quarta-feira, 9 de maio de 2018

Sobre as minhas incertezas



   

       Eu confesso: preciso encher meus pulmões de vida! Não apenas trocar ar, quando por dentro toda a cicatriz das dores mantém vivo o medo. É preciso mais
      E do que se trata a matéria do agora ? Me faltam hojes em eternos amanhãs, numa vil intenção de me fazer perene naquilo que mais anseio, como todo ser cordata, que é ser feliz! A minha dor não é maior que a vontade de fazer sentido, e o que é o universo senão essa bola que não faz sentido algum? Prefiro verdades, prefiro dores, sentimentos, mares profundos de oceanos nada pacíficos, a uma vida amena e monótona dentro do sarcástico jeito de ser que acabamos vivemos. Já não tenho pra onde correr, nem braços e nem vontades. Falta centelha, fogo, excede ferida. É difícil deixar qualquer luz entrar. É difícil aturar os defeitos, as dores, o jeito que resta para aceitar que o relógio bate sem esperar, e que a gente espera demais do que nada vem. 
  Nada vai resolver, é preciso aceitar que os filmes têm encerramento, que nada é eterno. Que uma hora vai faltar açúcar, vai faltar afeto, e somente o teto não nos protege da chuva. Manter a dor em eterna exposição nos enlouquece, mas nos mostra a realidade que é essa vida não tão simples: é preciso aceitar que sempre que começa fevereiro, o enredo começa, mas logo enfim, o carnaval - pra você e pra mim-, tem fim!

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