sábado, 14 de março de 2020

Ode ao aspirante!

Inevitavelmente, uma hora tudo passa, e nem a dor e nem o amor são eternos companheiros dessa matéria confusa e tão escassa. Há de se orgulhar de tudo que demos, que foi sentido e de alguma forma disso padecemos, sentindo o vazio de uma recíproca vazia e cheia de lamentos. Eu sou essa matéria incandescente, que ao menor sinal de amor, pulso latente. Levo muito tempo  outrossim, pra saber que aqui dentro já começou a pulsar enfim. Não entrego meus afetos aleatório, e as vezes dos imbecis eu ignoro a incapacidade, e mesmo assim dedico tudo que sinto, com alguma força e bastante vontade. 
Eu costumava achar que seria indelevel, que as marcas onde eu internamente nos outros habitava, nunca seriam apagadas. Eles só querem nos esquecer ao fim das coisas. E não há nada de errado em estar do lado de cá, dos que pulsam sem lamento e amam sem nada esperar.  Eu espero essa vida me alcançar. Eu esperarei o tempo que for preciso para essa marca apagar. Dos delitos e das penas que cometi, me enobreço com a certeza de que nem todo mundo tem vocação pra permanecer até o fim, e a isso eu chamo sorte, embora a dor da partida se assemelhe mais com algo absorto sem um norte.
Não desistamos de acertar, de ser feliz e também de errar. O peso do amor nem sempre será tão 
difícil e insuportável de carregar. Tenhamos coragem! Há uma vida sem hipocrisia também a nos desejar! 

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