terça-feira, 21 de junho de 2011

Por enquanto!


  Eu não sei o que fiz ao longo dos anos comigo mesma, a ponto de me petrificar da maneira como estou. Da mesma forma que aprendi a separar os problemas da realidade, aprendi a inseri uma carga negativa no fim das contas. Resultado: esqueci de ser normal.
  Não sei bem o que fazer para resolver isso. O medo, a angústia e a incerteza são certamente os piores inimigos de alguém que sente demais. Não sei ao certo o que uma pessoa como eu vem fazendo nesse mundo há tanto tempo. Por mais fútil que eu seja, sei que alguma coisa boa e latente brilha dentro de mim. Não sei lidar com uma humanidade que se cruza e se ignora. Ao mesmo tempo, acabo ignorando a mim e aos mais próximos, porque na verdade não sei me mostrar a quem realmente interessa. Tenho pena dos mendigos no frio, dos animais abandonados e ignoro sofrimentos de perto. Não me lembro de ter tido paz um único dia dentro de mim.
  Pensava que as coisas iriam melhorar a medida em que fosse crescendo, aprendendo e vendo que no meio de muita coisa ruim, existe também a parcela boa. Quando penso em mudar o mundo, esbarro na falta de condição, e na condição a qual me encontro: uma perfeita consumista. Amo os animais mas não mando um único centavo às ONG's espalhadas pelo país que revertem o valor em auxílio aos seres que tanto gosto e estimo. Esbarro na falta de iniciativa, na preguiça de fazer algo realmente importante nesse mundo de meu Deus. Quisera eu conseguir transformar em ações todo o amor que tenho pelos desfavorecidos, sejam eles quadrúpedes ou bípedes...
   No fim das contas, percebo que não se tem muito o que fazer, na verdade, além de se destrancar. As pessoas são assim, o mundo é assim e cabe a mim, a arte de transformar o que me resta em algo realmente útil, pro meu ego e para os que me cercam. Nem desistir nem tentar agora é uma regra que só vale para as questões sentimentais, já que cada dia que passa, me convenço mais e mais de que Nando Reis estava errado...

Um comentário:

Anônimo disse...

continua sendo a mesma karla q conheci