segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Soltas Bruxas

Em algum lugar, eu sou uma jornada.

Um caminho de terra fértil, onde o amor fez morada.

Um sorriso, um abrigo, flores crescendo por entre calçadas,

mas a força que habita aqui, permanece intocada.


Eu sou uma bruxa boa, tenho historias brancas a serem contadas.

Um soneto em primavera, pueril em toda sua toada.

Acontece que enfim, o feitiço de outrora surtiu efeito,

e é bem provavel que agora, voce vire meu afeito 

sábado, 5 de dezembro de 2020

Sobre o Taj Mahal que eu construo todo dia em segredo, sem te contar

 Não sei, mas quem sabe talvez,

esse pequeno poema que escondo de você te faça notar. 

Não apenas a minha existência, mas

o adeus que eu dou a insistência de um dia, do teu lado de dentro, estar.

Até quem sabe

 Não sei, mas se você fizesse

não somente questão de se esconder,

e me pedisse pra estar tão somente sem esquecer,

eu não ficaria tão perdida nessa lógica toda de te querer.

Porque eu te quero mesmo assim sei lá,

mesmo sabendo que você nunca está do lado de cá,

prometendo ser a ultima vez que com sua ausência eu vou estar.


No entanto é assim sem mim,

que você vai ficando e se acostumando. A cada promessa nova

que nunca encontra o fim desse pranto,

perto e bem ao lado das vontades que ficaram enfim, sobrando num canto.

Perto do que poderiamos ser, somos somente uma idéia vaga enfim,

tão somente uma ideia clara do que poderiamos ser, se voce não fugisse

tanto assim de mim