segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Dazed and confused Main Title




   

  Alguma vez na vida eu fui transparente. Fui água, fui um poço profundo de emoções e talentos para tornar o que me afligia em algo que me curava. Costumo pensar que aos poucos, vamos melhorando nossos trejeitos a ponto de nos tornarmos a melhor versão de si, como um filme adaptado, como uma perspectiva coesa de tudo que nos trouxe como bagagem para o momento presente.
 Alguma vez na vida eu fui amor. Fui doce, perene, fui aquilo que nasci pra ser: um ser sentidor. Era afeto, nao amargo. Era vontade, não segredo. Hoje entre o que fui e o mais perto que cheguei daquilo que pensava nas vezes onde mergulhava na orla quente de minhas praias, sou uma penumbra permanentemente sedenta por algo que não sei o que é, nem o que será. Entre o medo de ter falta e a falta de sentir esse medo de novo, fico cá comigo sibilando o que pouco importa, pouco vai me transformar ou me elevar novamente a um patamar ao qual me orgulhe de novo de ser esse alguém transparente, amável. Eu não posso ser jazigo de mim mesma...

Alguma vez eu amei, alguma vez eu sorri, alguma vez eu senti...


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