quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Just ride

Quando os infernos interiores parecem não suportar a matéria das realizações, eis que a alma se inquieta, e o coração, palpita!
Hoje eu vou sorrir, ainda que como sinal de resistência ao ato de existir nesse mar turvo de confusoes tão  amargas que insistem de mim, desistir!
E resistirei com o amor que habita em mim, tão fiel ao que acredito que ao menor sinal de destino, farei do meu coração morada eterna, recôndito abrigo.
E eu que sempre andei avoada - cabeça  ao vento, passos largos por entre a estrada-, podia ser engolida pelo medo do fim. 
Há quem prefira começar pelo medo do início  comedido, aquele que da um passo apenas após quinze quilômetros de certeza no destino. Não que seja errado, ou que eu critique a intrínseca necessidade humana de somente caminhar após certificar-se do poço fundo dos pensamentos, mas discordo desse ser o único caminho até a perfeição dos acertos. Até  a terra firme, percorremos muitos vazios de mar aberto e se assim não fosse, o que agora seríamos? Eu, particularmente jurei nunca mais nadar fora da borda, e das promessas passíveis de cumprimento, sendo eu um tanto de paixão e outro tanto de sentimento, cá estou a certificar-me que essa é a melhor das contravenções e promessas perdidas com o passar das vivências não cumpridas por mim. Posso afirmar que ceder o meu melhor lado pro que a vida me traz, realmente é uma das melhores maneiras de pular sem páraquedas e desatinar o meu coração, que por tanto tempo, vive cheio de vazios! 

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