sábado, 28 de março de 2020

Maggot Brain

E o que fazer com toda essa incerteza sobre o que fazer? 
Ora sobre a vida, ora sobre como essa deve ser vivida e que chegue ao fim sem padecer?
Ha muitos nossas almas dão sinal de cansaço sem paixão, e a todos aqueles de braços abertos ao descaso, fica somente a indecisão sobre como dar sentido a esse nobre e sensivel coração.

Eu que há muitos já tive certeza,
ora sobre minhas duvidas e ora sobre o que eu sabia com clareza,
hoje delego ao acaso, os fatos que queiram me encontrar sem que preciso seja a força de algum especifico ato.
Já não vejo mais sentido em dominar os instintos e desejar tão somente que o pior de dois mundos
me seja permitido escantear de lado.

É preciso também o caos, o fiasco, o inutil bater das horas e o subestimado descaso. O adorno de um verso fadado pelo marasmo. Quero e preciso fazer valer essa solidão, para que toda poesia possa enfim encontrar um dia, alguma significância esperando sua razão. Nenhum afeto ficará pra traz, entregue ao ostracismo de dias esquecidos em mentes perdidas em imensidão. A todos os amores que eu amei, os que por um minuto eu resolvi que seriam a aurora que por ventura sonhei, libero o que não virou de fato a descansar no limbo das histórias que sem nenhum embaraço, podem morrer em paz sem ter virado por todos nós, um mar de paixão

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