sexta-feira, 5 de março de 2010

O Sonho!

Love, love love!

Essa noite eu tive um sonho
Daqueles que não saem da lembrança
Sonhei que entrava na igreja, 
de bandeira na mão e de roupa branca.

Muitos eram os convidados
Poucos os conhecidos,
Nessa festa havia bolo também,
Só não sei quem , a entrar, havia me convencido!

Minha mãe, bem vestida, chorava!
A que parecia, ser a sogra, também!
Muitos, me admiravam, em pé
Outros, me olhavam com desdém.

Eu, ainda assustada, entrava no sacro lugar
Vestida honrosamente para a ocasião.
Na pele, a tradição do branco
E nas mãos, a bandeira de minha eterna Paixão.

No altar, o noivo anunciava rir
Não sei se do meu jeito assustado
Ou do sapato apertado.
O que sei, é que ele sorria
Lindo, vestido como pinguim de galeria.

A marcha nupcial tocava
Muitos, choravam de alegria!
Mas , sinceramente eu, ao casar
Preferia  'ave maria'!

Justamente pra mãe de Deus, 
Me olhar com ternura!
Abençoando o que viria  a ser
Uma vida a dois com doçura!

Ao chegar no altar,
Percebi que o noivo tremia!
Não me pergunte sobre a cara dele,
Posto que eu, de levantar a cabeça
temia!

Ele, sutilmente me tocou com os dedos
Embaixo do queixo, equilibrando o olhar.
Percebi que ele era lindo
Qual imensidão do mar.

Me beijou os lábios, 
a despeito do padre 'reclamão'
Que via em meu atraso
Motivo para um longo sermão!

Eu olhei para o santo pai
E pedi paciência!
Aquele era meu dia
E sobre ele, não tinha sapiência!
Não sabia o por quê
Nem para que fazia aquilo.
Só sabia, de certeza,
Do meu amor pelo mocinho.

Depois da missa
Saimos direto para a lua-de-mel
O moço, sorria para mim ,
Feliz, exibindo o papel.

Que me ligava a ele, eternamente
aqui na terra, como no céu!
Fizemos amor a noite toda,
Qual fugitivos de um quartel.

Ele me beijava
e me acendia a boca sem nexo!
O desejo por tê-lo era maior
Do que simplesmente ter uma noite de sexo.

O que Deus havia unido
Homem ou mulher nenhuma separaria
Somente o jogo de domingo,
assistido no almoço, da cozinha.

Ele era flamengo
E eu, fluminense
E esses dois times quando jogam
Separam até querubins inocentes!

Um comentário:

Paterson Franco disse...

Ai, queria eu poder fazer versos tão bonitos e harmoniosos como estes, de leitura tão agradável! É bem isso mesmo, vejo pessoas que ficam só por ficar, que banalizam sentimentos e relacionamentos, acho isso uma tristeza. Prefiro ficar com alguém que realmente gosto e que quero ter sempre perto, com quem eu me identifique ainda que sejamos totalmente diferentes...
Pois, quanto ao seu comentário, eu concordo plenamente. Tem vezes que a distância ajuda, aumenta a vontade do reencontro... Mas o difícil é quando não há possibilidade de reencontro, ao menos não num futuro próximo. Essas coisas são difíceis mesmo, eu mesmo penso nisso o tempo todo, já que eu tô na rússia e devo voltar pra salvador daqui a uma semana...
Bom, saudações tricolores pra vc também! E a propósito, pode me chamar de Paterson :)
Beijo!