domingo, 30 de novembro de 2014

Sistolica e diastolicamente falando

                                
  
Odeio cebola. Picada, cortada, inteira ou flamejada: simplesmente odeio! Odeio mastigar as coisas e ter que cuspi-las de volta e é bem essa a premissa da cebola em nossas vidas. Odeio também como eu me sinto depois de comê-la.
 Odeio essa sensação de ansiedade, de agonia, de saudade do futuro. Pensar sem dizer, falar o que se quer ouvir e viver o que não está nos sonhos são formas ignóbeis de dar sentido ao meu dia tão cheio de horas não vividas. Depois da cebola, viver é um saco pois não se sabe de fato o que há detrás das cortinas, do que virá ou será se seguirmos a luz do arco íris. Dos delitos e das penas da sentimentalidade, ninguém devia guardar o que não soube dar ou amar. É errado, é sujo não dizer sem ter porquê e além disso, é latente. Se o coração sair do chão, não há quem possa impedi-lo desse passo em direção ao salto sem para quedas chamado amor...