A chuva nunca vem com o trovejar,
ela atiça e precipita com a promessa de que caindo, fará tudo brotar.
No alpendre e no mundo vivo,
sob o olhar iluminado com o qual eu sobrevivo,
Minha carne arde com um sonhador menino, a me observar
E nua eu te instigo, posto que não há espaço pro meu vestido.
E sobrevivendo ao meu destino, meu amor chega nu, em desatino.
O amor chega às vezes, e vem sem nada vestindo
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