quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Adoro³!


   Eu gostaria de ter o dom de mudar algumas coisas em minha vida, com um simples "acionar" de botão. Gostaria de eliminar tudo o que me elimina, e me somar ao holocausto dos sacrifícios diários que em suma, nos elevam ao patamar de "seres evoluidos" depois do sofrimento.
   Mas eu não sou essa pessoa. Sou mais uma em meio a multidão, que sofre, chora, estrebucha no chão e ainda assim, apanha da vida. Não me foi privada a arte do sofrimento, e padeço de vez em quando. Erros, acertos, acasos e incertezas ainda permeiam nossa vida, até que o ultimo suspiro da alma seja dado. Quisera eu não precisar disso. 
  E quanto a isso, só restam algumas certezas. De que nada nem ninguém é insubstituível, senão o amor. Só o amor nos retira da fossa e nos submete a um mundo novo, de prazeres e alegrias. Ninguém é perfeito, nenhum baluarte da civilização cognocível. De todos os pecados, sejam humanos ou divinos, o pior deles é se privar da única coisa que dá sentido aos batimentos cardíacos diários: o amor. Aquilo que constrói, alivia, acalma e transpira. Submete, estabelece, sente e some. Soma o que é visível, e ausente. Quente, forte, sutil, perene. Aumenta, cala, almeja, consente. Distribui, divide, subtrai e potencializa. Recheia, dá sentido, te tira e priva dos sentidos. Te acalenta, proibe, excita, incita!
  De todos os prazeres dessa e da vida vindoura, só me resta isso: a saudade! Saudade do que veio, não veio e ainda virá. Que de todas as artes da vida, me contente somente com o amor, porque dentre todas as coisas da vida, as melhores delas são de graça!

Feliz 2012 cambada !

P.S: A arte do Post e o novo Layout são presentes de Natal de meu casal de amigos, Rodrigo e Marina!  Ao invés de "Feliz 2012", desejo um Feliz vocês!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Como coisa vossa


 Quando dói, aperta, ele cala e consente. Quando cumpre-se a vontade, resta só vontade, de todos os modos e maneiras. Quando enxerga, desde as três ele fica pronto, sempre a espera, sempre a espreita, como coisa vossa...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A sorta fairy...

 
  Se não valeu a cor da tinta, que restem as cartas. Se de nada adianta dizer, que eu me cale. Que só reste vontade, e nenhuma saudade. Que de toda a forma colorida de amar, eu te  desenhe um mar, e você mergulhe. Num céu de aquarela, que eu possa ser as tuas asas. Que no meu mais sublime sentimento, te desperte somente vontade do meu beijo, e que no meu mais profundo desejo, que me torne um amor não em vão, mas em segredo. Não somente calado, profundo, mas que desse meu coração vagabundo, brote de novo amor, mas dessa vez, sem nenhum medo. De todas as suas dores, que só fiquem os sabores.  Que de toda a forma de amar, que eu seja pra sempre um porto seguro nos arredores de teu além mar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"This year's love had..."


  Que maldição é sentir dor. Supus que a ironia poderia ser provada com o destino, com o percorrer da vida, com o passar dos passos.
  Ledo e ivo engano, ter que merecer ser poeta. Não há vida dentro de quem padece pra sentir, que perece sem morrer. De todas as injurias de Deus, nada poderia ser mais cruel, do que ver sendo levado, o melhor amor que habita em mim. Se eu caminhasse em todos os caminhos dessa vida em busca daquilo que perdi, talvez eu conhecesse mundos e historias semelhantes, rumo ao mesmo destino, quer seja na vitória, quer seja na solidão. De todos os erros mais abusados que eu cometi em minha vida, nenhum se sobrepõe à materia de amar, e de ver um alguém incapaz, levar o melhor pedaço de mim.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Antíteses da Vida - parte 1


Mas o eterno começa hoje. E, para que não seja uma sucessão infinita de vazios, devemos buscar coisas pequenas no amor

O eterno começa hoje!



  O mínimo detalhe escondido no tempo fica calado no holocausto dos dias exaustivamente gastos com bobagens. Crescemos, e esquecemos do apreço pelas coisas mínimas. Criamos, e esquecemos de dar vida às criaturas. O sol se poe e não vemos sua luz esvair.
  Por que era mais fácil ser criança? Por que a vaidade da fase adulta me faz perder o brilhantismo?
  São perguntas assim que me fazem sentir vergonha de ter 24 anos. Já não escrevo poemas baseados em rimas, já não suspiro com fita cassete, nem ao menos conto as horas pra ver o amor chegar. Cresci, e isso implica muita mudança, coisas que ficaram perdidas no tempo e espaço do crescimento, essa dor que não sentimos de imediato.  O amor, ou qualquer outro benefício divino, se perde nesse intercurso, e os valores se invertem. Já não se faz necessário tocar fundo, já não se perde mais tempo com beijos: o jogo é mais importante.
  "Nossa graça e vontade, derretem na chuva", pois era pouco e se acabou. Gastei muito tempo e aprendizado para enfim perceber que o amor está naquilo que despretensiosamente vai e volta, sem a menor das amarras ou cativeiros, sejam eles quais forem. Pro inferno tudo aquilo que me desgasta, me tira o brilho e a causa. Quero um amor sossegado, com cheiro de terra. Quero a pretensão de uma ligação, ou uma informação imparcial do que é meu sentimento. Quero aprender coisas novas, mesmo com a sensação de estar ensinando. Quero a intensidade de quem me tem intensamente. Quero a vida a dois,  com o amor somando em três. Quero amassos no cinema, mesmo odiando ir até ele. Quero choro, quero lágrimas, mas quero verdade. Quero ser para sentir, e não o contrário.  Quero oferecer a minha melhor metade. Quero esconder a timidez por trás de um beijo.  Quero sentir ao invés de enxergar, afinal, o essencial parece mesmo ser invisível aos seus olhos...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aforismo #1

 
   As dúvidas nunca foram tão vivas como agora. Quando as coisas parecem estrategicamente caminhar para uma resolução, eis que o dono das bagunças surge, e traz consigo todo o arsenal de seu passado: o tempo.
 Quando penso que ele define e separa tudo por ordem de valor, as coisas mudam de lugar, e o que ontem era prioridade, hoje se torna acessório. Gostar de alguém nunca incluiu certezas e por mais cativo que a gente seja dos nossos medos, a razão preponderante é sempre sentimental demais pra entender que estar certo é estar errado, em certos casos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sem luz...

  
  E quanto ao prejuizo do amor, lanço tudo ao vento: que regresse o que me pertence por direito, e que vá embora o que já não divide espaço, dentro do peito!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Irmão Sol, Irmã Lua e os primos invejosos


  Numa das mais belas canções que já tive o prazer de escutar, aprendi um mandamento seguido de promessa, quando esse diz que devemos amar, sem esperar sermos amados de volta, 'pois é dando, que se recebe'.
  Não que isso fosse novidade. Desde os tempos onde a escova progressiva era só um sonho o qual eu tinha, aprendi que dividir aquilo que tinha em mãos era a maior forma de obter mais, posto que algo sempre milagrosamente acontecia quando eu era boa com alguém. Isso muito me impressiona.
E por que não me pareceu tão normal, a acertiva? Por que de uma hora pra outra, dar e não esperar nada de volta soou tão agressivo? A animosidade da doação perfaz-se na característica intrínseca de quem se doa: não poder almejar retorno.
  É complicado demais, e considerando que somos seres humanos, acredito que não esperar algo, nem que seja uma vírgula, é quase impossível. Baseio-me nas minhas últimas quimeras já tão soterradas de desengano, posto que é um poço sem fundo, a mente complexa do outro. Baseio-me em minhas últimas experiências para dizer, que amar alguém, é sem dúvida, o maior espetáculo fortuito e gratuito que se pode um dia, ver.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

E isso explica porque dói quando desatina sem doer!


Você não é a carta na manga, é o baralho inteiro!!!
Nem é o assessório do carro: é a fábrica de itens...
Tampouco o assunto de domingo: o fato que vai ao Fantástico!

Você é 'os gols da rodada' [e aqui me permita a licença poética]
Você é,são, sempre,sorrindo...
Você as vezes parece menino
 
Sempre me fazendo parecer Mulher...

Você faz parecer a esquina, um porto seguro
O porto, o além mar!
O mar?
Tudo que não será bastante
Nem dará pra mensurar
O quão inebriante
É o teu jeito de falar

E nem se eu quisesse
Não daria para te dizer
Tudo que cá dentro
guardo em segredo
Pra dor e lamento
de uma alma sedenta

Não se importe
Se contigo eu venha a estar
Nos caminhos que a vida reserva
De maneira imprópria
Incerta
Ou simplesmente, longe da posição
que deveria
És de longe, a pior parte de mim
E de perto, o pedaço que falta
Sê para sempre o que és

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Rainbows and pots of gold...


  Eu não sei se sou triste ou se eu quero ser triste. Na vida, algumas coisas a gente faz de propósito, com intuitos diferentes e por vezes repetitivos. Consigo acordar infeliz mesmo vivendo na Suíça dos problemas e isso é algo que me irrita incomensuravelmente. Não sei a que ritmo dança minha vida.
  E nesse mar de incertezas, dou-me um momento de folga, de paz nessa trincheira incólume de tranquilidade. No afã de conseguir dar algum sentido ao meu ser, acabo me lançando mais ainda no abismo daquilo que menos combina com alguém tão cheio de si: a carência.
  Mendigar afeto é o pior dos clichés num relacionamento onde ambos têm  consciência do contrato invisível assinado no momento em que os lábios se tocaram a primeira vez e os corpos se fizeram conhecer como um colibri se lança no infinito das asas movediças. De todas as incertezas e acasos que a vida nos oferece a cada dia, tenho lá minhas dúvidas quanto a sanidade dos afetos e daquilo tudo que só um ''eu te amo'' consegue provocar. O essencial é sim invisível aos olhos, mas não tão invisível, a ponto de cegar aquele que mais quer vê-lo viver e crescer...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ao infinito!


  Que se faça luz, quando já não há mais nada! Que alguém chame os cavalos, os guardas, os cavaleiros e os templários, e a eles, peça o infortúnio de lutar numa guerra onde já não importa mais, ganhar ou perder! Que se convaleça a parte ferida, da parte vencedora, num conflito sem nexo, sem sexo e sem amor. "Eu não tenho mais pressa, e nem perco mais tempo, e já não quero ter tudo, e nem desisto de mais nada"...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quando olhar pra trás dói, e pra frente, dá medo - Parte I


   Eu nunca realmente fui do tipo que achava que a Barbie morasse num lindo arco íris são paulino colorido e que o Ken fosse o boneco perfeito para ela. Na verdade, sempre o achei meio gay, e que a Barbie deveria ser delegada, assim como eu queria ser, e desse um pé na bunda daquele mauricinho idiota. Nunca achei que aquele carro rosa fosse a solução para as celulites dela.
  E depois de " grande " afinal, de salto alcanço 1.78, segui meu pensamento por vezes pessimista acerca do Happy Ending. De fato, nunca consegui atribuir ao homem, a qualidade intríseca de despertar verdade, veracidade, sinceridade e por que nao dizer, fidelidade. Nunca consegui acreditar nem quando o Willian Bonner dizia "boa noite", sempre esperava a Fátima ensejar o fim da noite para que de fato, eu mudasse de canal. Com isso, não quero desesperançar as mais sebastianistas que esperam, de alguma forma, satisfazer seus anseios e carências em cima da propaganda positiva em cima do relacionamento. Na verdade, por mais fria e seca que eu seja, também espero e desejo sentir alguma verdade no olhar, no beijo e fala. Preciso sentir todo aquele amor que o cabeludo jogou na cruz e que parece não ter valido nada. Parece que a cada dia que se passa, também com ele vai a minha esperança de acreditar nas pessoas e no que elas possam nos dar, de maneira gratuita. Ontem eu senti a pior das sensações que uma mulher pode sentir e digo sem nenhum medo de errar: ninguém no fim das contas, vai se preocupar tanto com você...
   Pra não dizer que não falei das flores, confesso já ter errado com ele também. Realmente eu não sou o mais exemplar dos seres da terra da flor roxa e disso tenho convicção, afinal, todo mundo erra. Errei muito quando depositei toda aquela esperança numa pessoa que talvez nem tenha essa mesma esperança para com a sua própria vida, futuro e amor. Não sei porquê resolvi me entregar, mas se o fiz, foi porque quis. A gente só dá aquilo que tem e hoje eu percebo isso da forma mais dolorosa possível. Me sinto traida, enganada, pela pessoa a qual mais me doei, e de forma incólume, livre de mágoas e resquícios de um amor abandonado. Hoje eu sinto o quanto me dói olhar para trás e quanto me assusta imaginar o que vem pela frente, me baseando num presente que de fato é tudo, menos um "presente". Vejo hoje que imprimir uma realidade em alguém é acima de tudo, sair do chão em busca de um solo que não existe, superficial e flutuante. Tenho hoje a certeza de que amar alguém é alem de tudo, expulsar verdades, posto que muita coisa a gente sublima, deixa passar...
   E por fim, fica a saudade do que não vivi. Resta a mesma velha garota com as mesmas certezas que por algum tempo, foram esquecidas. Fica a prova de que amar alguém implica riscos, os quais a gente tem que estar disposto a correr, senão, padece sozinho.

Your heart is not open so I must go


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Soneto de infidelidade


  De onde vem a falta
   Vem também o medo
   Do que se esconde no escuro
   Do que parece  ser segredo!
   Que de nada valeria,
   Se tudo fosse, no fim, alegria!
   Que nada é contente,
   Se não for no mínimo, indecente 
   Que só entre quatro paredes se diz, 
   Só entre quatro paredes se sente!

   Da onde vem a falta
   Vem também a agonia
   De perder tudo que já foi
Já é, e talvez seria!
  Se não fosse a harmonia, talvez não  se desse a falta
  Que dentro de uma alma descontente, habita uma outra, calada.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Panos de chão, Fluminense e Leaving on a jet plane


   Existem duas coisas que são infinitas: o universo e a minha vocação pela auto-destruição. Costumo dizer ser uma espécie de mistura da bomba atômica soviética com novelas mexicanas, aquelas mais complexas, melosas e bregas. Consigo reunir num único epicentro, uma agressividade cósmica, uma hostilidade quase colossal, um punhado de hamsters e um CD do Roberto Carlos. Dou vida a sentimentos animalescos, e por vezes deixo a animosidade ditar quem eu sou. Consigo ficar impenetravelmente sólida diante de um imbróglio do dia a dia mas não resisto a um animal me olhando comer na cantina da UFPB. Uma espécie de "Felicia" dos tempos modernos.
   Ao mesmo tempo em que me compadeço com questões sociais e etc, não consigo derreter minha alma quando o problema é meu mesmo. Não tenho pena de mim, de certa forma me machuco e deixo que os olhos vermelhos permeiem entre a realidade feliz e a tristeza aparente.
   Parei de tentar dar um fim a eles, inserindo outro problema. Deixei de sublimar as coisas, como numa tentativa de ignorar a questão mais latente dos meus últimos anos de vida. Nunca fui uma espécie de protagonista da minha própria vida, e sempre deixei que situações e pessoas tomassem o lugar o qual pertencia somente a mim. Decidi então que o pano de chão tem forma, por mais que não agrade e diferente que seja. Ele existe, não na cor que gostaria que fosse, mas na tonalidade que precisa ter, para existir. O Fluminense existe, os panos de chão aos montes e "..i dont know when i'll be back again..." . Com isso, não estou abolindo a escravatura de minha alma ante às questões que ainda moram e habitam o mesmo lugar que a bondade, a caridade e a inteligência. Se o amor for acessório, que exista somente a paixão, porquanto dure, e queime.
   Ter ou não ter uma pessoa comigo, hoje, não faz mais a cabeça. Se talvez exista um sub-espaço dentro dessa inteligência que prefira a beleza como forma de vida, que caia por terra. Que eu me conforme de alguma forma com o que me foi dado e espante de vez esse estigma que me deprime, possui e engloba o que sobra de confiança. Que eu escanteie de vez os medos, expurgues os fantasmas e exorcise os traumas e ânsias, pois ninguém merece isso. Se tiver de partir, que seja com um beijo, e nada mais!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

E isso explica porquê o sexo é assunto popular!


   Eu desço dessa baraúna de certezas e afirmo: o singular nunca foi tão plural quanto agora. Queria usar de lógica e explicar como se dá essa certeza tão latente, tão viva e presente! Queria usar de palavras, metros e distâncias de afetos para quem sabe, elucidar essa teoria, esse crime e castigo!
   E nessa tentativa, com acertos e despeitos perdidos nesse meio, me encontro. Tão só e tão cheia, parece que enfim, encontrei a certeza para todas as palavras. Significados, emoções e coisa viva nunca foram tão pulsantes, tal qual diva em ladeiras de olinda. O amor, ou o mais próximo disso que a humanidade consegue sentir, é uma realidade quase brasileira, de tão realista e pueril. É inocente, é decadente, suja e indecente, porque o amor nada tem a ver com o sóbrio. Ele é ébrio, incognicível e perecível. É deprimente, dependente, horroroso e inocente. É como cair, cortar, doer e ficar deitado...   tão só, tão contente!
  O amor é Tiririca, não é Buarque. Não é camões, é Lula.
  Não é uma realidade inalcançável e inatingível, é completamente sólida e exequível. É verborragia, é hemorragia de sensações e sentimentos. É soltar a mão do mundo para segurar uma só! É se ver contente, cantando numa nota só.
   É verdadeiro, e em nada, utópico. Só faz sentido se for por dois, sentido. Só significa se for um amor que signifique, e não, que complique! No mais, é dor que não desatina.
   Quanto a Buarque, fica reservada a matéria de falar. Sendo ele como é, fica concedido o ato de tentar dar verossimilhança misturada em tudo aquilo que somente podemos imaginar, porque é disso que vive o poeta. Pra sempre acorrentado na surrealidade.
   Quanto a mim, fica reservada essa matéria de viver, o sólido e o irreal. Eu que não sou nem poeta nem palhaço, nem cantor nem deputado. Quero ficar entre o que se sente e o que se toca, o que mora e o que se esconde. Quero me eternizar e enraizar aqui, onde o sol é causa. De todos os lugares do mundo, dentre os melhores e os piores, o mais confortável, é dentro de você!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

"A culpa é da Madonna, não minha!"



  A perspectiva humana diante dos impasses é sempre a mesma: resolução. Ninguém quer dar aos seus dilemas, a chance de serem desfeitos mediante o passar do tempo. Todo mundo quer resolver o que lhe pertuba e tira o sono, ou até mesmo casos pequenos e isolados.
  Não acho que o fato seja específico dos problemas matemáticos, físicos ou políticos. Há uma incrível desconsideração na sociedade atual que não permite as pessoas, a capacidade de criar novamente, o que quer que tenha sido destruido. A tirar os japoneses, o resto da massa humana é incapaz de começar do zero o que por ventura tenha sido posto abaixo, e não me refiro somente aos imbróglios naturais.
  É comum a cena onde pessoas se cruzam, mas não em interesses. É comum vermos sociedades sendo desfeitas por interesses egoistas e individuais que não evoluem o ser, como deveria. O mais sensato é, por diversas vezes, confundido com 'o mais fraco' dos cognicíveis atos de maturidade e isso é corriqueiramente provado.
  Vivemos a cultura da praticidade. Queremos um amor moderno, um conto de fadas às avessas, sem dragões alados ou batalhas homéricas: queremos o status do Orkut e Facebook, a frase na mensagem pessoal do msn e o isolamento social. O fast food se tornou um advérbio, de uma nova categoria sintáxica e ortográfica: facilidade.
   "Amizade? Não, eu  ja tenho quem me indique, obrigada!" - Os valores foram cada vez mais descartados e as relações hoje, dentro de casa, são horizontais. Nada de respeito ao outro, ao próximo e à "si próprio". O trampulim social não é mais coisa de novela e aquelas situações escandalosas dos filmes já não nos assustam mais.
   O que fazer ante isso? Por onde começar a corrigir um erro de no mínimo dez anos, que parece querer espaço na eternidade da juventude, essa que cada vez, se forma mais e mais dentro do vaziismo? Por onde dizer não e por onde abrir o sim?  Como parar de usar a desculpa da contrapartida, para justificar o que de fato, nunca se teve? 
  Caráter nunca foi tão inerente como agora..

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Qual a cor das cores?


  Meu coração é um paradoxo. Não consigo curá-lo dessa predileção pela solidão e ao mesmo tempo não desacostuma dessa arte de gostar de se sentir preenchido. Até entendê-lo, estarei velha!
  Nelson Rodrigues dizia que a solidão nascia do convívío com o outro e eu cá dou razão a ele. Nunca no mundo tão abarrotado de cristãos, islâmicos, judeus e ateus, nós estamos tão sozinhos como hoje. Nunca estar ao lado de alguém significou estar sozinha, como agora. Sinto a vaga latente, um contentamento descontente, até chegar do outro lado do coração. Às vezes acho que isso se dá por conta da eterna insatisfação do ser humano, o que de certa forma nos impulsiona a mudar, evoluir. Às vezes, acho que é por pura exigência. Acabo querendo e achando que o outro vai me impressionar a medida em que eu queimo e isso não está correto. A primeira regra de amar implica na falta de espera, a considerar que o amor é livre, e gratuito. 
  Sendo assim, da onde vem a falta? Onde ela se esconde?
  Talvez no pequeno pedaço onde a gente não consegue olhar, por mais próximo que esteja: a alma!
   É lá que escondemos todos os anseios e angustias que se mal administrados forem, acabam ocasionando uma vida de eterna espera.
  E esperar o que, pra que?  A vida infelizmente não toca conforme a nossa música e em muitos casos, o inesperado é o melhor a ser estimado. Não sei o que, ao longo dos meus últimos dias, aconteceu! O que eu sei é que essa agonia não passa, e a considerar a minha pressa por viver, vejo que venho queimando um arco-iris por dia, só pra tentar conseguir ver a cor das cores!

domingo, 31 de julho de 2011

A garota mais merecedora da cidade


  O que cabe dentro de um coração? Cabe amor, esquecimento, raiva, rancor, açúcar, um time, uma torcida! Há quem diga que cabe até uma penteadeira, tal qual um titanic de afetos. Eu, por minha própria vez, acredito que cabe muito mais do que tudo isso, e digo ainda que por ser tão extenso, talvez não caiba nada.
   Nada que consiga preencher cem por cento, possivelmente pela exigência do miocárdio ou pela imperícia de ações, atitudes ou trejeitos. O que esperar quando se espera é algo surpreendentemente avassalador se não houver amor suficiente para entender que talvez não seja necessário apenas isso. Toda vez que paro pra pensar em como dou destino as minhas sensações, tenho vontade de atirar contra esse músculo que involuntariamente bate sem obedecer, por vezes, teimando.
   Fico bem com qualquer pedaço de carinho, mas percebo que minha essência foi feita para coisas maiores as quais eu sequer conheço. Talvez uma heremita, uma carmelita ou uma tarde em velas, essências e seja lá do que for feita a matéria de mim, mas talvez não haja mais tempo. Talvez eu pereça e nem perceba. Talvez eu não tenha o que eu quero, por mais que mereça!
 

domingo, 24 de julho de 2011

No meio do caminho...

  

   Nós ainda somos os mesmos. O flamengo continua roubando, mas o mundo evoluiu!  O celular é touch, o câncer já não mata mais que a guerra. Somos ainda os mesmos seres em busca de evolução.
  E costumo acreditar que não há evolução sem revolução. Revoluir, um novo verbete a ser considerado, se observarmos a agonia humana pela re-invenção sempre do ser. Somos sempre tentados a inventar algo diferente, numa tentativa de não cair na mesmice da massa, da maioria. Ora o cabelo, ora o carro. O emprego é acessório de conquista e o saber é supra-valorizado quando na verdade é apenas quantitativo. Somos falsos, hipócritas, fingimos e sorrimos na mesma medida. Mordemos o pescoço que nos acalenta.
  Isso é evolução? 
  Somos nacionalistas mas o outro não pode ser. Somos extremistas mas o extremo ocidente não pode ser o que ele sempre foi. Admiro minhas construções voltadas à meca mas derrubo outras. 
  Somos a sociedade da intolerância, onde as minhas vontades têm sempre que sobrepor às alheias. Meu Deus toma Coca Cola, por que o seu não? Minhas músicas têm guitarras porque odeio liras e assim caminha a humanidade. Ter amigos hoje em dia é sinônimo de não se sentir ameaçado para não correr o risco de ser o que de fato, é: hipócrita. Considero ser de muita facilidade, bom, quando o ser "mau" não é invocado. Sei que muita gente adora jogar, mas só quando não há chance de perder e o que significa isso?
 Auto-confiança famigerada? Por que somos tão fingidos? Por que rir quando se quer dar o bote? 
 Olho pela minha janela e não vejo chance para tudo isso. Não falo na condição de "alien", como se eu fosse um extra-terrestre, mas desconheço o mundo o qual eu vivo. Desconheço as pessoas, os sentimentos, os medos e até mesmo as traições. Desconheço o valor do que é certo e errado, e acho agora que normal é ser doido, maluco. 
 É fácil arriscar quando não se tem nada a perder. É fácil ouvir o Espírito Santo quando isso lhe convém . Sou de Cristo mas mordo os outros. Sou bonito mas meu avesso é feio. Vivemos no mundo dos contrários. e isso é normal, afinal, no meio do caminho existe sempre uma pedra, ou uma cobra.
Viva la revolución!



quinta-feira, 30 de junho de 2011

O melhor namorado do mundo

 
  Eu não sei bem o que fiz para receber esse posto, mas de fato, deve haver algo em mim que me potencializa como uma pessoa de trejeitos fortes e às vezes, frios.
  Não que eu queira impor uma barreira entre mim e as pessoas que cercam: simplesmente às vezes a coisa toda não rola e a gente trava, se priva de um doce com medo de engordar. É assim a vida.
  A gente se priva da vida, ora por medo de sofrer, ora por medo de crescer. Nunca se sabe ao certo o que lá dentro das pessoas, existe de fato e só conseguimos mensurar afetos quando as ações acompanham o tempo, e quem sabe até, os sentimentos.
  Falando nisso, temos muito o que crescer, evoluir emocionalmente para enfim, alcançarmos o limbo das sensações: o amor. Nada mais justo que coroar um relacionamento com algo desse tipo.
  E por que não, viver de amor? Não me refiro aos que fogem de casa em busca de sonhos firmados em castelos de areia! Eu tô falando do momento quando a gente se desprende da parede e decide pular o muro, criado com as próprias mãos e "cimentado" com as amarguras do passado. O melhor dos seres desse mundo já fez isso alguma vez, pois é próprio do ser humano, fugir da queda quando o precipício parece ser maior de perto.
  E já que amor permeia nos assuntos onde o "cair" nada mais é do que o "lançar" a si próprio nessa esfera toda, por que não dizer que o melhor dos seres do mundo se aproximou de mim? Não me refiro a Jesus Cristo, embora Esse esteja realmente por perto 25horas por dia. Me refiro ao meu namorado!
  Ele não é lá o melhor dos namorados do mundo! Não é uma mistura de Will Smith com Bruce Willis mas é exatamente o suficiente paciente para aguentar meus devaneios por esses dois. É uma espécie de garoto bom com o que os homens geralmente têm dentro de si: a intrínseca safadeza gostosa de ouvir...
  E de provar também! É esperto, um dito popular dos cordéis que habitam meu epicentro cerebral. Uma doce mistura entre o meu pior azedo e o meu mais salgado intelecto. É divertido, chato, indescritível e googlásticamente definível. É inenarrável no silêncio e na timidez e me irrita quando assim, ele fica.
  É pior do que eu, e isso por si só já é algo que bastante me encanta. É somente dele o jeito Vierbrunesco de ser...
  Ele é o desvirginador de medos, de anseios e de gostos. Me faz ir ao cinema, comer ovo saindo da geladeira e torcer por uma cruz de malta - no diminutivo, claro!. Me perco em claro e sem pedir perdão.
  Esse é ele, que nem de longe é o melhor namorado do mundo, mas sem dúvidas, é -de fato- o melhor dos namorados que uma Vierbrunen pode ter!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Bem lembrado!


 " vou impôr um stop a este vaivém de sobes e desces, de querer muito e não querer nada. A partir de agora, passo a mentir-te, a mentir-me.Ela ia querer isso, como quem sente a água fria da primeira onda perto da barriga. Essa sensação de ir ou ficar, este binómio constante de inseguranças admitidas entre segredos invioláveis. Vou-te impôr restrições. A partir de agora, só quero subir. "


reflexodoimaginario.blogspot.com

Por enquanto!


  Eu não sei o que fiz ao longo dos anos comigo mesma, a ponto de me petrificar da maneira como estou. Da mesma forma que aprendi a separar os problemas da realidade, aprendi a inseri uma carga negativa no fim das contas. Resultado: esqueci de ser normal.
  Não sei bem o que fazer para resolver isso. O medo, a angústia e a incerteza são certamente os piores inimigos de alguém que sente demais. Não sei ao certo o que uma pessoa como eu vem fazendo nesse mundo há tanto tempo. Por mais fútil que eu seja, sei que alguma coisa boa e latente brilha dentro de mim. Não sei lidar com uma humanidade que se cruza e se ignora. Ao mesmo tempo, acabo ignorando a mim e aos mais próximos, porque na verdade não sei me mostrar a quem realmente interessa. Tenho pena dos mendigos no frio, dos animais abandonados e ignoro sofrimentos de perto. Não me lembro de ter tido paz um único dia dentro de mim.
  Pensava que as coisas iriam melhorar a medida em que fosse crescendo, aprendendo e vendo que no meio de muita coisa ruim, existe também a parcela boa. Quando penso em mudar o mundo, esbarro na falta de condição, e na condição a qual me encontro: uma perfeita consumista. Amo os animais mas não mando um único centavo às ONG's espalhadas pelo país que revertem o valor em auxílio aos seres que tanto gosto e estimo. Esbarro na falta de iniciativa, na preguiça de fazer algo realmente importante nesse mundo de meu Deus. Quisera eu conseguir transformar em ações todo o amor que tenho pelos desfavorecidos, sejam eles quadrúpedes ou bípedes...
   No fim das contas, percebo que não se tem muito o que fazer, na verdade, além de se destrancar. As pessoas são assim, o mundo é assim e cabe a mim, a arte de transformar o que me resta em algo realmente útil, pro meu ego e para os que me cercam. Nem desistir nem tentar agora é uma regra que só vale para as questões sentimentais, já que cada dia que passa, me convenço mais e mais de que Nando Reis estava errado...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Everybody Hurts...

 [até o Vader!]
                                                                                 
   Eu já não sei mais se é, se dá ou se vou acreditar no que diz a razão. Já ignoro os fatos, já driblo os carros, numa tentativa de me eleger chefe da minha própria tribo: a dos sinceros! A tribo que doa a quem doer, está sempre no bonde da verdade. A mentira, quando construida, destrói o que poderia nascer com a verdade, e desde que mundo é mundo, as coisas são assim. Não sou uma exímia contadora da verdade - vivo mentindo sempre às segundas-feiras, dizendo começar uma dieta, que nunca começo. Menti pra cabeleireira, pro guarda e até pra mim mesma, quando esqueci de mim e contei ao mundo quem eu era.
  A verdade é que a verdade nunca me pareceu tão amarga quanto agora. Nunca me foi tão conveniente fingir a mentira e escantear a realidade. Admitir que não sou nem de longe aquilo que sempre se almeja nesse momento não é apropriado, e a vontade que tenho é de gritar, sem mandar recado. Não acredito em contos de fadas, mas sempre torci por um final feliz, mesmo que de brincadeira, mesmo que de mentira.
  E talvez por isso, eu tenha que aprender a conviver com os sapos, aqueles que não se tornam príncipes, que não vão nem em cem anos, me tornar feliz, mas sim, que vão mentir, mentir e mentir, numa tentativa de enganar quem não engana a si mesma...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Kind of weekend


  Eu confesso: não te achei
  No meio disso tudo, também não  me perdi!
  Da onde vem essa calma
  Vem todo esse pedaço de mim!

  Me come,
  Me cospe,
  Me beija!
  Faz de mim, a sua bandeja, onde seu gozo nunca tem fim!

   Que seja caminho,
  Com toda a parcela de carinho!

  Que seja fogo,
  Com todo os pedaços de espinho

  Que seja calma
  Que seja cama

   Que seja puta,
   Que seja dama

   Que sejamos uma
   Que eu seja sua!
 
 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Qualquer coisa!


  Abre os olhos pra ver a vida
   Vida que geme, que aflora
   Que da boca está fora, com medo da hora

Abre os braços e vem
Pro pedaço de cá, pedaço que sobra
Que dentro existe, mas sobrevive aqui fora

Abre as pernas e sobe
Pra dentro de mim, a qualquer hora
Te conto um segredo e você, me namora!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O conto e o ponto [final]

      E ele voltou pra casa. Sozinho, desacompanhado, mas enfim, só.  Deixou-a na estrada e correu de volta pra tranquila cidade de onde nunca deveria ter saido. Achou por certo andar ao lado dela para longe dali, depois de todo o tempo só, seria bom. E assim eles foram.
    Coração e Paixão foram felizes enquanto isso. O seu melhor amigo búfalo pedia calma, mas o coração era impacientemente ansioso por diversão longe das cercas seguras da sua pacata residência toráxica. Conheceu a Paixão numa dessas salas vazias de sentimentalidades e ali se encantou! Pelo sorriso fácil, pela pele macia e pelo jeito eloquente de ignorar a vida. A camisa rubro-negra não incomodou o coração tricolor, e ele enfim se apaixonou, de novo. A Paixão parecia se ligar, mas apenas a sua maneira enquanto o Coração a cada dia dava mais e mais sinal de que as coisas corriam depressa, mais do que o esperado.
   Não contava apenas com o fato da paixão ser poligâmica, cheia de subterfúgios e amarras. Se encantou cedo demais, e de repente a paixão não podia caminhar ao seu lado. A estrada que antes parecia pequena para tanto sonho, uma rodovia virou.

  -Não posso ir com você
  -Por que não?
  -Desculpa...

   E assim sentenciou a vida. Viu sem ver e por fim, nada viu. Ficou orgulhoso demais para tentar convencer a paixão a caminhar lado a lado e decidiu deixar pra lá o que do lado de cá já não estava mesmo. Foi embora pela estrada fria, sem agasalho, pra ver se assim sentia mais dor. Coração enfim decidiu andar sozinho, tricolormente sozinho, como sempre, amando. Mas sem aprisionar...


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Os velhos olhos vermelhos voltaram...

    
   O difícil na arte do esquecimento consiste não no apagar dos souvenires, sejam eles físicos ou não. O interessante nessa matéria toda está justamente no sobreviver!
     Sobreviver as etapas que ficaram e que marcaram o coração, de alguma forma, seja lá como for. O brilho que fica, o cheiro, as cores e as situações que de certa maneira, acertaram o alvo: o nosso amor. O difícil na arte de esquecer alguém não é ignorar os lugares, músicas e comidas: é ignorar o sentido que a gente só sente quando ama. Saber que o sol brilha todo dia, mas que às vezes ele tem um brilho mais especial é diferente. Consumir uma pêra, uma maçã ou uma noite de sono só tem sabor quando não se tem dor associada. Uma fruta só é uma fruta quando estamos mal: quando estamos bem, é um pedaço de paraíso.
     Dificil sublimar a dor, as buzinas dos carros que tentam seus destinos de maneira quase animal, o chefe ao telefone e os quilos a mais! Dificil ignorar que se é infeliz por perder. Dificil engolir essa regra pronta de que é errando que se acerta...
     Impossível acreditar que algo bom ainda vá acontecer. Humanamente inexequível o otimismo, a certeza da vitória. Quando a lua parece apenas uma luz, quando o espelho só reflete um pedaço de alma sem carne, é ai que a dor atende mais forte!

    É dificil aceitar que somente o esquecimento é o sensato. Dificil crer em dias melhores, porque esses mesmos dias já foram super-estimados com alguém, com um ser como você! É quase infernal essa dor de ter que te tirar do único lugar onde você não deveria ter que sair...
   É quase impossível ter como esquecer...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Como diria um sábio assessor...


    E onde estão as regras da matemática quando precisamos subtrair uma dor, ou qualquer coisa que se assemelhe a isso? Jacques Brel diria algo do tipo "adeus, meu amigo problema", e facilmente se livraria da pena imposta àqueles que amam demais, ou alguma coisa desse porte, mas duvido que algum expert do mundo das artes e sentimentalidades consiga exprimir melhor uma fórmula para expurgar uma dor , do que um matemático!
  Como seria? Como entrar na lógica de uma coisa sem lógica? Não existe razão nos amores que a gente ama e como saber que ainda não cruzamos a linha absurdamente tênue que separa a insanidade da realidade, de fato? É dificil ter certeza de que ainda não estrapolamos esse limite e nem tente: amor e razão são antagônicos demais para coadunarem com a vida. Dizer coisas vãs e pueris talvez ajudaria a elucidar esse texto, mas nada como a realidade...

   Multiplique por -1 ! 

  Livre-se da negatividade imposta pelo fracasso multiplicando seu problema por menos um! Imponha-se a regra universal de que o amor só é bom se for doce: jamais azedo! Contente-se com a condição plena de que para ser feliz é preciso ter alguém, mas acima de tudo, ter-se! Ter-se a medida em que amar a si próprio é condição máxima para se ter alguém, porque é dando que se recebe. É dando a permissão divina de se amar e respeitar que se recebe de volta o amor de alguém. É dar-se sem medida para que nada mais se multiplique por menos um! É tendo a certeza de que o amor é tudo o que precisamos nessa vida.
 Porque a maior descoberta desse terceiro milênio será justamente o amor. Não me refiro aos amores interessados e interesseiros, mas ao amor livre e gratuito! A única coisa sublime que ainda perdura nessa terra...
  A química toda dessa teoria só acontece quando você aprende que não é a física das coisas o que realmente importa, mas sua capacidade de somar quando somente o subtrair parece confortar!

  Multiplique-se por -1 quando a coisa toda apertar. Livre-se das amarras e ame seu problema, subtraindo-o de si, como diria nando reis...
"tornar um amor real é expulsá-lo de você, para que ele possa ser de alguém..."

Vontagem!


Vontagem: do grego Vontade + Coragem.
Basta ter! Basta crer...


  Para se amar uma Vierbrunen não há mistérios nem segredos: apenas lampejos do que venha ser o amor. Não precisa ter boa coisa, só precisa ter um bom direcionamento para as coisas boas. Não há de ser católico, muito menos protestante... Tem se fazer presente, e principalmente constante! Não tem que ser bom em tudo, mas tem que ser bom nos 'nadas' que ninguém é. O essencial ainda é invisível aos olhos.
  Para se conquistar uma Vierbrunen não precisa ser bonito: precisa ter sorriso fácil. Precisa ter certeza do que fazer, e fazer sem ter certeza do que deve ser feito. Deve surpreendê-la com os acasos que a vida oferece - e que ela te faz sabedor assim, como quem nada quer -.  É torcer incondicionalmente pela minha felicidade, desde que isso implique um empate com o Flamengo. É simplesmente me amando que me conquista.
  É me ignorando quando eu merecer, e principalmente quando eu estiver perto de merecer. É me olhar indiscretamente, calando com um beijo, sabendo que aqui dentro bate amor, mas também bate desejo. É não ter medo de mim e do que eu sou. É não me forçar a ser o que se espera, e esperar que eu seja o que não se almeja. É brincar com fogo sem ter medo de se queimar, porque eu não queimo!
 Eu sou puro fogo mas me falta o ar, me falta morrer, de amor! Para ganhar-me, só basta querer morrer...
 E aceitar que eu não sou nem de longe tudo o que sempre se quis, mas que sou aquela por que você esperou desde sempre...

  "É só parar pra pensar. Escolha-me, porque eu já te escolhi..."
 

Da onde a falta me faz!

                                    Ele é só um sorriso
fácil de se ver,
fácil de se roubar,
dificil de se esquecer

É um pedaço de mal caminho
onde eu caminho,
Caminho sem direção
Parece ser sozinho
Mas nele já jaz um destino
Que me impossibilita o coração

É um conto de fadas ao avesso
onde a mocinha é o vilão
de onde sai o norte,
de onde não se vê a sorte
vagando na indecisão

É um querer bem e pra sempre
e querer assim, bem dentro de mim.
É um pra sempre que incomoda
por conta da espera que assola,
enquanto o amor, ah, só demora!

É uma certeza inconsciente,
um pedaço latente da falta que  faz
É um fio de esperança aceso, uma semente
de onde brota toda a minha falta de paz


domingo, 3 de abril de 2011

You thrill me!


 Quando eu escrevi o primeiro texto de amor a ficar eternizado no meu trabalho ou o que eu penso ser trabalho não tinha idéia de que 3 anos depois iria refutá-lo completamente em meu epicentro cerebral confuso e complicado. Uma coisa aprendi ao longo da minha abstinência sentimental...
    "Amor guardado adoece"
  Baseio-me nisso para por em terra firme o que aqui dentro pulsa e incomoda.
  Partindo desse princípio, reitero a minha nova teoria, baseada na primeira que você lê aqui

    E quando eu me achei, não poderia ter achado. O amor não é uma esfera livre de insanidade e dificuldade, e acho ser exatamente por isso que temos a predileção pelo impossível ou o que mais perto disso chegar. Eu sou livre para amar mas o amor não é, assim como você! Eu nunca imaginei que essa liberdade me faria tanta falta. Estava perdida até você me tocar, aqui dentro. Dificil respirar involuntariamente quando somente uma vontade absurda de sair de mim, morrer de amor é o que pulsa! Me trazer de volta pra realidade foi bom, mas eu não quero só isso! Quero mais. Quero você ao avesso,  nu em pelo, a rolar nos travesseiros. Quero me rasgar e me doar em dor, de prazer ou de amor, desde que seja você, desde que sejamos só nós, só um. Não quero que ninguém te toque, te deseje ou te ame. Não quero prisão mas quero um amor amável, daqueles que me capacitam sempre pra mais e mais...
   Eu sei que você não canta nas terras de cá, mas considere o meu estilo, o meu alento e o meu talento para você. Entre todas as coisas ruins que podem te acontecer ao me creditar seu amor, a pior delas será somente perder a chance de sentir o que é de fato, é amor. E em abundância!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Os 100 gols e a chance de amar

  
   Onde numa regra de amor e futebol encontra-se semelhanças, correlações?
   Para responder a isso, qualquer um de vocês poderia me citar umas 15 teorias, e 'teoria' é uma coisa peculiar ao ser humano: um alguém que não vive sem teorias. Diria até que existe uma teoria que afirma ser o homem um ser teoricamente formulado. Partindo desse princípio, observo um caso isolado e completamente correlato à nossa realidade: O Rogério Ceni tem mais a ensinar do que afirmaria nossa vã filosofia desportiva.
   Todo mundo, sendo bom entendedor de futebol ou não, sabe que o goleiro é aquele cara grande que fica embaixo da trave. Ele usa luvas e uma camisa comprida, diferente dos demais.
 Todo mundo sabe também o que faz um goleiro. O mais estúpido dos seres futebolísticos tem consciência de que um bom goleiro é aquele que não se adianta, que sabe se posicionar e que principalmente, NÃO SAI da área em momentos de crise.
 Não sair da área enquanto o time só precisa manter o placar é a coisa mais fácil do mundo para um 'goalkeeper'. Ficar na posição cômoda defronte ao gol, planejando e projetando o ataque adversário é de fato, o mais seguro quando somente administrar o resultado é que interessa, contando ainda com a ajuda de um comando de zaga [os zagueiros são aqueles que ajudam o goleiro nessa missão]. E por que com toda essa facilidade desportiva, ainda têm aqueles que vão mais além, além-traves?
  É ai que entra o goleiro do São Paulo, elucidando a minha teoria. O arqueiro tricolor, valente que se arrisca!  Sair da área, bater a falta e errar implicaria ao Ceni um castigo imputável aos que se arriscam: sofrer um gol!
  Sim, porque caso ele erre a falta, o time adversário, num rápido esquema de contra-ataque, poderia num instante se aproximar da área cômoda e abandonada por ele e enfim, marcar o tento!
  Entendem a lógica do risco? Entendem a lógica do amor e seus derivados? O amor não passa de um jogo de futebol onde quem não arrisca, não leva pra casa, a taça! De nada vale você ler isso e continuar sentando essa bunda [gorda ou não] na cadeira e concordando, se não for de fato, bater a falta! Bater a falta significa sair da zona cômoda e segura, abandonar os zagueiros e ir de encontro ao risco, sabendo claro do perigo do contra-ataque, mas contando no fim, com o gol! Bater com primazia, com categoria, sabendo que você naquele instante tem que acertar a coisa toda.  Não é a toa que o Rogério tem 100...
  Enquanto eu não tenho nenhum, justamente pelo simples fato de temer levar um gol! Uma lógica da vida e do futebol é que não existe diferença entre perder de 1 a 0 ou de 10 a 0, pois no fim, tudo está perdido! Se for preciso arriscar, arrisque, mesmo correndo o risco de perder de goleada, parecer leviano, tolo, idiota e até mesmo uma flamenguista, mas arrisque! Arrisque aquilo de pior que você tem - o medo -, em troca da melhor coisa que você terá em sua vida: o amor, ou o gol!

  

quinta-feira, 24 de março de 2011

O descanso de Maria Bonita


  Digamos que seja descomplicada essa matéria toda de amar e que eu tenha me apaixonado. Suponhamos que eu esteja com vontade de sentir de novo aquele frisson que só uma ligação despretensiosa pela manhã consegue implicar. Finjamos que eu acreditasse ter nascido predileta por Deus para o amor. Ignoremos a minha eterna vocação pela falta da sorte!
 Eu não sou uma baraúna! Não sou a preferida das fortalezas longínquas do tempo onde o amor era um instrumento de felicidade e não de dor. Eu me apaixonei. Saudade eu tenho dos tempos onde só o Fluminense me fazia respirar a alma assim. Medo eu tenho do tempo onde cogito vestir o manto inominável das trevas...
  Consideremos que eu saiba todo o 'know how' dessa história, e que o fim seja algo iminente. Anseiemos pelo happy end como o fim de um tsunami astral negativo.
  O que esperar afinal ? O que dizer de alguém que só pelo simples fato de existir torna meu dia algo mais prazeroso de ser vivido? Como desconsiderar que aos 10min de bola rolando meu time já se encontra perdendo de goleada, e eu, na condição de técnica, aplauda as investidas e o tento adversário? O mais incrível nessa história toda é saber e admitir que em toda essa esfera complicada existe um pedaço de mim que eu nem conhecia: um pedaço de esperança.
  É esse mesmo pedaço de esperança que torna o meu coração algo menos soturno, amargo e febril. É essa mesma vontade de amar e me jogar num abismo onde a dor da queda é menor do que a tranquila dor  de permanecer no topo, segura e cômoda. Como expurgar essa maravilha de sentimentalidade se é ela, somente ela que está a pulsar cá dentro?
  É como se eu tirasse a parte vital de um organismo e exigisse sobrevivência. É como se eu desacreditasse ser possível continuar seguindo. É como se eu extraísse a melhor parte de mim...
...QUE FICOU em você, no momento único em que eu te conheci e percebi que não és nem de longe aquilo tudo que me falta, mas que, sem dúvidas, é tudo aquilo que vai faltar em todos os outros caras iguais que eu encontro por ai e que nunca em tempo algum, me fariam cogitar a hipótese de vestir o avesso da minha paixão, a camisa do Flamengo! Jamais! Porque de todas as minhas curas, você parece ser a minha melhor doença.

 [A explicação para as fotos é a seguinte: tal qual Nelson Rodrigues, patrimônio personificado em histórias e feitos do que significa nossa paixão pelo Flu, eu jamais reconheceria que o Flamengo é importante se ele não fosse importante de alguma forma, sendo nesse caso, por alguém. Ele, vestiu a camisa por ter prometido conquistar Zico, o galinho. Eu ao contrário, não prometi, mas adoraria personificar a minha paixão com o avesso da minha]

domingo, 20 de março de 2011

E agora, Lua?



  Nunca em toda a minha vida estupidamente gelada eu tive tão grande vontade de dar quanto ontem. É dificil até de assumir isso, sendo eu um alguém meio trancafiado dentro de si. Dar sem pena, mesmo com a dor que isso implica.
  E por que não, me permitir novidades? O amor -ou o que penso ser isso - nos gabarita para esse tipo de sensações novas as quais são quase sempre inesperadas, supra-valorizadas. Ontem pela primeira vez em toda a minha vida eu tive toda a certeza de estar a frente disso. Tive vontade de dar a minha alma.
 Trocadilhos à parte, a idéia era ser de alguém específico, de verdade. Não que eu esteja amando ou algo perto, nada disso. Significa dizer com tudo isso que eu de fato cheguei perto daquilo que era mais improvável desde os tempos em que eu pensei ter experimentado a aurora boreal na alma. Supressões à parte, algo diferente estava no ar ontem, e não me perguntem o que era. Qualquer tentativa de amor que tivera sido feita naquele momento, acabou recaindo dentro de mim, e eu quis demais estar dentro de alguém, com alguém já vivendo dentro de mim. Sem contar com a lua, que ontem resolveu vir para mais perto da terra, algo bom e maravilhoso estava no ar. Paixão talvez, que resulta sempre numa equação não muito fácil e de dificil acesso, mas que no fim das contas, é a única coisa rentável e prazerosamente capaz de nos fazer reparar em quão feliz podemos ser, somente pelo simples fato de saber que alguém existe.

quinta-feira, 17 de março de 2011

"...and we'll make love together..."

"...you fucking piece of shit!..."

Me segura que eu vou cair!



   Sabe quando o carro acaba a gasolina em plena rodovia escura, às 23:59pm de uma quinta feira 12, a beira de uma favela carregada de traficantes fortemente armados com a camisa do flamengo fuzis e tudo mais, depois de você ter assistido a um filme de terror onde a mocinha morria nessas mesmas condições 'normais de temperatura e pressão'? Pois é, isso aconteceu comigo!
  Não, não literalmente. Guardadas as devidas proporções,  ouço "baby" de Justin Bieber [me internem rápido!] e penso como me meti nessa teia! Como pude deixar isso acontecer? Não me refiro ao playlist de mal gosto.Tento encontrar uma explicação plausível pra deixar com que um garoto de 23 anos, olhos cor de bosta, lindo de morrer e completamente avesso ao meu clube social invisível e intelectual, entre em meu hall.
 Eu não gostaria, confesso! Confesso também que aquela cara de safado filho da puta que ele faz me deixa agoniada. Nem quando ele fala mal do Fluminense consigo imaginar algo menos interessante vindo dele. O que me conforta é saber que ele é homem e que isso por si só me ajuda bastante a enviar o May Day pro cupido, o qual, MAIS UMA VEZ, teima em não acertar e ACEITAR que eu não quero mais essa merda de amor. Aquele olhar solto, aquela boca bonitinha, aquela bunda empinadinha! Pensar nele é perigoso, me dá mil vontades e uma delas é a de comer. Ele sorri, parece um garoto tolo com sua bola a brincar e eu me derreto feito uma idiota! SIM, idiota, porque é assim que me sinto quando lembro que estou deixando com que ele entre em mim. NÃO POSSO, por diversos motivos e um deles é o fato de não ter coragem de encarar o fato: eu tenho sentimentos. Quando ele fala, respira ou qualquer outra coisa estúpida, normal e involuntária a qual fazemos DIARIAMENTE e eu jamais percebo a não ser agora, me sinto inebriar! Acabo de mudar a música - dessa vez ouço HOW DEEP IS YOUR LOVE - e essa maldita música dos irmãos Gibbs se torna divertida. Divertido mesmo vai ficar quando eu me der um pé na bunda...
 Sim, porque eu tenho essa maldita predileção pelo auto-boicote. Isso em partes é bom. Vocês sabem quantas vezes eu evitei um desgaste futuro só com isso? Várias! Algumas vezes é inevitável e eu apelo pro sexo...
 Hahaha brincadeira! Na verdade eu ainda sou virgem e pretendo me manter assim até que meu príncipe me encontre num cavalo branco, ou num maverick! Conheci um garoto que reforma um e achei a idéia interessante: comprar um carro velho!
 Mas voltando e finalizando o tema do post, eu gostaria de entender porque isso acontece comigo. Por que ainda insisto nessa maldita terra que nada tem a me oferecer, por ser eu um SER completamente incapaz de ser verdadeiramente livre, sem escusas. Morro de medo de parecer um alguém que ama...
 Esse é meu pedido de ajuda, um may day diretamente do espaço sideral [ou cideral] pro mundo aqui debaixo! Se alguém puder ou quiser me ajudar, eu agradeço profundamente. Principalmente pelo fato de ainda estar bem no início e sendo essa fase segura, ainda posso recuar, dar passos seguros para trás.
 Ou será que não, senhor goleiro?!

sábado, 12 de março de 2011

Deixa eu falar, porra!


  Se hoje dói a boca, aqui no peito doeu primeiro! Hoje é um daqueles dias onde eu queria ter sido o espermatozóide caolho e burro que errou o óvulo da minha mãe, porém não fui -porque sou foda-  e cá estou, a lamentar no blog e  ensejá-lo com mais textos mal humorados e ácidos. Há quem ache graça disso..
  Mas eu não tô vendo graça! Aliás, faz tempo que alguma coisa teve graça pra mim, a julgar os raros momentos em que eu não me recordo da infelicidade de ter nascido [quase] sem peito e geneticamente desfavorecida de alguns requisitos.
  Será que a loira de boate com seus 50cm de cintura é menos feliz do que eu e meus 151 pontos de Q.I? Provavelmente você deve estar pensando que se trata de um porre mal curado ou de alguma foda mal dada, mas na verdade não passa de uma realidade dura e cruel: eu tô fudida!
 Em vários aspectos. Não me encontro nesse mundo, estou insatisfeita 24h por dia em morar numa porcaria de lugar em que aviões estão fora do hangar e as saias rodam nos palcos, animais pensam que governam enquanto humanos sencientes são sacrificados nas zoonoses. Suporto gente burra o dia inteiro e se quer saber, estou cansada! Me dói essa dor, e ela não é pouca!
  Não moro na praia - e isso pesa muito - , não sou rica - deduz-se pelo fato de não morar na praia - e ainda por cima sou inteligente, o que dificulta muito na hora de agradar alguém. Estou deverasmente cansada de ouvir conselhos ignóbeis de pessoas com mais de 30 - nunca confie em alguem com mais de 30, seja lá o que for - que dizem que isso é 'ansiedade juvenil'.
 Ansiedade um caralho! Eu quero é que se foda o cara que inventou a ansiedade! Eu tô uma pilha de nervos...
 Certa estava a Cláudia...

  Eu quero um trem carregado de caralhos e porras, afinal me dói no peito uma dor que não é pouca! Preciso das porras e dos caralhos, pois eu preciso dizer o que penso dessa vida. Preciso demais desabafar...

Como diria a Britney...


  Existe uma coisa intrínseca nas relações homem x mulher: tudo está fadado ao fim. Redundâncias à parte, eu acredito nisso, partindo do princípio de que homens e mulheres quase nunca sabem o que querem, quando se deparam com aquilo que mais querem à sua frente. Parece confuso, mas há lógica...
 Uma mulher se submete a uma relação em franco declínio por acreditar em passes de mágica [ mais conhecido no mundo pornô como 'buc...a' ] quando na verdade deveria fugir para bem longe daquele inferno astral. Os homens têm a predileção por gostar apenas do inatingível, da inexigibilidade das relações casuais que por ventura se tornam reais. Um homem JAMAIS se apaixona pela garota que facilmente se apaixonaria por ele, pelo fato da falta de conquista. É fato que a diferença entre nós [H e M] é justamente essa: gostamos do óbvio, do calmo e seguro. O homem por sua vez, além de mijar e molhar todo o banheiro, gosta mesmo é de caçar! O homem é um caçador nato...
  E levando isso em consideração, não há nada a se fazer além de ir a academia, bons salões e lojas de roupa. No fim das contas, como diria a Britney, não é mesmo a inteligência quem convence a ficar, mas o que, a longo prazo, podemos [e conseguiremos] oferecer...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Por toda a minha vida!


  Sabe-se lá de onde vem o amor. Não se detém ao certo a certeza do que ele vem a ser ou a que se destina, quando de fato é algo completamente subjetivo, abstrato, conotativo. O amor em todas as suas esferas do ser jamais deixou espaço plausível para explicações, e também pudera, já que ele é refém de nossa ansiedade pela vida, pelo sucesso, e por que não dizer, dele mesmo?
 Uma vez eu ouvi dizer que ele é aquilo que queremos que ele seja, ou pelo menos algo semelhante. É a partir dai que surgem as coisas, os anseios, as pretensões e almejos. É a partir dai que surgem as tormentas, os tormentos, as torturas e a torcida, tal qual a minha é...
 Porque meu amor é eterno, ultrapassa a barreira da sanidade, da capacidade de raciocinar que além do desporto nada existe, além de mim e das três cores com as quais me cubro. Além de mim nada mais me concerne senciência, além dessa paixão, além das cores, dos sabores e disabores que essa paixão me permite viver...
 Porque minha torcida é eterna. Não desvencilho um segundo, das promessas derradeiras que me fazem acreditar que elas te creditaram a vocação para a vitória. Esse casamento entre o meu amor e a sua eternidade, me faz feliz, e assim eu sigo, sempre cantando, sempre amando...
  E é por isso que eu digo, que não será uma vez para sempre, mas para sempre uma vez, pois dentro de mim não cabe outro, como encontro fortuito a beira do nada, à primeira vista, à primeira goleada, à primeira derrota...
 Como se eu me apaixonasse pelo Fluminense a cada vez em que ele jogasse, goleasse e contemplasse sua vocação para o pódium. Como se eu não entendesse porque continuo me apaixonando, mesmo perdendo, e ainda assim, encantando!  

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Todas as minhas regras refutáveis


  E agora é tarde! A bola já entrou e a coisa toda já começou a correr dentro das quatro linhas do meu coração circunflexo. Se eu pareço fugir, é por medo. Se sorrio, é pra esconder, e se eu sou eu, é porque é assim que quero me sentir de agora em diante.
  E é a partir de agora, que partindo de mim, vai a comissão de frente dessa coisa maravilhosamente a toa chamada 'amor'. Entre aspas, porque já dizia o poeta ser dor que desatina sem doer, logo pode paradoxalmente não ser o amor, pode somente ser um amor...
 Eu quero isso, quero essa sensação, uma excessão de todas as minhas regras! Pretender não fingir  e não me jogar incomensuravelmente sem medidas, embora saltos não combinem com pouca altura. Quero me jogar e me envolver nisso, me doar e me rasgar inteira, como coisa pouca e nua.
 Sem medo, reservas, escusas ou vergonhas... Quero esse pedaço de mim que parece não estar comigo. Quero padecer, parecer e me esconder dos medos de antes. Ah como quero!
 E se você quiser vir comigo, vem logo! Eu te preparo o que comer, o que beber e o que amar!
 Nada é mais infinito do que o querer bem, nada!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Eu dei pro cara errado!


   Não existe uma fórmula perfeita pra nada nessa vida, a não ser a fórmula da Coca Cola. Nem Pink e Cérebro conseguiriam desvendar essa coisa louca na nossa vida chamada "interesse", ou trocando em miúdos e transferindo ao tema principal do post, chamado "amor".
  Eu costumo dizer que dei pro cara errado, e confesso que o dei mesmo! Dei achando que aquilo satisfatoriamente me preencheria de alguma forma, me deixaria de pernas pro ar, mas me enganei. Dei de todas as maneiras e posições escusas que alguém poderia imaginar, e depois de perder meu tempo dando a coisa mais preciosa que tenho pro cara errado, a ficha caiu.
 A gente costuma fazer coisa na vida que acaba destoando do verdadeiro  e principal objetivo nessa esfera toda, que é "equilíbrio sentimental". Passamos a vida a desperdiçar sentimentos com pessoas cujo único interesse é somente te sugar no que de melhor você possa oferecer e depois cair fora. Comigo não foi diferente. Desperdicei uns bons longos meses ta, mentira, foram anos! dedicando um amor, um sentimento inenarravelmente gigante a uma pessoa que no fundo só me via como a 'amiga gostosa e inteligente' que potencialmente daria pra ele. Eu dei todo o meu amor, que um dia sonhei em dar, pro cara errado!
  Não fiz canções, não fiz declarações nem tampouco chorei horrores ao telefone por ele. Eu simplesmente amei o cara que surgiu como uma porra de uma nave espacial em Guarabira ou como o Ronaldo numa sauna gay, ou seja: surgiu como algo completamente inesperado, embora fosse sabido que um dia, surgiria de maneira gigantesca.
  Amei e não tenho vergonha de dizer, embora pareça a vida inteira. Guardei esse sentimento a vida inteira e quando pensei que finalmente poderia expulsá-lo de mim para que ele fosse de alguém, o filho da mãe cara olha pra mim e diz que além de gostosa, eu sou como a irmã mais nova dele.
  Quem falou que eu queria ser a irmã?
  Onde guardaria essa porcaria toda voando dentro de mim?
  As pessoas não pensam duas vezes antes de magoar outrém e isso é fato: nunca vi ninguém preocupado em como responder um 'não'. Durante a vida, iremos encontrar pessoas dispostas a nos fazer sofrer, e esteja atento a esse momento.
  Eu dei, pro cara errado. Dei tudo o que de melhor havia dentro de mim, e foi gratuito. Não pedi nada em troca, nem ele tinha obriação de retribuir, a não ser carinho a alguém que o dedicava um coração inteiramente encharcado de amor. Por milhas e milhas acho que andarei me mantendo dentro dessa masmorra pesada e amarga, desde que mantenha incólume dessa agonia novamente. Não há nada mais irritante para uma mulher do que ouvir que ela é tudo de bom, mas que como sabão em pó, vai ser sempre aquela que limpa, mas nunca a que amacia o que por ventura venha a ser, o coração em têxtil.
  
"If i could start again, a million miles away, i'd keep my self, i would find a way"
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Like a sorta fairytale

  Sobre essas coisas que escrevo eu quase nunca tenho dúvida. É fácil criar um princípio de pensamento e aos poucos ir despejando pedaços das coisas as quais eu rapidamente fantasio, sejam elas simples ou não. Eu tento ao máximo me encaixar nessa realidade massiva que me consome por dentro, mas confesso não ser fácil estar dentro de mim, nessa egodistonia de sensações, onde ora sou doce, ora sou amarga.

E no mais, eu acho que me perdi! E de novo! Dessa vez com culpa e risco, já que no minuto onde houve tempo de fugir, eu recuei...

...E fiquei nessa atmosfera chamada gostar de novo, e urgente! Gostar da alma, do sorriso, do beijo e da inocência que isso inclui. Eu não gosto de pensar que não há nada de bom por trás das coisas e de fato assumo o preço! Sobre essas coisas que sinto eu quase nunca tenho certeza, tal qual agora, onde eu não esperava por essa. Lá dentro, embora almejasse, não esperava, posto que otimismo e bom senso não coadunam da mesma estrada. Pensava ser polida demais para me refletir inteiramente, mas de repente tudo parece fluir, tomar fôlego novamente e mergulhar nessa atmosfera profunda e escorregadia chamada amor!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quando uma saia curta já não resolve mais!

   Vamos aos fatos: os homens são desprovidos de sentimentos.
    Duvida? Então senta e curte...

 Episódio de hoje: "Fest Verão, garotas que sonham com vestido branco e homem não combinam!"

 
  Uma amiga - que nem é tão amiga assim - me ligou ontem, depois de duas garrafas de vodka Slova e duas coxinhas da Dona Dininha, dizendo que estava a-ha-z-za-da! Na hora, pensei que a mãe da dita cuja tivesse batido as botas , com falência múltipla dos órgãos por aguentar aquele encosto como filha, porque ela chorava feito bezerra desmamada - brincadeira Gegé - mas logo percebi que não passava de um ledo engano. Gegé catarrenta ficou 4 horas esperando o garoto com quem ela pensa que divide uma relação, no msn, depois de pranchar sozinha seu lindo cabelo a base de Progressive Brunch, quando descobre que ele deu o pitu nela -ou 'migué', depende da sua região!- e foi pro maior festival de seres "acefálicos" de João Pessoa: o Fest Verão!

  Fico tentando entender como alguém consegue pagar 100 reais num pacote onde em contrapartida te oferece shows como Ivete Sangalo - A Britney brasileira, cheiradora, gorda após o parto e ALOKA -, Chiclete com Banana - a versão catarrenta de um despacho mal feito - entre outras merdas oriundas da Bahia. Sei que provavelmente alguém ai curte esse tipo de lixo som mas eu não suporto, em absoluto!

Maaas o garoto não somente aprecia o som como disse a ela que o esperasse na net para uma 'DR' - ou discussão de relacionamento. Você, ser normalmente livre do vírus do amor o qual nos torna cegos, consegue detectar o primeiro erro nisso tudo?

  Parabéns praquele que percebeu que axé é um lixo, mas não me refiro a isso: me refiro ao fato dos HOMENS nunca [leia novamente o advérbio] discutirem relação.
E como eu sei disso?
Simples! Homens são seres desprovidos de sentimentalidades.
Não é porque ele notou a sua calcinha vermelha que ele vai prestar atenção às suas mudanças climáticas no cabelo.

  A garota depois de horas se arrumando, percebeu que havia sido enganada, e 'desandou' a ligar para todos os amigos dele, em busca de informações que a levassem ao futuro cadáver do IML - Instituto Mulheres Loucas - .Descobriu com o primo da amiga da cunhada do vizinho da casa de praia do tio dele que mora em Maracaipe, que por sua vez é cunhado do pai dele, que o garoto havia ido curtir um show da Diva Ivetona 'cheradora'. Depois disso, foi um chororô só [o que me inclui, de certo modo].

  Atentem pro fato da minha colega de percalços sentimentais ter 25 anos, enquanto o socador dela apenas 20. Detalhe pro fato dele ser lindo, mas esperar fidelidade de um garotão no auge da punhetagem sua vida sexual, é dose pra mamute em gestação.
Homens não são seres constantes. Ora te amam, ora percebem que você não é mais o parquinho de diversão predileto deles e simplesmente picam mula, vão embora e te deixam sozinha! Não são como a gente que fica horas a fio alugando as amigas em busca de explicações plausíveis e catalogadas pela ciência quântica moderna! Ele não está nem ai porque sabe que depois ele surge com doses cavalares de 'sentimentalidades' e que você, dedicada leitora, cai nessa!
Acorda!

  Se você quer fidelidade, compre um cachorro. Contente-se caso consiga encontrar um cara que vai te trair, mas que ao menos vai ser leal ao seu sentimento e não te fará de boba quando você só queria um sarrinho beijo seguido de I love You...