quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Quando tudo começa bem - de novo!


  A coruja e o coração têm muito o que ensinar. Não que tenham parentesco, mas em toda essa sintonia, juntas elas conseguem dar sentido ao que sentido quase nunca tem: a vida
 A vida que a gente leva, os amores que a gente ama, a comida que a gente... come!
 Não é por acaso que são primas, mesmo assim, são como irmãs. A inteligência sozinha consegue reunir o que ao amor falta em abundância, e vice versa. Na verdade, combinam o incerto do futuro e o eterno do amanhã numa cesta cheia de felicidade e constância de afetos...
 Como diria meu insistentemente burro coração, não me apaixonar é comer em pé, é dormir em cadeira, é existir, e não viver. Só eu sei o que é bom, o que não é, o que me basta e o que me contém. Por ora, me contento com dois amanhãs e um agora...
 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Duas vezes, sete!


E se eu não fosse esse turbilhão de sensações?
 E se eu gostasse de sentir e fingir?
 E se mentir  fosse por mim  algo supra estimado?
 Se a verdade fosse artigo proibido e esgotado?

E se a China caisse sobre minha cabeça?
Se os impropérios de meu coração fossem por mim escanteados?
Quando o medo batesse, e se eu fugisse?
Se eu permitisse o grito de um coração calado?

Ainda assim, eu seria
Me pertenceria
Seria sua, uma, una, crua.
Ainda assim eu faria,
Me conjugaria,
Seria fria, pura, doce, nua!

Se o eterno tivesse passagem por mim, antes de tudo?
Se o pra sempre fosse inevitável dizer?
Se o amor fosse por mim predileto,
Seria você o alguém a escolher?

Ainda assim, eu seria, me lançaria,
Nessa atmosfera boa chamada 'gostar de você'!
Ainda assim eu ensejaria, prometeria,
Te daria metade de um ninho pra fazer

Se as estrelas forem pra você como um guia,
que essa agonia que em mim habita, se vá!
Vem com elas dançar nossa doce harmonia,
Vem comigo, vem sentir esse estranho jeito de amar...


Teoria do playmobil - parte II


  Fazer silêncio, ficar calado.
 Tem barulho que só o escuro acalma

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Vale a pena se jogar


 E quando não é alto o preço a  pagar para pertencer-se, surge a alegria de um momento fortuito. Um sorriso, uma certeza, um aprendizado, um doce caramelado. Aulas de francês, oui, monet, si vous plait, ou qualquer coisa perto do paraiso particular chamado viver.
 Um taj mahal por dia! Um infinito particular cultivado dentro, para poder doar-se fora. Um monumento ao amor, para que de fato, se sinta amor. Um turbilhão de sensações, com uma pitada de realidade, posto que não se voa sem pegar impulso no chão. Sem medo, com coragem. Sem dúvida, só vontade.
 "Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo."

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ilhas Cayman


 Daqui a 100 anos pouca coisa fará diferença. De tudo que sei, metade será refutado, a outra metade será esquecida. Se eu não souber o que fazer, não me angustiarei na dúvida, na incapacidade exequível das ações. Até nosso lar, existe muito asfalto a ser trilhado.
 Dos delitos e das penas, o caminho de terra fértil é também o caminho doloroso. Amar significa mais do que tudo, saber seu significado no inexistente, quando no mais sensato estado de espírito não se sabe que direção seguir. Quando tudo parecer complicado, que eu ame.
 Que eu nunca me julgue, mas me compreenda a medida em que tenho consciência de que sou acima de tudo, igual. Nos defeitos, falhas, acertos e virtudes, retornarei ao mesmo pó. Não somos obrigados a acertar sempre, e quando isso nos for imposto, que saibamos sair sem tirar nem por nada, de dentro de ninguém, principalmente de nós, o melhor pedaço.
 E se amar é dar a melhor metade, que as pessoas aprendam a enxergar que amar alguém é acima de tudo, amar-se sem medidas. É saber que somente o melhor nos bastará, e nunca migalhas ou promessas futuras de mudanças incertas. Tenho a impressão de que ninguém muda, tampouco que alguém mereça mudança. Ninguém nunca me disse que tudo aqui embaixo seria tão imperfeito.
 E se fosse, eu acertaria?
 Talvez nessa dúvida resida a graça de viver, e não apenas, de existir!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Porque só quem garimpa acha ouro!


 O desejo de te-lo é maior que o apelo,
 Apelo que não faço, porém, é necessário!
 Necessário por que sinto desejo,
 Quero calar-me com seu beijo
 O beijo que decerto me inebriaria,
 e todo o meu ser, incendiaria!

 Incendeia a minha vida com desassossego,
 E da vontade, ria com desespero.
 Não me perca, pois eu não te perco
 A dor só corrói quem deixa
 E eu  não te deixo...

 Me come, me cospe, me paga
 Faz de mim sua puta escrava
 Me lambe, me bate, faz sangue!
 Me sente, faz de mim sua amante
 Em cima do desejo, em cima da vontade
 Que eu pule, que eu grite, que eu cale,
 Que façam-se em mim seus desejos mais vorazes

 Que eu seja um início de céu, o fim de toda a paz,
 Um enorme segredo, um inimigo, um cais!
 Que eu seja o infinito signficado de amar,
 Que sejamos pra sempre um porto seguro no além mar...



 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Aforismos de fim de ano

  
 O grande desafio da vida é lidar com a imbecilidade. A intrínseca capacidade do ser humano de se deixar levar.
 Não credito à vida a burrice, mas a frustração. Temos a ilusão de que as coisas não são repetidamente escolhidas ao enredo de nossas vidas e continuamos nesse loop diário em cima das mancadas. Não digo que não acertamos, mas que preferimos errar. Os estragos da vida, os desafetos, os desatinos de quem vive, e não sabe porquê!
 Passei mais tempo errando e aprendendo do que comendo e defecando. Não consigo parar de pensar que se toda vez que eu errasse, me fosse permitido voltar no tempo, a história seria diferente. Não vejo desejo no acerto. Vejo tesão no erro.
 E ainda que me fosse permitido, não revertia o tempo. Não há graça no acerto, e há aprendizado nos defeitos. Não há certeza no eterno, há simbologia no dúbio.
 E por mais que eu tente, percebo que nada faz valer o que cá dentro existe. Nada, absolutamente nada, consegue me fazer ter coragem de acreditar que há vida inteligente lá fora.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Até quem sabe?!


Força!
Até entender, até seguir.
Força não na peruca, mas na cabeça por onde passam idéias.
Força de onde não se sabe, de onde nunca vem, pra onde nunca esgota.
Diante da dúvida, força!
Força pra nem sempre tomar a melhor decisão, mas seguir rumo ao que o coração deseja, implacavelmente sentenciado não como certo, possível, mas como o melhor caminho, melhor fantasia, melhor enredo, pior harmonia, pior destino.
Força por onde não brota coragem. Desejo de onde não brota vontade.
Carinho de onde brota desejo, apelo de onde talvez nunca saia segredo.
Diante da vontade, verdade!
Do desejo, ensejo!
Carinho, não como contrapartida,
mas como a única paga gratuita do beijo.
Amor como meta, afeto como forma compartilhada de felicidade.
Mudanças nem todas são verdades, mas toda verdade é digna de uma mudança!
Que nem tudo seja dado como certo, mas que toda a certeza dessa vida, nos seja dada hoje, pois a gente tem hoje o que plantou ontem. A gente vai ter amanhã o que fizer hoje!