quarta-feira, 25 de março de 2020

Bad romance

Eu sei que somos jovens e que ao menor sinal de vida, nosso medo morre. Somos viciados não em drogas mas em como elas nos tiram da realidade que nos assola.
Essa mesma realidade que nos convida a entender o que bate lá dentro, nos abandona como um adorno de carnaval que se esquece depois do esperado fevereiro. Nossos nomes não serão pra sempre escritos na história e isso há muitos me apavora.
Não nasci com vocação ao delével, e isso me atormenta tanto que todo meu pranto me torna um ser vulnerável. Se você me viu nua, e só, se isso te trouxe algum regozijo que se transforma em seguida em pó, por ti eu lamento. É muito pouco dentro de chances em um universo inexorável.
Eu sou uma dessas pessoas em imensidão. Eu tenho tanto medo do esquecimento que ao menor sinal de lamento, me lanço ao fogo com tamanha paixão. E a esse tempo de agora, me despeço com até logo, posto que quero dar a mim mesma alguma sentença de que haverá uma vida inteira à minha espera no mundo afora.

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