sábado, 19 de novembro de 2022

Um Taj Mahal por dia

 Apesar das dores e de toda uma vida repleta de lamentação,

Dos sofrimentos impostos por caminhos de pormenores cheios de obrigação,

além dos jardins por onde se arrancam as flores e ficam os caules às abelhas, um mar para o inseto repleto de ilusão,

das muitas vezes que desisti do colete e levei de volta a bala sem hesitação.

 E de todo o conserto que eu procrastino e gaguejo sem resolução,

dos amores perdidos que me deixaram sem abrigo, trancafiada entre os muros da lamentação,

eu me permito o ensejo de me perder entre os beijos do que me convida a pular de cabeça com alguma palpitação.

E pra sorte eu sobejo, perdida entre os desejos de viver tudo isso como um oceano dentro de um turbilhão.

E te convido ao despejo de viver pra sempre "ensimesmo", sem tocar na emoção,

do que escondo entre o beijo, do aceso desejo de te enfiar no meu peito: um altar feito para devoção

domingo, 13 de novembro de 2022

A parte de mim que insisto em esconder

 Confusão que nunca acaba,

Vazios que me habitam, me avassalam.

É o medo inimigo da razão, ou jaz em mim 

uma sorte que nunca será tocada?


Temo o escondido que me cerca, me roda e me afaga.

Tantos vazios calados que prefiro mesmo que ninguém nunca os saiba!

Há tanta vida lá fora como parece ser, ou eu 

preciso aprender a desgostar dessa matéria de ao amor, pertencer?


A parte de mim que insisto em esconder,

revela um mundo de calma, de caminho lado a lado.

Mas por medo, razão ou infortuita coragem,

Acho que tudo isso não achará razão de ser!