sábado, 7 de março de 2020

God knows!

O fenômeno dessa esfera latente que há muitos pulsa e almeja, me trouxe para algum lugar além do arco íris, uma rua confusa porém inebriante, sem retirar uma vírgula, ipsis litteris. O que há de novo afinal!?
É redundante dizer que sinto, posto que a minha matéria é toda feita do que é sentido, e de repente eu sou esse ser o qual me apresento, e digo: eu tenho fome, e sede, e pressa. E ressinto...
E o tempo que parece não se importar com nada disso, pouco faz quanto ao que verbalizo aqui ou cá dentro do coração falido. Tenho tanto sentenciado ao eterno: por que então nada se faz perene, sincero e infindo?
Tenho estado em paz, mesmo com a ebulição e toda a bagunça que ela faz. Há tanta vida lá fora que viver à espera já não importa agora. Estar genuinamente em discordância com o mundo traz benefícios que somente o fascínio dos meus planos me diz insistentemente, e eu nem confundo. Obrigada a tudo que me tirou a paz em pedaços, posto que agora, juntando o restante dos meus cacos, me sinto inteiramente nua, mas caminhante e contente por entre os ladrilhos dessa confusa, porém feliz e insinuante rua. 

Um comentário:

Toninho Pires disse...

Nem sei se lembra de mim, mas preciso comentar: a acidez não agressiva contida nos seus textos me fascina!