quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

o salto sem paraquedas parte 1

O que é essa questão do tempo em nos dizer volta e meia que os caminhos que trilhamos são quase sempre asfalto ao invés de terra fértil? Por assim dizer, sei que dos delitos e das penas dos amores que amamos, nem sempre será o tempo capaz de soprar a favor das velas nesse mar de confusão e quase sempre apagará a chama nessa tentativa incólume de se sustentar as paredes. Dos delitos e das penas também percebi que quase sempre o amor é culpado pelo sabor e dor da vida que levamos. Quase nunca se encontrará matéria perene nesses dois caminhos subjetivamente antagônicos e desgraçadamente interessante dos nossos amores.
E pra não dizer que não falei das flores, há toda uma sentimentalidade escusa, pulsante e latente. Toda uma força que devolve a capacidade de ler, ouvir e cantar. Um doce antígeno chamado amor, cuja solução não tem, não há cura senão o salto no abismo...