sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Embalos de uma sexta a noite


  Nada é mais enfadonho nessa vida do que assistir àquele filme, Transformers. Além de longo, o navio não afunda nunca e você fica com aquela sensação de que o Di Caprio emagreceu a base de Herbalife. No fim, nada fica claramente explicado, e a cidade, sitiada, vida cemitério de carros falantes. Nada mais utópico!
 Pior que isso só essa sensação maldita de que o carnaval nem começou mas que você já vive a quarta feira de cinzas. Eu não como mais batata frita e o flamengo não foi desclassificado da pré-libertadores: ou seja, tenho motivos de sobra pra reclamar bastante. Pior ainda, levei uma multa na BR que me desembolsará alguns reais a mais onde eu poderia empregar numa bela futilidade.
 Se você acha que não tenho motivos de sobra pra xingar a mãe do Juiz, quero solicitar neste momento a sua ida á puta que pariu. As vaquejadas não me apetecem e eu ainda tô pra conhecer algo mais relaxante do que namorar, mas como toda boa e velha ninfa bebê, eu prefiro o ostracismo a me sujeitar aos mortais! Nada é mais piegas do que sair numa sexta feira a noite em João Pessoa, com tanta gente desinteressante, e papinho mais ou menos sobre 'como proceder meu voto na próxima eleição'. Gastar meu inglês e francês com essa gente é pura perda de tempo e eu cansei de traduzir os verbetes pronunciados por meus lábios tão bem desenhados .
  Chego a sui generis conclusão de que o Gabriel estava certo quando disse que eu não sou 'desse mundo'. Por vezes, achei que o exagero fosse demasiado, mas tem momento onde eu procuro a nave espacial dentro de algum pingente de minhas pulseiras. Nunca me senti tão extra-terrestre como agora.

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