Apesar das dores e de toda uma vida repleta de lamentação,
Dos sofrimentos impostos por caminhos de pormenores cheios de obrigação,
além dos jardins por onde se arrancam as flores e ficam os caules às abelhas, um mar para o inseto repleto de ilusão,
das muitas vezes que desisti do colete e levei de volta a bala sem hesitação.
E de todo o conserto que eu procrastino e gaguejo sem resolução,
dos amores perdidos que me deixaram sem abrigo, trancafiada entre os muros da lamentação,
eu me permito o ensejo de me perder entre os beijos do que me convida a pular de cabeça com alguma palpitação.
E pra sorte eu sobejo, perdida entre os desejos de viver tudo isso como um oceano dentro de um turbilhão.
E te convido ao despejo de viver pra sempre "ensimesmo", sem tocar na emoção,
do que escondo entre o beijo, do aceso desejo de te enfiar no meu peito: um altar feito para devoção
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