domingo, 5 de janeiro de 2020

Our modernity

Somos os afetos que ninguém colecionou
As gorjetas que ninguém recebeu
Os amores que ninguém amou,
E nenhum sexo ao fim da noite que acabou,
Sem nenhum beijo quente, sem nenhum amor, apenas dissabor

Somos as garantias estendidas,
Depois de muita insistência sem valor percebida,
Com alguma certeza pretendida,
de que alguma coisa ao fim de tudo isso,  valia

Somos os prazeres sentidos,
Em meio a encontros fortuitos reduzidos,
Sem nenhuma fé, somente algum vazio
De que ao fim de tudo não vai restar só
Um gemido
(A embalar seu sonho mais deprimido)

Sê pra sempre um sonho mais que brilhante,
de tudo que nós somos, somos apenas instantes,
que ao fim de tudo isso, com alguma sorte e um coelho falante,
terminaremos essa peleja sem o estalar de um descaso
com um grito de socorro, perdido em rompante!

Nenhum comentário: