terça-feira, 27 de dezembro de 2016

And here i go...



Eu não como. Falsifico a fome com a vontade de querer

Querer eu quero, mas o mundo não para de girar, então não durmo

Onde foi que me perdi? 

Vim parar bem longe da minha constelação

Dos mares e da minha orla

Inconsciente eu fico, perene em meu medo.

Envio as tropas pra me salvar, mas me afogo na incerteza

Pois por mais que pareça, eu não te sinto com clareza.

Grito com o pulmão, com a alma. Queria dar sentido a tudo que me assombra. 
A beleza dos contrários não me convida a ficar
Tenho medo de faltar
Tenho medo da tua fala
E da tua falta

Como se fosse possível, minha mente entrou em colapso de novo
Não ouço mais a música de dentro
Eu forcei demais

Sou a unica que consegue se sentir assim?


Tudo é escuro e confuso. Por que tudo isso de novo?
E eu estou prestes a pular...




segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

procrastinando...



Eu queria me encontrar,
Fazer de novo um acesso livre ao caminho de terra firme.
Eu queria andar, fazer entender como o contrário do medo é descansar
Queria chegar na casa da saudade, fazer morada
Queria sentir vontade, e que logo na verdade eu viva de fato uma realidade!
Queria mergulhar, saltar sem paraquedas, enfrentar!
Queria sentir que mesmo condenada, algum valor me sobrara.
Queria o contrário da dor
Do medo
da falta
do avesso ao amor...

Dazed and confused Main Title




   

  Alguma vez na vida eu fui transparente. Fui água, fui um poço profundo de emoções e talentos para tornar o que me afligia em algo que me curava. Costumo pensar que aos poucos, vamos melhorando nossos trejeitos a ponto de nos tornarmos a melhor versão de si, como um filme adaptado, como uma perspectiva coesa de tudo que nos trouxe como bagagem para o momento presente.
 Alguma vez na vida eu fui amor. Fui doce, perene, fui aquilo que nasci pra ser: um ser sentidor. Era afeto, nao amargo. Era vontade, não segredo. Hoje entre o que fui e o mais perto que cheguei daquilo que pensava nas vezes onde mergulhava na orla quente de minhas praias, sou uma penumbra permanentemente sedenta por algo que não sei o que é, nem o que será. Entre o medo de ter falta e a falta de sentir esse medo de novo, fico cá comigo sibilando o que pouco importa, pouco vai me transformar ou me elevar novamente a um patamar ao qual me orgulhe de novo de ser esse alguém transparente, amável. Eu não posso ser jazigo de mim mesma...

Alguma vez eu amei, alguma vez eu sorri, alguma vez eu senti...