quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

A sorte que a gente não sabe que tem - Parte 1

Quando eu me perdi dentro de você, dentro de tudo que ainda falta pra gente viver,
percebi que nesse mundo aí dentro escondido, um mar revolto me parece pedir abrigo.

Porque você que parece ser quebrado, mesmo em tamanhos pedaços me veio socorrer,
Porque eu me vi como coisa tua, à espera de não viver solta
uma antítese por si só, caça em vez de caçadora,
relutando em assumir que cá dentro do meu peito, você insiste em percorrer

E eu que só me abri por achar que o seu mundo vale a pena,
que mesmo à deriva, é em tuas mãos que minha pele se contenta
acredite quando peço que faça do meu peito, seu abrigo repentino
Porque não há mesmo mais nada que pra mim, faça sentido
senao à espera dos seus braços me lembrando que ali há um ninho!

Isso nao é uma declaração de dependencia, como coisa tua à espera ou ansiando pela ausência,
mas um ensaio do que aqui dentro faz morada daqui até o infinito.
Só fique, se de tudo isso que te foi dito, alguma coisa fizer  sentido,
porque eu que a tudo fui atenta, só ficarei aqui se em afeto, você me fizer entender que toda antítese, vale a pena

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