terça-feira, 29 de maio de 2018

ode to my fucking and messed up brain




       Cá com meus botoes, ha alguns dias, me tornei um anti heroi. Falhas inescrupulosas, versos sem rima e um pouco de confusão numa vida imersa em medo e confusão: mas há ainda um mundo a ser salvo, e parece que quase todas as vezes, a chance de acertar vira kriptonita.
       Eu não sou lá uma barauna (e eu ja devo ter dito isso aqui nesse blog, uma pá de vezes). Sou um ser tão pensante quanto errante. Tão amavel quanto detestável, ridiculamente afável. Por horas a fio ensaiando um discurso não dito, um sorriso fácil, uma tentativa em vão de não ser tão pesada comigo mesma. Num mundo que é deserto, quero ser poço, mas não se engane que é raso, pois assim como raro, é também profundo.
   E pra não dizer que não falhei com as flores, eu sou sim um anti heroi. Na pressa de chegar, passei por cima do canteiro, como um turbilhão de sensações ébrias esmagando o que ventilava aroma. Sou um fogo cujo calor abrasa ao redor. Não tem em mim, trivial. Em um dia ou dois, perceberia, mas agora,  as petalas e os cacos se misturam, me restando apenas unir com a espera do tempo, o que antecipo ser o inicio de um novo dia, com seu brilho eterno.


  Em um dia ou dois, perceberíamos...

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Ten years gone

Tá tudo bem por aqui. Mesmo colchão espaçoso, mesma visão do agora, mesmo medo do novo. Eu, que já não habito mais em mim, me encontro novamente imersa na profusão dos anseios ventilados de incertezas.
  E pra não dizer que não falei aos vivos, eu estou em pé. Por mais que os pés falhem ao caminhar, e o medo sobressaia qualquer tentativa de ser leve como deveria ser, eu tô bem. No minuto que penso em você, eu penso que podem surgir com a vida, outros caminhos, outras terras férteis outrora sonhadas. Não me resta nada além de esperar, tropegamente, pelo infortúnio do acaso. Não me caibo no agora, e talvez por isso eu sofra antecipadamente toda a agonia que me espera ao virar a esquina, como rainha de copas sozinha num baralho. E como uma águia que deixa o ninho, eu agora preciso voar, onde todo e qualquer céu denote a surpresa e a gratidão de ter em meus pulmões, vida - e vida em abundancia! 

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Sobre as minhas incertezas



   

       Eu confesso: preciso encher meus pulmões de vida! Não apenas trocar ar, quando por dentro toda a cicatriz das dores mantém vivo o medo. É preciso mais
      E do que se trata a matéria do agora ? Me faltam hojes em eternos amanhãs, numa vil intenção de me fazer perene naquilo que mais anseio, como todo ser cordata, que é ser feliz! A minha dor não é maior que a vontade de fazer sentido, e o que é o universo senão essa bola que não faz sentido algum? Prefiro verdades, prefiro dores, sentimentos, mares profundos de oceanos nada pacíficos, a uma vida amena e monótona dentro do sarcástico jeito de ser que acabamos vivemos. Já não tenho pra onde correr, nem braços e nem vontades. Falta centelha, fogo, excede ferida. É difícil deixar qualquer luz entrar. É difícil aturar os defeitos, as dores, o jeito que resta para aceitar que o relógio bate sem esperar, e que a gente espera demais do que nada vem. 
  Nada vai resolver, é preciso aceitar que os filmes têm encerramento, que nada é eterno. Que uma hora vai faltar açúcar, vai faltar afeto, e somente o teto não nos protege da chuva. Manter a dor em eterna exposição nos enlouquece, mas nos mostra a realidade que é essa vida não tão simples: é preciso aceitar que sempre que começa fevereiro, o enredo começa, mas logo enfim, o carnaval - pra você e pra mim-, tem fim!

quarta-feira, 2 de maio de 2018

A lei que restou em mim antes de anunciar que o apocalipse, está nos finalmentes



    A gente mora é no agora, embora eu me esconda do pra sempre. Não faltam motivos pra sorrir, seguir, formar constelações inteiras de boa aventurança no viver desse mundo tão incerto e imperfeito, mas mesmo assim, continuo em naufrágio. Olha, de todas as vezes que tentei de alguma forma entender, me deparei com um submundo de medos tão profundos que me paralisaram em quase todas as tentativas. Não sou um homem, nem tampouco uma mulher, nem um link para um universo paralelo de vontades: sou uma antítese por si só
 E por falar em antíteses, me encontro novamente como caça, em vez de caçadora. Forte, mas volátil. Vivo das aparências da fortaleza que me protegem de todo raio de sol das demonstrações de que eu tenho vida dentro de mim e vida em abundância. 
 Não sou livre. Sou cativa de mim, e sofro como qualquer um. Será que eu vou me desvencilhar desse medo que já residia em mim outrora, ou vou ser essa baraúna inflamada com todos os seus fatores intrínsecos pra sempre? Queria a docilidade dos que ainda habitam entre as fronteiras da sensibilidade sem medo, e a nociva sensação de eternidade dos amantes. Na verdade, é dificil diante da temeridade de um novo imbróglio, uma nova noite de frio em meio ao verão e de toda a sintomatologia que somente um ser aberto ao novo, é submetido.
 Não, eu não quero mais sofrer, posto que me faltam subsídios pra suportar os invernos que são inerentes dos "sentidores". Não quero ver somente nas estrelas, o que cá dentro pulsa, vibra, permeia. Não quero que os dedos sejam pontes e os corpos, coração. Nao quero a verborragia que denota um peito em frangalhos. Queria a tranquilidade de viver pra sempre como num labirinto, sem ninguem a minha busca, ou espera. Queria, ou será que não?