sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Sem título

 Quando os infernos interiores parecem não suportar a matéria das realizações, eis que a alma se inquieta, e o coração, palpita!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"Hit me like a ray of sun..."

  Há quem prefira começar pelo início comedido de dar um passo após quinze quilômetros de certeza. Não que seja errado, ou que eu critique a intrínseca necessidade humana de somente caminhar após certificar-se do poço fundo dos pensamentos, mas discordo desse ser o único caminho até a perfeição dos acertos. Até  a terra firme, percorremos muitos vazios de mar aberto e se assim não fosse, o que agora seríamos? Eu, particularmente jurei nunca mais nadar fora da borda, comer sem fome e cair de amores novamente, entretanto, sendo eu um tanto de paixão e outro tanto de coragem, cá estou a certificar-me que essa é a melhor das contravenções e promessas perdidas com o passar das vivências não cumpridas por mim. Posso afirmar que ceder o meu melhor lado pra pessoa que realmente merece é uma das melhores maneiras de pular sem páraquedas.
 Cair nem sempre machuca, e eu jurei não cair de amores, não?
 Pois que eu jure, mas caia, mais e mais, sempre nos braços de quem merece somente o sabor do amor que a gente ama, e ama demais!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sobre a matéria das realizações

  Eu quero a sorte de qualquer coisa tranquila
 Com algum sabor, com a casa vazia
 Com o peito cheio, com o amor guardado
 Com algum tesão, bem barulhento, bem calado

 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Quando tudo começa bem - de novo!


  A coruja e o coração têm muito o que ensinar. Não que tenham parentesco, mas em toda essa sintonia, juntas elas conseguem dar sentido ao que sentido quase nunca tem: a vida
 A vida que a gente leva, os amores que a gente ama, a comida que a gente... come!
 Não é por acaso que são primas, mesmo assim, são como irmãs. A inteligência sozinha consegue reunir o que ao amor falta em abundância, e vice versa. Na verdade, combinam o incerto do futuro e o eterno do amanhã numa cesta cheia de felicidade e constância de afetos...
 Como diria meu insistentemente burro coração, não me apaixonar é comer em pé, é dormir em cadeira, é existir, e não viver. Só eu sei o que é bom, o que não é, o que me basta e o que me contém. Por ora, me contento com dois amanhãs e um agora...
 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Duas vezes, sete!


E se eu não fosse esse turbilhão de sensações?
 E se eu gostasse de sentir e fingir?
 E se mentir  fosse por mim  algo supra estimado?
 Se a verdade fosse artigo proibido e esgotado?

E se a China caisse sobre minha cabeça?
Se os impropérios de meu coração fossem por mim escanteados?
Quando o medo batesse, e se eu fugisse?
Se eu permitisse o grito de um coração calado?

Ainda assim, eu seria
Me pertenceria
Seria sua, uma, una, crua.
Ainda assim eu faria,
Me conjugaria,
Seria fria, pura, doce, nua!

Se o eterno tivesse passagem por mim, antes de tudo?
Se o pra sempre fosse inevitável dizer?
Se o amor fosse por mim predileto,
Seria você o alguém a escolher?

Ainda assim, eu seria, me lançaria,
Nessa atmosfera boa chamada 'gostar de você'!
Ainda assim eu ensejaria, prometeria,
Te daria metade de um ninho pra fazer

Se as estrelas forem pra você como um guia,
que essa agonia que em mim habita, se vá!
Vem com elas dançar nossa doce harmonia,
Vem comigo, vem sentir esse estranho jeito de amar...


Teoria do playmobil - parte II


  Fazer silêncio, ficar calado.
 Tem barulho que só o escuro acalma

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Vale a pena se jogar


 E quando não é alto o preço a  pagar para pertencer-se, surge a alegria de um momento fortuito. Um sorriso, uma certeza, um aprendizado, um doce caramelado. Aulas de francês, oui, monet, si vous plait, ou qualquer coisa perto do paraiso particular chamado viver.
 Um taj mahal por dia! Um infinito particular cultivado dentro, para poder doar-se fora. Um monumento ao amor, para que de fato, se sinta amor. Um turbilhão de sensações, com uma pitada de realidade, posto que não se voa sem pegar impulso no chão. Sem medo, com coragem. Sem dúvida, só vontade.
 "Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo."

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ilhas Cayman


 Daqui a 100 anos pouca coisa fará diferença. De tudo que sei, metade será refutado, a outra metade será esquecida. Se eu não souber o que fazer, não me angustiarei na dúvida, na incapacidade exequível das ações. Até nosso lar, existe muito asfalto a ser trilhado.
 Dos delitos e das penas, o caminho de terra fértil é também o caminho doloroso. Amar significa mais do que tudo, saber seu significado no inexistente, quando no mais sensato estado de espírito não se sabe que direção seguir. Quando tudo parecer complicado, que eu ame.
 Que eu nunca me julgue, mas me compreenda a medida em que tenho consciência de que sou acima de tudo, igual. Nos defeitos, falhas, acertos e virtudes, retornarei ao mesmo pó. Não somos obrigados a acertar sempre, e quando isso nos for imposto, que saibamos sair sem tirar nem por nada, de dentro de ninguém, principalmente de nós, o melhor pedaço.
 E se amar é dar a melhor metade, que as pessoas aprendam a enxergar que amar alguém é acima de tudo, amar-se sem medidas. É saber que somente o melhor nos bastará, e nunca migalhas ou promessas futuras de mudanças incertas. Tenho a impressão de que ninguém muda, tampouco que alguém mereça mudança. Ninguém nunca me disse que tudo aqui embaixo seria tão imperfeito.
 E se fosse, eu acertaria?
 Talvez nessa dúvida resida a graça de viver, e não apenas, de existir!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Porque só quem garimpa acha ouro!


 O desejo de te-lo é maior que o apelo,
 Apelo que não faço, porém, é necessário!
 Necessário por que sinto desejo,
 Quero calar-me com seu beijo
 O beijo que decerto me inebriaria,
 e todo o meu ser, incendiaria!

 Incendeia a minha vida com desassossego,
 E da vontade, ria com desespero.
 Não me perca, pois eu não te perco
 A dor só corrói quem deixa
 E eu  não te deixo...

 Me come, me cospe, me paga
 Faz de mim sua puta escrava
 Me lambe, me bate, faz sangue!
 Me sente, faz de mim sua amante
 Em cima do desejo, em cima da vontade
 Que eu pule, que eu grite, que eu cale,
 Que façam-se em mim seus desejos mais vorazes

 Que eu seja um início de céu, o fim de toda a paz,
 Um enorme segredo, um inimigo, um cais!
 Que eu seja o infinito signficado de amar,
 Que sejamos pra sempre um porto seguro no além mar...



 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Aforismos de fim de ano

  
 O grande desafio da vida é lidar com a imbecilidade. A intrínseca capacidade do ser humano de se deixar levar.
 Não credito à vida a burrice, mas a frustração. Temos a ilusão de que as coisas não são repetidamente escolhidas ao enredo de nossas vidas e continuamos nesse loop diário em cima das mancadas. Não digo que não acertamos, mas que preferimos errar. Os estragos da vida, os desafetos, os desatinos de quem vive, e não sabe porquê!
 Passei mais tempo errando e aprendendo do que comendo e defecando. Não consigo parar de pensar que se toda vez que eu errasse, me fosse permitido voltar no tempo, a história seria diferente. Não vejo desejo no acerto. Vejo tesão no erro.
 E ainda que me fosse permitido, não revertia o tempo. Não há graça no acerto, e há aprendizado nos defeitos. Não há certeza no eterno, há simbologia no dúbio.
 E por mais que eu tente, percebo que nada faz valer o que cá dentro existe. Nada, absolutamente nada, consegue me fazer ter coragem de acreditar que há vida inteligente lá fora.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Até quem sabe?!


Força!
Até entender, até seguir.
Força não na peruca, mas na cabeça por onde passam idéias.
Força de onde não se sabe, de onde nunca vem, pra onde nunca esgota.
Diante da dúvida, força!
Força pra nem sempre tomar a melhor decisão, mas seguir rumo ao que o coração deseja, implacavelmente sentenciado não como certo, possível, mas como o melhor caminho, melhor fantasia, melhor enredo, pior harmonia, pior destino.
Força por onde não brota coragem. Desejo de onde não brota vontade.
Carinho de onde brota desejo, apelo de onde talvez nunca saia segredo.
Diante da vontade, verdade!
Do desejo, ensejo!
Carinho, não como contrapartida,
mas como a única paga gratuita do beijo.
Amor como meta, afeto como forma compartilhada de felicidade.
Mudanças nem todas são verdades, mas toda verdade é digna de uma mudança!
Que nem tudo seja dado como certo, mas que toda a certeza dessa vida, nos seja dada hoje, pois a gente tem hoje o que plantou ontem. A gente vai ter amanhã o que fizer hoje!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Apressa-te, e ama!


  Quando Nietzche vingou a frase sobre o abismo, certamente não contava com a astúcia da mesma para embaralhar mais ainda o entendimento da coisa toda. Não por ser de difícil acesso e compreensão, mas por desconsiderar que o abismo por si só, é um convite ao salto.
 O que quero dizer com isso? Nada mais nada menos que o infortúnio das dificuldades é fielmente aceito por nós, quando estamos diante da escolha entre o peremptório 'easy' e o fatídico 'complicado. É do ser humano, superar-se, provar-se o tempo todo. Das verdades da vida, nenhuma sobrepõe o fato de que nós, seres pensantes, somos desejosos das matérias com caráter impossível, e taí o Futebol pra exemplificar a tese. Nenhum time quer chegar a final de campeonato e vencer um IBIS da vida. Queremos sempre atestar.
 No mais, somos todos saudosistas, porém, não temos tempo para conquistas indeléveis. Numa época onde o fast food é mais uma religião do que serviço delivery alimentício, os amores que a gente ama têm esse sabor intrínseco da pressa, do 'conhecer pouco' e 'lamber muito', sem a vocação para a eternidade. Desafio um casal moderno a chegar a época das fraldas geriátricas e os diálogos  cheios de aparelhos auditivos. Não sinto mais a característica do 'na pobreza e na velhice' posto que tudo se resume ao que for fácil, belo, simples e sem dilemas. Recentemente vivenciei um amor fadado pelas minhas dificuldades e fico pensando se essa criatura vai terminar um namoro a cada problema de suas subsequentes companheiras. Isso prova que as pessoas não estão prontas para as dificuldades e enquanto a coisa toda tiver cheiro de terra fresca, 'ao teu lado estarei'.
 Tenho verificado que nessa esfera, as pessoas não se buscam mais conhecer, e sim, saciar seus anseios e necessidades depositando nas outras, a surrealidade da paixão, do desejo e do encontro. Ora, ninguém é interessante eternamente, posto que o cotidiano é fatídico dentro das relações sociais, mas isso não significa que as relações estejam fadadas à rotina, posto que o amor é acostumar-se com o novo, de novo. É acordar ao lado daquela pessoa mas sempre buscar algum novo motivo para doar a melhor metade, mesmo com os roncos da noite passada. Fico impressionada com a quantidade de mulheres que reclamam da frieza de seus namorados e maridos e esquecem que, por vez ou outra, é responsável por 50% do tal 'chama acesa'. Amar ainda é dar sua melhor metade.
 E se nada disso servir para que num futuro próximo, as pessoas se busquem e não se encontrem em absoluto, reservando sempre um espaço para descoberta e entendendo que o amor não é pra sempre um caminho de terra fértil, espero que saibamos gerir nossas vidas sentimentais sem nos pressionarmos tanto nessa inconstante busca pelo eterno, sem querer de fato, ficar ali para sempre!

domingo, 3 de junho de 2012

Sem inspiração alguma

Foi só piscar o olho, e eu perdi meio fio da piada. Perdi dois quilos, o semblante, metade de mim e metade do que fui. Metade do que sou é mistério, e a outra metade, é puro medo

terça-feira, 15 de maio de 2012

"Foi só piscar o olho..."


  E nesse mundo tão banal, eis que o plural de sensações se faz presente, no palco onde nada sai, nada produz. Só eu sei o que é saudável quando o coração resolve pulsar, no meio da euforia. Talvez o encanto comece, talvez nem termine...
  O que eu sei é que não vou ter medo, e pra você eu digo sim, em meio a tantos por quês...

domingo, 13 de maio de 2012

E o que sobrou do sábado a noite?

A fadiga tomou conta. Não há mais paradoxos, paralelos ou textos. Toda semelhança com o ostracismo não é mera coincidência com o soturno badalar das minhas emoções.

Ow coisinha tão bonitinha do pai!

  "Na boa véi, parei". Parei de socorrer o desejo, de sucumbir ao segredo e de dar voltas em voltas, por trás dos ensejos. Parei de desejar mais do que fazer, de fingir que sou, que és e que seremos. Parei de você e de mim. A partir de agora, eu só vou gostar, do que faz bem a mim!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Só eu sei - Parte 1

 Tenho certeza de que todo esse furor de amargura e frieza tem razão de ser, de existir. Não tenho muita coisa, além de duas ou três coisinhas falsificadas, que nem meu coração vagabundo acostumado a pouco pão e muito suor. Tô sem criatividade, até na escrita, e muito cansada desse cristal cravejado de tristeza e de incertezas sobre o que posso e não. Às vezes acho que a coisa toda não tem razão de durar exatamente porque as coisas indeléveis não são feitas para quem pensa muito, ou para quem potencializa demais as emoções. Eu, que de puta e santa tenho um pouco, percebo razão em ser em diversas coisas, e na verdade, sem vaidade, me pego pensando na vida que eu nunca tive, e gostaria de ter. Não tive um amor, daqueles de me fazer suspirar. Nunca tive um cinto hermés original, nem um amigo que de fato fosse amigo. Nunca tive dinheiro pra ir a Europa, nem sarampo, nem catapora. Às vezes é admitir e enxergar que a vida é sim muito complicada por maioria plena de nossas culpas e que é bem mais saudável, decerto, parar de insistir em erros e encarar que chegou ao fim!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

"...gostava tanto de você..."

 Ando sem inspiração. O amor e seus venenos já não fazem tanto efeito. É preciso recomeçar, ou será tentar de novo?

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Como vossos pais


  Não há nada que me irrite mais do que gente idiota. Gente que se pinta de azul pra fingir que é Avatar. Que pesquisa no google pra parecer cool. Que finge que ama pra se sentir amado. Que finge que quer, que não sabe o que quer.
 Nada me deixa mais irritada do que perder tempo. Parecer importante sem ser, preocupar-se sem de fato, sentir-se causa. Das burrices humanas, a maior delas é fingir ser o primeiro animal a usar calças quando na verdade não se passa de um mero protozoário com time de futebol e alguns pensamentos de esquerda idiossincrática!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Amores e acído muriático

 
  De todas as facetas do amor, nenhuma é sofrível suficiente como o causticante ato de se ignorar a única coisa que faz a causticante vida ser cheia de facetas!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um taj mahal por dia!



  Talvez eu seja pungente. Talvez meu amor seja deveras latente. Talvez eu cobre, talvez eu peça, talvez eu minta, talvez eu sinta. Talvez eu negue, talvez eu pegue, me apegue, sem começo, sendo inerte. Talvez você veja, talvez eu seja, talvez nós nunca, talvez nós, talvez seja.
 Talvez eu permita, talvez eu viva. Tento por todos os lados, te seguir lado a lado, sem bagagens, sem família. Sem contrato algum, eu cobro os teus beijos, em cima da cama, num súbito desejo. Talvez tenha sido um erro, num local a esmo, onde tudo complica, onde tudo foi segredo. Talvez você esqueça, talvez tudo padeça. Talvez eu complique, talvez você não publique. Os afetos, guardados, são como armas em mãos de palhaços. Talvez você me perca...
  Talvez eu finja que eu não te ame. Talvez eu diga, talvez eu cante. Talvez escreva, talvez esconda. Talvez te leve, talvez eu negue. De todos os amores, talvez eu seja o único que talvez não seja, que talvez espere...
  Que eu seja sofisticada, que você seja um, porque amar você implica riscos, desconfortos, infortunios e quedas de braço. Não, não sou eu quem dificulta. Sim, você é uma baraúna de afetos. Não se esforce muito nessa peleja de me tornar inerte, porque um dia, em meio a sonos e palavras frias, você consegue!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Nem tudo que parece, é!


 Olho por olho e a humanidade estaria cega, é verdade. É fato também que os demônios interiores se materializam a medida em que os nossos medos e frustrações ganham proporções homéricas diante do nosso impasse na vida.
 Não sobrepor nossos defeitos ante nossas virtudes. O papel intrínseco da realidade é justamente dar caratér verossimil quando topamos com nossas fantasias e ilusões, e na maioria das vezes, são elas as culpadas de nossos fracassos, quase nunca, dos acertos. Perdemos o pote de ouro ao fim do arco-íris por burrice, por não enxergar a verdade latente que permeia os olhos, e só nos damos conta do feito quando já não há mais tempo nem estrada a percorrer. Não espere agosto chegar para perceber o que vai embora em abril...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Fria como a neve e seus sete pecados


  Num mundo abarrotado de gente desinteressante e compromissada com o acaso, faz-se necessária a presença da ousadia insana de se fazer diferente na vida das pessoas. Não me refiro aos que curtem desfazer laços a troco de nada, numa tentativa maluca de se encontrar perdendo, mas sim, aos amantes da intensidade explorada de forma doce e sutil.
 Dos amores que a gente ama, quase nada fica, além de alguma ou outra lembrança incólume e indelével. Do preço a se pagar por essas recordações, o custo alto de um coração soturno é deveras causticante, e de fato eu não sei qual a premissa de Deus para 'ter-me' feito com essa matéria tão voluptuosamente impetuosa, e tão focada em satisfazer a alma. Ser interessante não me traz bônus, ao contrário, "assusta".
  Eu não gostaria de ser intensa, caso pudesse escolher. A forma que mais brilha nos olhos alheios, é justamente a falta de brilho, ou como diria uma certa escritora, "sem forma de vida". Não me sobreponho à ninguém, mas por quê cargas d'agua, seres ignóbeis tendem a levar de mim, o meu melhor pedaço?

Judas, parte 1


 Quem dera se fossemos menos cativos dos nossos anseios e mais livres por nossos amores. Sem amarras, a gente voa, e sem limites, a gente alcança!

terça-feira, 3 de abril de 2012

#Blurry parte 1

  Como um baú de emoções, encontrar pedaços estacionados de passado, dá trabalho. Não que eu seja volúvel mas rever o incognocivel é, de fato, algo esplendoroso!

Toda essa fé de amar



  Acho que o amor permeia entre a matéria das idealizações e a pré-disposição a ser feliz num patamar de fantasias, de acasos e dificuldades doces. Não se somam virtudes, mas tentam equacionar as diferenças e defeitos a fim de dar sentido à vida, por vezes tão amarga. Amor é simplesmente dar a nossa melhor metade pro outro, e em algumas vezes, sublimar nossos próprios defeitos, numa tentativa quase sempre frustrada, de esconder nosso pior lado.

 Não subjugo o amor como um paraíso, mas qualquer coisa diferente disso. Diria até que somos tentados todo dia, a cultivar mais o ódio, do que o afeto incondicional que nos impulsiona. Das vezes onde ousei pousar nesse caminho de asfalto, não foram poucas as vezes onde eu me deparei sempre com a impossibilidade alheia de se doar, e isso é o que mais me dói. Não que o outro tenha a mesma intensidade, mas é duro ver que aos poucos, o amor definha imaturamente. Por vezes, somos tentados a declinar o que um dia foi um paraíso, por puro medo de acertar, por puro comodismo de sair da poltrona e começar a enumerar os lugares por onde passou e errou, numa tentativa de acertar numa próxima tentativa.

  Uma vez eu ouvi que ninguém é deveras insubstituível, e que por mais que não se queira, um dia, o amor vai embora. Acredito que não é uma sentença certa, esse ‘partir’. Acredito que se o amor vai embora, é porque de fato, alguém o deixou ir. O amor é uma espécie de elo entre o melhor e o pior que existe numa pessoa. Não se esvai, mas a tudo completa, desde que a porta não fique sempre, tão aberta...

domingo, 25 de março de 2012

Como o mar...

Nem parece que foi ontem que o acontecido aconteceu
nem parece que o esperado num instante desapareceu
nem parece que foi lá
nem me parecia ser um lar
nem parece que o que aconteceu repercutiu demais pra mim
nem parece que minhas lágrimas tiveram fim
nem parece que eu chorei
nem parece que eu quis chorar

domingo, 18 de março de 2012

Era uma vez, uma mochila...

  Mas a história se repete, com outros protagonistas. Eu, que tenho um pouco de rainha e de plebéia, fico com o pedaço mais interessante dessa peça cruel da vida. O amor que eu cultivo dentro de mim é tão grande que cabe qualquer alma pensante que dedique-se a  conseguir tocá-lo em plenitude. Sou o que sou e o que aparento ser. Se por vezes deprimo, é porque a vida já não cabe mais dentro de mim. Se canto, é porque o amor se fez manso, em acordes.
 De tudo o que foi doce, eu quase não provei nada. Amei, sofri, gritei, implorei e não adiantou. A história mais próxima de um happy end de fato, terminou, e eu sobrevivi, como nunca achei que fosse um dia. Se eu ainda amo aquele idiota?
  Sim, para ele, para o padre, para a vida! Que venham os outros, e eu tô pronta! Tem Karlla para eles: raiva, amor, ódio, sexo, religião e política é só um pedaço de paraíso. Das coisas e dos delitos, me dedico a mim, em plenitude. Nunca me sentei tão proxima ao espaço do verdadeiro ego inflado, consistente e confiante. Sou um milhão de euros!
 Sou puro fogo, puro ar, puro veneno, puro incenso. Grito pra vida e ela me grita de volta, tão singela que eu quase posso tocar o ar. Por mais que hoje eu não pareça mais aquele pedaço de estrela que um dia eu já realmente fui, eu ainda persisto aos percalços dessa história. Compre o bilhete premiado, porque eu fui feita pra eternidade...

terça-feira, 13 de março de 2012

Eu sou o máximo!


Que tal sentar pra ouvir uma história sem fim?
Que tal ser, pertencer e conhecer a algum novo pedaço de mim?
Que tal correr de mim quando eu me esconder?
Que tal ser sua, e somente te pertencer?
Que tal sorrir, quando meu sorriso iluminar algum dos seus grilhões?
Que tal perdoar, e amar em milhões?
Que tal amar, e viver, mesmo que de novo?
Que tal não ser tão duro?
Que tal aceitar meu caminho de terra fértil?
Que tal ser meu príncipe?
Que tal ser a sua rainha foda ?
Que tal meu universo ser o mais incrível de todos?
Que tal começar? Que tal terminar o que foi começado?
Que tal ir ao cinema, mesmo em dia de sábado?
Que tal aquele beijo de novo, com o sabor do que tá guardado?
Que tal ser especial, com significado?
Que tal meu jeito todo especial de te ensinar sobre pecado?
Que tal meu gosto, que tal meu nexo?
Que tal minha boca, que tal meu sexo?
Que tal eu? Que tal a mim?
Que tal me fazer, sendo somente feliz?
Que tal esquecer o que já foi?
O que já não é, o que pode ser? Qual foi?
Que tal voltar a ser o céu da minha boca?
Que tal qual Elis, me deixar incrivelmente louca?
Que tal amar? Que tal sentir?
Que tal me forçar a ver "ScootPillgrin"?
 A não secar o vasco?

A comer ovo, ovo e ovo!
Quer um pedaço?

Que tal ser você
sendo um pedaço de mim?

O meu universo conspira, inspira e respira a nosso favor!

segunda-feira, 12 de março de 2012

O momento que antecede o pulo



  Que tal parar de me culpar? De te culpar?
Que tal olhar com os olhos do coração o que somente os olhos da carne teimam em enxergar?
Como seria se a gente ainda se amasse?
Como cantar quando a canção já deu notas de um azedo pistache?

Obrigada por existir, por ter me amado, por ter deixado te amar. 
De nada com o amor, com o tudo! Com o medo e com a vergonha
Não tem de quê, não tem do que reclamar!
Só tenho a te agradecer, por ser, ter, querer, negar.

Obrigada pelos beijos, outrora tão estimados
Pelo olhar manso, pelo toque, pelo sexo indelével!
Pelo pequeno pedaço de céu, 
Pelo calor embaixo do lençol,
Tão frio de algum perdido motel!

Por um jantar que não aconteceu,
Pela declaração que já morreu
Pelo amor que padeceu

Obrigada por sair primeiro, apague a luz,
Deixa que eu recolho a bagunça!
Que você seja
Que eu seja,
Um caminho de terra fértil, no caminho de outro alguém!

domingo, 11 de março de 2012

"...Na ferida viva, do meu coração..."



  Num longo caminho
Depois daquela montanha florida
Eu me encontro, eu te encontro
Eu deixo tudo correr,
Eu faço tudo mover
Eu vejo tudo morrer.

As coisas que dizíamos
Não são muita coisa
São muito
É pouco

E eu, que nunca deveria ter sido
Se fosse, seria
Se não é, não deveria
Confesso que o que foi, foi!
E o que está, quem diria?

E eu vou continuar,
Até pouco depois disso tudo, encontrar
Quando novamente fizer sentido,
Quando novamente estivermos distintos
Quando de novo, você for um menino!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Nove de Março de Dois Mil e Doze



 O amor esvazia-se de glória. Torna-se pleno, ambos, uno, trino. O amor é de fato, um único trilho!

Other side

  Às vezes eu me sinto um pouco como Ron Kovic. Quando muita coisa do que voce acredita fica por um fio de se desacreditar, toda a sua essência passa por uma ebulição de sensações, as quais muitas delas não fazem sentido algum se nao forem sentidas daqui de dentro, daqui de cima.
Meu mundo hoje permeia entre o descaso de mim e a intrínseca realidade habitual que convivo há anos, milenios talvez. Eu não me sinto preparada para desacreditar uma multidao acerca do que lhe convém achar, mas sempre que posso, tento dar algum sentido às coisas mais dóceis de se crer e que não faz mal nenhum, que nem chiclé. Eu, que convivo comigo 24h por dia, posso dizer sem nenhuma sombra de duvidas, que a maior regra da vida é amar. Amar em plenitude, e não por sexo, por status de facebook ou por uma casa branca com cerca branca. Me refiro ao amor literalmente gratuito, onde se doar por um ideal pode resultar numa benfajeza ainda maior. Fico assustada com a regra de que Deus é um carrasco malfeitor, que te pune e te envia pro inferno por se masturbar ou simplesmente pensar no amor, de forma mais livre. Não defendo nem critico nenhum dos mandamentos os quais aprendi ao longo dos anos, como coerentes e certos. Por vezes, me pergunto se tudo isso não é um cenário inventado, onde peça por peça se faz presente não por ser viva, mas por ser necessária, tamanha é a invenção humana. Por outra, sinto a alegria plena de me sentir amada por um Deus que esvazia-se de glória e se torna humano, justamente para dar mais razão ao que digo hoje: sem amor, eu nada seria!
E se nisso eu acredito, acredita-lo-ei em minhas averbações e verborragias, mas não como um Deus inventado, moldado dentro de paredes e doutrinas. Me despeço daquilo tudo que talvez não me faça sentir nem metade do frisson que somente um abraço apertado ou um sui generis latir de cachorros consegue exaurir de meu coração!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Samba do grande amor...



  A tarefa mais difícil na arte de caminhar um passo além da fronteira  é justamente se desprender das paredes  macias dos resquícios, local predileto para se manter aquecido. Como numa trincheira, faço uso da minha coragem pra bater de frente nessa guerra onde vencidos agem como vencedores. É como uma reversal russa: you're doing it wrong, champz!

domingo, 4 de março de 2012

Né?

 
 
 O amor  é uma espécie de elo entre o melhor e o pior de uma pessoa. Não espera, não suporta, mas deixa o tempo passar, e tudo crê! Sobrevive de destino, de saudade, de desejo e vontade. Quase nunca se completa, posto que sempre se renova. Ele não dorme, apenas cochila. Ele não acaba, amortece. É uma tentativa insana de se tocar o céu, onde quase sempre, se consegue!

sábado, 3 de março de 2012

Flying away



  De modo que a minha saudade seja reflexo de algum brilho, eu me lanço na ciranda da mudança. Já não somos mais os mesmos, a considerar que já saimos da linha inicial. Do lado de fora do círculo, vejo que não sou e que não és mais, nem de longe, o pedaço que esperávamos ser, desde o começo. É o tempo que me lançará de novo ou não nesse salto sem pára-quedas, chamado amor!

  Esse salto sem páraquedas, chamado amor!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Deixa o verão pra mais tarde...


 Eu não tô conseguindo escrever. Falta de inspiração já me serviu de inspiração em outros tempos e ultimamente nem o Fluminense consegue mais. Me chicoteio com espasmos de realidade às vezes para dar algum sentido ao que sinto, e por mais que se tente, por vezes, não adianta. Não adianta depois...
 Não consigo comer mais. Perder o apetite desenfreado é como ter perdido a chance de me vingar de mim mesma, e eu não conheço um jeito menos doloroso de castigar a pessoa que eu mais amo e odeio ao mesmo tempo.
 Tiro a vontade e deixo a vida! Dela, quase nada eu tenho, além de alguns ensinamentos e poucos aprendizados. Do que mais me dói, do que mais me corrói e machuca, nada me preenche mais do que escrever, e ser privada disso, seja lá por quem for, é causticante. Antigamente, os desafetos me faziam perecer nesse mar de verborragia e inteligência absurda, e por que cargas de merda hoje não? Não é a falta de alguém, mas a falta de sentir falta? Preciso de um novo desafeto?


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Figueiredo; Karlla

  

  Do grego: foda. Sou um tanto quanto mimada. Gosto de tudo milimetricamente encaixado no dom sutil da vida de forma abstrata. Adoro sorrir mesmo quando não há motivos. Minto muito pouco para os outros mas tenho uma mania enorme de mentir para mim mesma. Sou inteligente por natureza e não por opção, pois pouca coisa nessa vida caiu assim, em minhas mãos. Amo me sentir rodeada de afeto, e não sei porquê é tão dificil entender que não tenho um amor sofisticado. Ele tá mais pra um sem teto!
  Sou doce, sou ingênua, sou mulher. Gosto de sexo, de roupas e de música de cabarét. Sou intensa, fascinante. Brinco com o olhar assim como perco tudo num instante. Dos meus troféus na estante, quase nada sobrou, além do promíscuo gosto pela felicidade, correndo atrás dela como um pote no fim do arco íris feito de ouro. Me interessa ver, ser, viver, dividir, conhecer. Evito a fadiga do superficial, da aparência, dos conflitos e dos espíritos pequenos. Sou boba, sou melancólica e não bebo Coca Cola, agora vivo de dieta, pra me manter bonita [e a vontade alheia, ereta!]. Preciso de vida assim como preciso de ar. Preciso me sentir vivendo, pra poder enfim, amar. Tenho sui generis gostos, tal qual futebol, silêncio e mar. Odiava filmes, mas hoje aprendi a gostar. Detesto pagode mas percebo que a vida não é só do que se gosta. Amo Trip Hop, gosto de funk e bossa nova. Um baú de emoções, lembra?
  E a isso tudo eu chamo vida! A cada coisa, eu dou um pouco de coragem.Não refuto nada do que fui, só me permito a partir de agora, viver com mais vontade [ou como disse há uns meses, Vontagem].

Diário de uma verdade bem dita!

                                                                        
 
    Já dizia Henry Miller, que viver é voltar sempre. Tirei o 'loiro', pus a primeira foto que usei nesse blog e voltei a brincar com a meleca do meu nariz. O nariz é meu e eu voltei.
   Voltei do país soturno. Abandono de causas antigas é o primeiro capítulo dessa nova versão de meu mundo. Sem delongas, não mais frescura. Sem essa de despencar a auto estima, ou o franco declínio da insegurança na vida. Eu quero, eu posso e eu tenho, nem que seja na marra!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Carnavália


Incendeia-me. Apaga-me, acende-me de novo!
Sem ênclises, sem ensaios, com paixão, e muito fogo!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

'E lá vamos nós - de novo!'

  
  Que eu não viva mais de passado, que eu respire só o futuro. É lá onde eu estarei pelo resto de minha vida!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Embalos de uma sexta a noite


  Nada é mais enfadonho nessa vida do que assistir àquele filme, Transformers. Além de longo, o navio não afunda nunca e você fica com aquela sensação de que o Di Caprio emagreceu a base de Herbalife. No fim, nada fica claramente explicado, e a cidade, sitiada, vida cemitério de carros falantes. Nada mais utópico!
 Pior que isso só essa sensação maldita de que o carnaval nem começou mas que você já vive a quarta feira de cinzas. Eu não como mais batata frita e o flamengo não foi desclassificado da pré-libertadores: ou seja, tenho motivos de sobra pra reclamar bastante. Pior ainda, levei uma multa na BR que me desembolsará alguns reais a mais onde eu poderia empregar numa bela futilidade.
 Se você acha que não tenho motivos de sobra pra xingar a mãe do Juiz, quero solicitar neste momento a sua ida á puta que pariu. As vaquejadas não me apetecem e eu ainda tô pra conhecer algo mais relaxante do que namorar, mas como toda boa e velha ninfa bebê, eu prefiro o ostracismo a me sujeitar aos mortais! Nada é mais piegas do que sair numa sexta feira a noite em João Pessoa, com tanta gente desinteressante, e papinho mais ou menos sobre 'como proceder meu voto na próxima eleição'. Gastar meu inglês e francês com essa gente é pura perda de tempo e eu cansei de traduzir os verbetes pronunciados por meus lábios tão bem desenhados .
  Chego a sui generis conclusão de que o Gabriel estava certo quando disse que eu não sou 'desse mundo'. Por vezes, achei que o exagero fosse demasiado, mas tem momento onde eu procuro a nave espacial dentro de algum pingente de minhas pulseiras. Nunca me senti tão extra-terrestre como agora.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Considerações antes do Carnaval


*Desistir dos sonhos é simplesmente ir em busca de outra coisa, não necessariamente melhor

*Cada povo tem o governo que merece e meu salário empregado numa bolsa MK sintetiza bem isso

*Amar demais é como comer demais: você sempre se fode!

*Dedique-se a arte de se convencer a acreditar em você mesmo! [Faz sentido, não faz?]

*Ninguém é suficientemente bom que não possa ser substituido. A Britney é exemplo disso [mentira! Hahah].

*Apaixone-se pela música antes de se apaixonar pelo momento. As melhores situações são àquelas que envolvem pré-disposição ao erro do ensaio

*Nada é mais importante do que amar! Nada!

*LITERALMENTE  a vida passa voando, o que não significa que você deva sair desesperado atrás das realizações. Certifique-se apenas de não estar deixando tudo passar!

*A intensidade de nossos corações pode vir a se tornar um veneno caso a gente não saiba como usá-la

*Medo existe, mas ter medo de ter coragem não. É desculpa de gente medrosa! Tenha coragem para acreditar nisso e se levante!

*Apaixone-se quantas vezes seu coração quiser, inclusive pela mesma pessoa.

*Viva menos conto de fadas e mais canteiros de obras. É muito mais fácil se deparar com cimento e areia do que com gnomos e duendes. Ahhhh, você entendeu o que eu quis dizer!

*Assista a coisas enriquecedoras: nada de filmes de terror ou jogos do Flamengo. [Salvo "O Iluminado"].

*Tente realizar todos os seus projetos e se não conseguir, foda-se, tente novamente, só não vale chorar!

*Sexo é fácil e barato. Dificil e caro é amor de verdade!


*Não insista duas vezes em uma porta que se fechou. Talvez algo ruim esteja te esperando atrás dela ou simplesmente ainda não é hora de transpassá-la!

*Deus é um cara bacana, tanto que te deu dois ouvidos e uma boca apenas. Ouça mais, fale menos!




*Perca tempo tentando descobrir o que realmente você deseja, mas não perca um segundo sequer da sua vida com quem não sabe o que quer fazer do tempo que tem

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Happy New End



 Num mundo atabalhoado por 6 bilhões de habitantes, sentir falta de uma única pessoa é até paradoxal. Focar nessa única falta faz com que todo o epicentro se remexa, procurando satisfação externa, numa tentativa de transformar o tédio em prazer. A linha tênue que separa o limite entre o amar e o se amar talvez hoje não tenha feito tanto sentido, e eu me vejo naquela atmosfera boa que me faz ser pueril, e por ora, forte.
 As pessoas mais importantes da sua vida são aquelas que te machucam, mesmo sem querer. Não porque elas sentem prazer em te fazer mal, mas porque elas são significantes o suficiente pra te magoar até mesmo sem efeito, sem causa ou afeto. Elas te incomodam com o simples fato da existência,  ou a falta de existência alheia. Não consigo deixar de reparar na frieza intrínseca que permeia o fim, e que torna a coisa mais dolorosa para alguns, e mais prazerosa para outros. Quando se está do lado das escolhas, tudo é fácil, posto que a posição de cima te faz ver melhor o que por baixo circunda. Difícil mesmo é estar do lado de cá, onde o amor ainda grita e pede passagem, mas que se faz necessário calar, por não ser mais necessário na vida do outro. Quando não fazemos mais diferença, quando deixamos de ser prioridade, tudo se torna acessório, e o melhor é partir, começar a quilometros de distância dessa situação. Meu império não mais se faz conquistável, e confesso, culpa minha. Ninguém me fez mais desinteressante nos últimos tempos do que eu mesma.
 Ainda há amor, afeto, amizade e respeito.  Ainda há um video e um fim de semana não vivido. Relicários de um vinte de maio, e de um sete perdido em meio a tantos outros. O mais bonito nisso tudo, é que me encontrar comigo mesma nunca foi tão divertido, e eu estou me divertindo. Ainda há amor, ainda há vontade, mas principalmente, há muita Karlla pra abrir passagem. E você que poderia ter tido tudo, meu império todo, preferiu os fogos de artifício... 
  Eles dissipam!
 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ensaio sobre os anjos - Parte 2

  
  Outra noite dessas eu estava tentando dormir, lutando ferozmente contra as muriçocas de meu quarto, e aproveitei o momento pra divagar um pouco nessa atmosfera doida chamada "mente".
 Poucas conclusões você tira de uma noite frustrada por estar sendo chupada em locais impróprios sem trocadilhos , e de tudo que pude extrair, me diverti com os aprendizados que a gente teima em acreditar já saber, e por ora, nada se tem!

 Quase nada é tão seguro que não precise de amarras, desde que elas não saibam quem são. Na vida, tudo o que se prende, tende a apreciar a liberdade, o que por vezes, não signifca de fato, ser livre. O discernimento para diferenciar essas duas coisas, na maioria dos casos, é o que falta na hora de assumir a culpa de dizer: "eu falhei como um ser livre!". Falhamos em quase todo o tempo, numa espécie de Loop diário, como um S.O fechado, ou como diria meu ex namorado, "ruim". Melhor seria se toda a liberdade fosse aprimorada com toques alheios, tipo o Linux.
  Ninguém precisa mais de mim, do que eu mesma! Protagonizar vidas alheias é complicado e de certa forma, perigoso. Ninguém te quer tão bem, quanto seu intestino, mente e coração. Não verifique o nível alcólico de alguém, antes de verificar a pressão de suas pressões, sejam elas físicas ou emocionais. Ninguém precisa de médico, só quando está doente...
  Sorrir é em sua totalidade, melhor do que chorar. Saio da história, e entro na vida,  com amor pra mim e pra quem quiser, sem obrigações. De todas as lições do bê-a-bá, as quais eu achava ser sabedora delas há muitos, nada me surpreendeu mais do que o re-aprendizado do que era a vida, e o que ela implica! Como é bom errar, e em seguida, aprender que se é muito mais capaz do que supõe a maioria das pessoas que te vêem no caminho e de certa forma até, te deixam lá, como se do asfalto momentâneo, nada pudesse se tornar grama fértil!  
  Os amantes nunca esgotam as criaturas amadas, e essa verdade é bem latente. Nada se cria, tudo se transforma, desde que se queira, e se tenha capacidade disso.
  E por ora, fico com minhas filosofias baratas para um outro momento, quiçá, mais oportuno. Talvez quando eu voltar dos amores que amo, ou talvez, quando eu me reencontrar, na Bahia de todos os amores, ou santos!
  Salve salve, meu rei!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Será?

   "A primeira vez que foi amor, foi pueril. Foi bonito, doce, inocente, sutil. Foram cartas, beijos de quimera e quase nenhuma paquera. Foi resquício de infância.
  A segunda, foi avassaladora. Foi fogo, foi desejo, foi hormônio, foi segredo. Foi a primeira vontade, a primeira saudade...
  Da terceira em diante, foram luas. Hoje talvez não fosse, não era e nem seria. Foram pedaços escritos na areia, sem lápis nem alegria. Duravam o tempo do nascer ao fim do dia...
  Da primeira vinda, de fato, na fase adulta, ao que hoje chamo fiel retrato, foi dor. Foi lamento, intento. Foram traves, sem nenhum tento. Foram gols, sem goleiros...
  Da segunda, foi amor. Foi registro, foi amor. Foi destino, foi menino. Fui menina, foi amor. Fui boba, foste também. Fui sua, foste meu. Fui flu, foste vasco, num belo fla x flu em dia de clássico. Fui adulta, fui perdendo. Foste esquecendo, fui apagando. No fim das contas, não ficou nenhum pedaço. Fui ficando, e você foi indo, embora..."

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Aforismo #1

"Gosto, ah como gosto! Mas não é de você, é com você..."

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Os 1000 gols e a chance, de novo!


  Bom é ser feliz, sem motivo aparente,
 Sem grana no bolso, sem dor de dente,
Sem nenhum contentamento, nenhum descontente!

Simples, porém completo
Sem muito esforço, com muito esmero,
Vivo a sorrir na rua dos bobos, número zero!

Feliz não como um estado,
Não como um destino, ou uma condição!
Felicidade como um caminho,
até se chegar perto do coração!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Algumas verdades


  Ama-se por ser complicado, não fácil. Doa-se por ser preciso, não por ser bonito. Corre-se por objetivos, não pelos caminhos. Chora-se pela falta, ou pelo excesso. Canta-se pelo amor, ou quando já não cabe lá dentro, tanta dor. Aprende-se por ser exato, não por ser abstrato. Escreve-se por haver vontade, e às vezes, saudade. Saudade como uma condição já vivida, experimentada. 
  Suplica-se por ser necessário, e não engraçado. Ri-se por ser engraçado, quase nunca, necessário. Magoa-se incrivelmente sem querer, quase nunca por saber. Grita-se quase sempre em silêncio, e cala-se quando já não se faz necessário dizer. Ama-se pelo invisível, e odeia pelo que se vê. Necessita-se de presença, porque já não se suporta a ausência. Anseia-se o contente, o controle, os dissabores. 'Sabe-se' lá Deus porquê tudo isso, acontece!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ensaio sobre Ki, Kosmos, Chakra, Deus!


  Somos um rascunho, inacabado. Somos uma espécie de prefácio ainda sendo gestado na mente de seu autor. Somos um pedaço de vida que todo dia se renova na esperança do que vem pela frente.
  Porquê padecemos tanto, eu não sei dizer. Sei somente que a beleza da nossa vida está justamente nos contrários de nossa alma, de nosso ser. Somos esteticamente apresentáveis, mas por baixo disso tudo, há uma trama que nos sustenta, nos mantém em pé, sabe-se lá como. A beleza dos nossos acertos está no passado perdido em meio às lágrimas de decepção, solidão, tristeza e angústia. Por vezes eu sou multidão, mas decerto, também precisei ser solidão, pra chegar aonde estou.
  Aprendo que o inacabado que há em mim parte do pressuposto que eu experimento sensações novas todos os dias, em busca do aprendizado, da sabedoria. Percebo que o antagonismo entre o culto e o sábio é maior do que supus, e não somente mera filosofia. Há o que diferir entre uma e outra, posto que se constrói uma caminho de acertos quem passa por uma estrada inteira de erros, na maioria das vezes, nossos. A beleza dos avessos está justamente no equilíbrio entre isso tudo.
  O mundo passou a priorizar coisas, não pessoas. Perco muito tempo caçando lixo que voa, e esqueço de cultivar meu eden particular, dando espaço as serpentes mundanas. Deus, Ki, Kosmos, Chakra, ou qualquer coisa que queira chamar, não nos privou do sofrimento, creio eu, na intenção de nos fazer diferentes. Quem não padece, é ausente de si, e o amor se basta em si. Ele não se guarda, senão, na liberdade. O que sai de mim cada vez que amo, é algo incrivelmente belo pra ser entendido por alguém que somente existe, passa pela vida buscando a beleza em fogos de artifício. Sou mais além, vou mais além quando amo, e percebo que tudo o que eu perco ao longo da vida, me gabarita cada vez mais a ser somente eu, sem medos. Um dia, a gente acaba aprendendo...

domingo, 8 de janeiro de 2012

Wont you help me to live?


  A real intenção do coração é se fazer perpétuo, em toda a sua força. De tudo a que me prenderei, sem amor, me recuso a ensejar.  Que me liberte, me esquente e acalente. Que me apeteça, mesmo que não pareça!