segunda-feira, 28 de março de 2011

Os 100 gols e a chance de amar

  
   Onde numa regra de amor e futebol encontra-se semelhanças, correlações?
   Para responder a isso, qualquer um de vocês poderia me citar umas 15 teorias, e 'teoria' é uma coisa peculiar ao ser humano: um alguém que não vive sem teorias. Diria até que existe uma teoria que afirma ser o homem um ser teoricamente formulado. Partindo desse princípio, observo um caso isolado e completamente correlato à nossa realidade: O Rogério Ceni tem mais a ensinar do que afirmaria nossa vã filosofia desportiva.
   Todo mundo, sendo bom entendedor de futebol ou não, sabe que o goleiro é aquele cara grande que fica embaixo da trave. Ele usa luvas e uma camisa comprida, diferente dos demais.
 Todo mundo sabe também o que faz um goleiro. O mais estúpido dos seres futebolísticos tem consciência de que um bom goleiro é aquele que não se adianta, que sabe se posicionar e que principalmente, NÃO SAI da área em momentos de crise.
 Não sair da área enquanto o time só precisa manter o placar é a coisa mais fácil do mundo para um 'goalkeeper'. Ficar na posição cômoda defronte ao gol, planejando e projetando o ataque adversário é de fato, o mais seguro quando somente administrar o resultado é que interessa, contando ainda com a ajuda de um comando de zaga [os zagueiros são aqueles que ajudam o goleiro nessa missão]. E por que com toda essa facilidade desportiva, ainda têm aqueles que vão mais além, além-traves?
  É ai que entra o goleiro do São Paulo, elucidando a minha teoria. O arqueiro tricolor, valente que se arrisca!  Sair da área, bater a falta e errar implicaria ao Ceni um castigo imputável aos que se arriscam: sofrer um gol!
  Sim, porque caso ele erre a falta, o time adversário, num rápido esquema de contra-ataque, poderia num instante se aproximar da área cômoda e abandonada por ele e enfim, marcar o tento!
  Entendem a lógica do risco? Entendem a lógica do amor e seus derivados? O amor não passa de um jogo de futebol onde quem não arrisca, não leva pra casa, a taça! De nada vale você ler isso e continuar sentando essa bunda [gorda ou não] na cadeira e concordando, se não for de fato, bater a falta! Bater a falta significa sair da zona cômoda e segura, abandonar os zagueiros e ir de encontro ao risco, sabendo claro do perigo do contra-ataque, mas contando no fim, com o gol! Bater com primazia, com categoria, sabendo que você naquele instante tem que acertar a coisa toda.  Não é a toa que o Rogério tem 100...
  Enquanto eu não tenho nenhum, justamente pelo simples fato de temer levar um gol! Uma lógica da vida e do futebol é que não existe diferença entre perder de 1 a 0 ou de 10 a 0, pois no fim, tudo está perdido! Se for preciso arriscar, arrisque, mesmo correndo o risco de perder de goleada, parecer leviano, tolo, idiota e até mesmo uma flamenguista, mas arrisque! Arrisque aquilo de pior que você tem - o medo -, em troca da melhor coisa que você terá em sua vida: o amor, ou o gol!

  

Um comentário:

Mc Clá disse...

Ah, este sim ficou louvável!
Agora façamos como a sua própria consciência diz: arrisquemos ao gol! Que apenas um banco de "reserva" não nos satisfaça!
Beijinho,

ps:. like u