domingo, 25 de março de 2012

Como o mar...

Nem parece que foi ontem que o acontecido aconteceu
nem parece que o esperado num instante desapareceu
nem parece que foi lá
nem me parecia ser um lar
nem parece que o que aconteceu repercutiu demais pra mim
nem parece que minhas lágrimas tiveram fim
nem parece que eu chorei
nem parece que eu quis chorar

domingo, 18 de março de 2012

Era uma vez, uma mochila...

  Mas a história se repete, com outros protagonistas. Eu, que tenho um pouco de rainha e de plebéia, fico com o pedaço mais interessante dessa peça cruel da vida. O amor que eu cultivo dentro de mim é tão grande que cabe qualquer alma pensante que dedique-se a  conseguir tocá-lo em plenitude. Sou o que sou e o que aparento ser. Se por vezes deprimo, é porque a vida já não cabe mais dentro de mim. Se canto, é porque o amor se fez manso, em acordes.
 De tudo o que foi doce, eu quase não provei nada. Amei, sofri, gritei, implorei e não adiantou. A história mais próxima de um happy end de fato, terminou, e eu sobrevivi, como nunca achei que fosse um dia. Se eu ainda amo aquele idiota?
  Sim, para ele, para o padre, para a vida! Que venham os outros, e eu tô pronta! Tem Karlla para eles: raiva, amor, ódio, sexo, religião e política é só um pedaço de paraíso. Das coisas e dos delitos, me dedico a mim, em plenitude. Nunca me sentei tão proxima ao espaço do verdadeiro ego inflado, consistente e confiante. Sou um milhão de euros!
 Sou puro fogo, puro ar, puro veneno, puro incenso. Grito pra vida e ela me grita de volta, tão singela que eu quase posso tocar o ar. Por mais que hoje eu não pareça mais aquele pedaço de estrela que um dia eu já realmente fui, eu ainda persisto aos percalços dessa história. Compre o bilhete premiado, porque eu fui feita pra eternidade...

terça-feira, 13 de março de 2012

Eu sou o máximo!


Que tal sentar pra ouvir uma história sem fim?
Que tal ser, pertencer e conhecer a algum novo pedaço de mim?
Que tal correr de mim quando eu me esconder?
Que tal ser sua, e somente te pertencer?
Que tal sorrir, quando meu sorriso iluminar algum dos seus grilhões?
Que tal perdoar, e amar em milhões?
Que tal amar, e viver, mesmo que de novo?
Que tal não ser tão duro?
Que tal aceitar meu caminho de terra fértil?
Que tal ser meu príncipe?
Que tal ser a sua rainha foda ?
Que tal meu universo ser o mais incrível de todos?
Que tal começar? Que tal terminar o que foi começado?
Que tal ir ao cinema, mesmo em dia de sábado?
Que tal aquele beijo de novo, com o sabor do que tá guardado?
Que tal ser especial, com significado?
Que tal meu jeito todo especial de te ensinar sobre pecado?
Que tal meu gosto, que tal meu nexo?
Que tal minha boca, que tal meu sexo?
Que tal eu? Que tal a mim?
Que tal me fazer, sendo somente feliz?
Que tal esquecer o que já foi?
O que já não é, o que pode ser? Qual foi?
Que tal voltar a ser o céu da minha boca?
Que tal qual Elis, me deixar incrivelmente louca?
Que tal amar? Que tal sentir?
Que tal me forçar a ver "ScootPillgrin"?
 A não secar o vasco?

A comer ovo, ovo e ovo!
Quer um pedaço?

Que tal ser você
sendo um pedaço de mim?

O meu universo conspira, inspira e respira a nosso favor!

segunda-feira, 12 de março de 2012

O momento que antecede o pulo



  Que tal parar de me culpar? De te culpar?
Que tal olhar com os olhos do coração o que somente os olhos da carne teimam em enxergar?
Como seria se a gente ainda se amasse?
Como cantar quando a canção já deu notas de um azedo pistache?

Obrigada por existir, por ter me amado, por ter deixado te amar. 
De nada com o amor, com o tudo! Com o medo e com a vergonha
Não tem de quê, não tem do que reclamar!
Só tenho a te agradecer, por ser, ter, querer, negar.

Obrigada pelos beijos, outrora tão estimados
Pelo olhar manso, pelo toque, pelo sexo indelével!
Pelo pequeno pedaço de céu, 
Pelo calor embaixo do lençol,
Tão frio de algum perdido motel!

Por um jantar que não aconteceu,
Pela declaração que já morreu
Pelo amor que padeceu

Obrigada por sair primeiro, apague a luz,
Deixa que eu recolho a bagunça!
Que você seja
Que eu seja,
Um caminho de terra fértil, no caminho de outro alguém!

domingo, 11 de março de 2012

"...Na ferida viva, do meu coração..."



  Num longo caminho
Depois daquela montanha florida
Eu me encontro, eu te encontro
Eu deixo tudo correr,
Eu faço tudo mover
Eu vejo tudo morrer.

As coisas que dizíamos
Não são muita coisa
São muito
É pouco

E eu, que nunca deveria ter sido
Se fosse, seria
Se não é, não deveria
Confesso que o que foi, foi!
E o que está, quem diria?

E eu vou continuar,
Até pouco depois disso tudo, encontrar
Quando novamente fizer sentido,
Quando novamente estivermos distintos
Quando de novo, você for um menino!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Nove de Março de Dois Mil e Doze



 O amor esvazia-se de glória. Torna-se pleno, ambos, uno, trino. O amor é de fato, um único trilho!

Other side

  Às vezes eu me sinto um pouco como Ron Kovic. Quando muita coisa do que voce acredita fica por um fio de se desacreditar, toda a sua essência passa por uma ebulição de sensações, as quais muitas delas não fazem sentido algum se nao forem sentidas daqui de dentro, daqui de cima.
Meu mundo hoje permeia entre o descaso de mim e a intrínseca realidade habitual que convivo há anos, milenios talvez. Eu não me sinto preparada para desacreditar uma multidao acerca do que lhe convém achar, mas sempre que posso, tento dar algum sentido às coisas mais dóceis de se crer e que não faz mal nenhum, que nem chiclé. Eu, que convivo comigo 24h por dia, posso dizer sem nenhuma sombra de duvidas, que a maior regra da vida é amar. Amar em plenitude, e não por sexo, por status de facebook ou por uma casa branca com cerca branca. Me refiro ao amor literalmente gratuito, onde se doar por um ideal pode resultar numa benfajeza ainda maior. Fico assustada com a regra de que Deus é um carrasco malfeitor, que te pune e te envia pro inferno por se masturbar ou simplesmente pensar no amor, de forma mais livre. Não defendo nem critico nenhum dos mandamentos os quais aprendi ao longo dos anos, como coerentes e certos. Por vezes, me pergunto se tudo isso não é um cenário inventado, onde peça por peça se faz presente não por ser viva, mas por ser necessária, tamanha é a invenção humana. Por outra, sinto a alegria plena de me sentir amada por um Deus que esvazia-se de glória e se torna humano, justamente para dar mais razão ao que digo hoje: sem amor, eu nada seria!
E se nisso eu acredito, acredita-lo-ei em minhas averbações e verborragias, mas não como um Deus inventado, moldado dentro de paredes e doutrinas. Me despeço daquilo tudo que talvez não me faça sentir nem metade do frisson que somente um abraço apertado ou um sui generis latir de cachorros consegue exaurir de meu coração!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Samba do grande amor...



  A tarefa mais difícil na arte de caminhar um passo além da fronteira  é justamente se desprender das paredes  macias dos resquícios, local predileto para se manter aquecido. Como numa trincheira, faço uso da minha coragem pra bater de frente nessa guerra onde vencidos agem como vencedores. É como uma reversal russa: you're doing it wrong, champz!

domingo, 4 de março de 2012

Né?

 
 
 O amor  é uma espécie de elo entre o melhor e o pior de uma pessoa. Não espera, não suporta, mas deixa o tempo passar, e tudo crê! Sobrevive de destino, de saudade, de desejo e vontade. Quase nunca se completa, posto que sempre se renova. Ele não dorme, apenas cochila. Ele não acaba, amortece. É uma tentativa insana de se tocar o céu, onde quase sempre, se consegue!

sábado, 3 de março de 2012

Flying away



  De modo que a minha saudade seja reflexo de algum brilho, eu me lanço na ciranda da mudança. Já não somos mais os mesmos, a considerar que já saimos da linha inicial. Do lado de fora do círculo, vejo que não sou e que não és mais, nem de longe, o pedaço que esperávamos ser, desde o começo. É o tempo que me lançará de novo ou não nesse salto sem pára-quedas, chamado amor!

  Esse salto sem páraquedas, chamado amor!