domingo, 14 de março de 2010

Alone

    Toda vez em que penso na vida como um jogo de possibilidades, dou com a cara na parede. Na verdade essa coisa toda de 'ensaio sobre meus dias' não tem funcionado e eu continuo com os mesmos ares depressivos de quando comecei a escrevê-los. Virar alcolatra eu não pretendo e 'terapias' me fazem sentir mal. Detesto saber que pago a alguém para ouvir aquilo que não cabe dentro de mim.Aliás, eu detesto saber que qualquer relação é falsa e pretensiosa. A não ser por amor...
   No fim, o que me tranquiliza é continuar tendo-os comigo e despejá-los no fim do dia, naquele grande e grosso travesseiro que coloco atrás da cabeça. Me sinto, bem, é verdade. Como nunca me senti, nem ontem ou em algum outro dia da vida. Venho ouvindo coisas que servem para o aprendizado final e se quer mesmo saber, algumas perdas são necessárias para que , um dia, quando eu realmente precisar NÃO perder, não cometa, posto que no passado já vivi e aprendi.A vida nem sempre é fácil mas dificil mesmo é ganhar na loteria e ainda assim tem gente que ganha. Sendo isso, como posso me queixar de não estar em Paris ouvindo 'as time goes by' ou no Rio, assistindo aos jogos daquilo que se tornou meu complemento pra felicidade, enquanto pessoas têm problemas de verdade, como fome, doença , e etecétera?
Com isso eu não diminuo meus problemas ou os torno alvo de um altruismo barato. Simplesmente tento ganhar a consciência de quem tem muito mais coisa importante do que se queixar de problemas os quais nem são tão grandes ou sujeitos de dificil resolução. Há tempos venho esperando por alguma espécie de milagre, quando na verdade, o milagre sempre esteve aqui, do meu lado. É tudo uma questão de percepção.Talvez agora eu tenha parado de me punir por um crime o qual incorporei ao meu cotidiano.
Eu não havia percebido até me conhecer...

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