fundo dos pensamentos, mas discordo desse ser o único caminho até a perfeição dos acertos. Até  a terra firme, percorremos muitos vazios de mar aberto e se assim não fosse, o que agora seríamos? Eu, particularmente jurei nunca mais nadar fora da borda, e das promessas passíveis de cumprimento, sendo eu um tanto de paixão e outro tanto de sentimento, cá estou a certificar-me que essa é a melhor das contravenções e promessas perdidas com o passar das vivências não cumpridas por mim. Posso afirmar que ceder o meu melhor lado pro que a vida me traz, realmente é uma das melhores maneiras de pular sem páraquedas e desatinar o meu coração, que por tanto tempo, vive cheio de vazios! 

domingo, 5 de janeiro de 2020

Our modernity

Somos os afetos que ninguém colecionou
As gorjetas que ninguém recebeu
Os amores que ninguém amou,
E nenhum sexo ao fim da noite que acabou,
Sem nenhum beijo quente, sem nenhum amor, apenas dissabor

Somos as garantias estendidas,
Depois de muita insistência sem valor percebida,
Com alguma certeza pretendida,
de que alguma coisa ao fim de tudo isso,  valia

Somos os prazeres sentidos,
Em meio a encontros fortuitos reduzidos,
Sem nenhuma fé, somente algum vazio
De que ao fim de tudo não vai restar só
Um gemido
(A embalar seu sonho mais deprimido)

Sê pra sempre um sonho mais que brilhante,
de tudo que nós somos, somos apenas instantes,
que ao fim de tudo isso, com alguma sorte e um coelho falante,
terminaremos essa peleja sem o estalar de um descaso
com um grito de socorro, perdido em rompante!

The liar ass motherfuck has feelings

Você vem e tudo aqui se encaixa, embora não sejam os pedaços de vazio, a parte que em mim, falta.
Você em mim é o expoente da loucura, que me convida a virar as páginas na pressa de te ler e enfim me fazer sentir como coisa tua!
E essa vontade traduzida de aflição, que insisto em nutrir no peito em exaustão,
me permeia por entre as pernas e me corrói o sangue que ao se perder de veia, caminha de volta pro coração.
E eu que só te conto tudo isso pra trazer à luz,
toda  essa vontade escondida que dentro de mim traz calmaria,
pra enfim ver se com isso, o afeto te seduz! Porque não há nada que com a minha fala te convença que eu sinto a sua falta. Porque por mais que eu te traga mil bravatas, o silêncio fala mais alto e eu fico à espera, sem que você consiga deixar sair uma única palavra. Porque não consigo me fazer compreender, ainda que seja o peso de tudo isso, dificil de esquecer.
Voce é a antítese que me cala, e sobre o medo e a falta, você é o que me traz medo, quando cá dentro desse velho peito, falta. Não quero te possuir, mas somar e dividir o que acredito ser merecedor de um final feliz!
Te percorrer, permear, sentir o melhor do prazer e dor. Será que aí dentro desse pequeno espaço em você, espinhoso - e sem fim-, cabe esse imenso universo de sentimentos  habitado por mim?

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Lost stars

A minh'alma dá seus sinais de falência, sem sentir a calma de seu antigo e fortuito sonho, que com algum esforço, sobrevive a esse mar de gente que para mim, vive a dar de ombros.
Queixou-se daqui amiúde, esse olhar inibido que esconde tudo que a minha boca cala, simplesmente por medo de me perder de novo, e de novo e de novo em tudo o que você faz, mas não condiz em nada com a sua fala.
Sobre o medo e a falta - tudo o que me prende e tudo que me mata-, prefiro pensar que minha alma e seus sinais de falência vão enfim ser percebidos com a força e o cuidado que merecem enfim. Não se trata de voltar a acreditar no amor, mas de descobrir: será que o amor também acredita em mim?

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

A indiferença nossa de cada dia



    Há vazios que eu me permito, ora por medo, ora por desafio,
    e por mais que haja em mim tamanho afeto e algum desatino
    me recuso a ficar em volta do que não é eterno nem destino

    Porque o fim é a soma de distâncias, de onde não brota intento, 
    de onde os amor não nos fala, e com a frieza nos cansa

   E buscar no raso o que no profundo não existe, me mantém longe 
   do que é de fato caminho em terra firme!
  Espere do outro lado, de onde coisa alguma vai de fato ficar à sua espera,
  pois não há esforço algum em construção que justifique no fim, esse salto sem paraquedas