quarta-feira, 22 de abril de 2020

Tenha calma! Há coisa nova ao virar a esquina


  A gente não precisa conquistar o mundo para enfim pertencer ao lugar de fala. Às vezes só precisa reconhecer que todo mal dessa busca se reduz ao vazio, um enorme nada. Quero pertencer ao abraço amigo, ao doce conforto dos braços que quando me envolvem, arrancam um gemido em sigilo. Eu me declaro independente, sem nenhum medo de mostrar um lado meu tão doce quanto indecente. Não mais quero ver partir o sol, sem que o seu calor me aqueça como se presa estivesse em seu anzol. Que o amor que desabrigou-se do peito da gente, decida retornar ao caminho do meio e sorria de volta mostrando todos os dentes. Me contem mais sobre os dias divertidos, estendam os braços e me abracem como se só o amor alcançasse nossos ouvidos. Não há mais medo de todos os anos que não foram fiéis, só restou coragem nos dedos adornados pelos meus coloridos anéis. Me beije a manhã, tão forte a cantar como um canto à lenda de Iansã. Só assim vou entender que o pra sempre desobriga-se de ser, sem que seja verbo com obrigação de só aqui permanecer. Eu quero viver enquanto houver flores no caminho pra mim, e sobre essa face incandescente só reluza o amor que me busca, me procura e uma hora vai me encontrar enfim!

terça-feira, 21 de abril de 2020

Nem tudo acontece no dia 07

Eu já disse não pro sim,
já fiz de mim um sofrimento sem fim,
cultivei esperas que só existiam aqui,
enquanto lá fora tudo já indicava de mim, partir

Eu confesso que isso não quero,
embora não pareça, mas é o amor que eu espero,
com toda a injúria e cadência
de quem viveu à espreita com esmero.

Me retiro de todo medo e culpa
que um dia me pertenceram e não partiram em fuga.
Por que diabos eu flerto com o sofrer,
se ao menor  sinal de vida, vejo meu coração florescer?

Me desculpem os afetos calados, sofridos e por mim mitigados.
Eu não sou essa barauna, envolta no maléfico, rangendo os dentes
em torno de um ódio patético

Eu sou estrada a fora, caminho bonito sem maldade.
Quero ver brilhar o sol onde há tanto tempo, só se vê tempestade!

domingo, 19 de abril de 2020

A pior declaração de amor que eu já escrevi

 You can see me, but not feel what's in me
 You saw me naked, although my soul longs for yours to finally make it.
 all the needs we both may need,
 are now lost behind the scenes

I needed you in my arms,
Like a reckless girl with her pretty eyes

The storm inside my soul matches with what is stuck in my throat
and everytime i realize i'm about to live, i forget about to forgive.

You don't want me too, like i did it once
You can't feel me, cuz i had already gone
Wish to send an amusing sparkle of me
in the deepest side of your moon

sábado, 11 de abril de 2020

Emotions

Outside, where i pretend i'm full, i regret what wasn't true,
between the things i was meant to, a space in a mess
where i can be found too.

Why should i pretend not to care?
 I'm convinced, i was born to dare!
And even if i shouldn't to, i wouldn't
pretend i don't love you.

I write about it because the whole mess inside
sometimes wants to grow til surface
And even if i could, i wouldn't burn it.
Sometimes what i feel is exactly what makes me breath,
even though sometimes its the same thing what kills me.

I love all heartache between the lanes,
and the heartbeats running in my land.
Do you still think about all that truth
or even wondered why that whole mess
is called "fall for you"?

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Ode ao Marco zero

Ah, todo esse sossego da minh'alma
que grita sem doer e me faz sorrir com tanta calma!
Eu tenho em mim bastante afeto, do tamanho desse mundo,
ainda que as vezes eu o confunda e dê com ele, de cara com o muro!

Em preto e branco, o esquete do que eu tenho certeza,
que ao menor sinal de vida, vai sendo colorido com toda a minha leveza, leveza essa sem fim, que com saudade está desde o dia em que você foi levado sem um adeus, pra longe de mim

Aqui dentro ainda resta tanta coisa a ser dita. Todo o caminho de terra fértil
dentro de um nó, preso em laço de fita.
Mas não pense nem ouse achar que tem algo em mim a te esperar lá fora,
posto que a vida que habita em mim já tentou fugir, mas não vai ser agora!