Tudo passa,
o belo que dissipa, o véu que amassa.
E mesmo assim, existe alguma coisa que aqui por dentro, com certa força me rasga.
Tudo passa!
Alguma ilusão que fica, o vinho que já não mais me traz a ressaca. E quando eu me perco tentando,
eis que me deparo com um pranto perdido em meio a uma coragem de tentar de novo, muito fraca. Tudo passa.
Resta saber o que fica, o que comum aos dois mundos, se torna inerente nesse intenso mar congelado de gente, em meio a todo esse sentimento envolto de friaca.
Tudo passa. Resta-me perguntar a Deus, já que a mão Dele nem sempre pode me prover o tudo, se ao menos o meu pobre mundo vagabundo, pode enfim sonhar com o fim dessa temporada lasciva de lagrimas. Tudo passa?
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