domingo, 20 de março de 2011

E agora, Lua?



  Nunca em toda a minha vida estupidamente gelada eu tive tão grande vontade de dar quanto ontem. É dificil até de assumir isso, sendo eu um alguém meio trancafiado dentro de si. Dar sem pena, mesmo com a dor que isso implica.
  E por que não, me permitir novidades? O amor -ou o que penso ser isso - nos gabarita para esse tipo de sensações novas as quais são quase sempre inesperadas, supra-valorizadas. Ontem pela primeira vez em toda a minha vida eu tive toda a certeza de estar a frente disso. Tive vontade de dar a minha alma.
 Trocadilhos à parte, a idéia era ser de alguém específico, de verdade. Não que eu esteja amando ou algo perto, nada disso. Significa dizer com tudo isso que eu de fato cheguei perto daquilo que era mais improvável desde os tempos em que eu pensei ter experimentado a aurora boreal na alma. Supressões à parte, algo diferente estava no ar ontem, e não me perguntem o que era. Qualquer tentativa de amor que tivera sido feita naquele momento, acabou recaindo dentro de mim, e eu quis demais estar dentro de alguém, com alguém já vivendo dentro de mim. Sem contar com a lua, que ontem resolveu vir para mais perto da terra, algo bom e maravilhoso estava no ar. Paixão talvez, que resulta sempre numa equação não muito fácil e de dificil acesso, mas que no fim das contas, é a única coisa rentável e prazerosamente capaz de nos fazer reparar em quão feliz podemos ser, somente pelo simples fato de saber que alguém existe.

Nenhum comentário: