sábado, 25 de janeiro de 2020

Sobre os afetos escondidos que eu não entendo

 O retrato dessa história, revelado e traduzido pela lente
 do que não virou costume, mas virou poesia escondida pra sempre
 se perde no baú de emoções entre as coisas possíveis, mas ausentes
 onde não há certeza de nada que permeia o universo
que se coloca passivo, entre a gente

Ao passo que isso me habita, posto que já virou material e verso,
me prende no universo das coisas que pra ti, eu peço
como o retrato em preto e branco, na estante atrás de tudo, imerso
nesse mar de indiferença o qual ignoro e de machucar meu coração, impeço

Não que haja desistência em meio a toda essa bravata,
apenas receio de  sentir mais anseio - ou de me sentir menos amada
já que nosso orgulho parece ser bem mais forte que meio milhão
de afetos escondidos como soldados  esquecidos
em meio a guerra que se trava entre o nosso coração

Sigo caminhando em meio a esse turbilhão,
embora seja o amor ainda pra tudo isso, palavra esperando tradução.
Pensar que a vida já foi mais poesia em vez de apenas ilusao,
me faz perguntar se há ainda retrato e poesia que me faça sentir algum dia
ter valido a pena as cicatrizes que decoram o meu desatinado coração

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