quarta-feira, 10 de março de 2010

O indizível

[Agent se encontrando com a Grey]

    Tem coisa na vida que realmente é sem explicação. São fatos ''indizíveis'' como diria o Augusto, ou frutos da Maconha, como diria a Adriana. Ambos são personagens de um dos melhores romances já lidos por mim, durante toda a minha passagem pelo planeta terra. Escrito para não dizer presenteado ao mundo pelo Gugu Keller, 'Escuridão' tem toda a dramaticidade que envolve o ser humano, quando o assunto é ser sincero consigo mesmo e com aquilo que passamos a vida inteira a dar cabeçadas: amor.
   Ambos os personagens vivem conflitos peculiares. O interessante nessa história toda, é que, trocando em miudos, a vida é exatamente daquela forma. Somos introspectivos ou 'dados', tímidos ou extrovertidos, mas, quando o assunto é 'sentimento', entramos num mesmo patamar: o da incerteza. Paira no ar aquela dúvida, de saber estar ou não trilhando o caminho correto. Eu tinha lá minhas dúvidas sobre a condição pétrea do coração [ou falta dele] do Agent.Nunca acreditei 'piamente' que o problema fosse introspecção, embora ele afirmasse se tratar disso. Enfim, o que importa, é que ele, agora livre dos estigmas, se deu a chance de gostar de alguém e isso, para os Monges Tibetanos e para mim, é mais do que um simples milagre! A dúvida, quando existe, só atrapalha e atrasa o que pode ser vivido. A dúvida também impulsiona, mas certamente não nesses casos. Tem coisa na vida que é indizível mesmo.   

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