[Me dá amor? - Não, desculpa! ]
Existe pouca coisa nessa vida melhor do que o amor. Claro que andar de Porsche na frente da turma do colégio que te chamava de feio[a] e perdedor[a] deve ser incrível, mas nada se compara ao fato de sentir amor, intensa e bilateralmente.
Amar alguém e sentir esse sentimento de volta é incrível. Passamos a um patamar até então inócuo graças à insensibilidade característica daqueles que não têm esse sentimento roxo dentro do peito. Fazemos coisas doidas, passamos o dia a ver flores e pássaros e começamos a falar um idioma próprio do país dos amantes: o bobonês...
'Oi cutie cutie mais linduqui eu amô!'
'Ow amoretchinho linda da minha vida!'
Tudo é pueril e inocente mas não há nada melhor. Nem mesmo copa do mundo.
Em contrapartida, assim como o fato de amar alguém, ser a melhor coisa desse cosmo, não ser amado de volta encabeça a lista da pior coisa! Pergunta pra quem já sentiu isso.
Falando por mim, tive uma baita decepção amorosa outrora e confesso que desde então me tornei uma outra pessoa. Confesso também que me trancar não é lá uma boa idéia, mas me mantém firme até agora, quando durante o incidente, pensei que fosse morrer interiormente.
É uma dor profunda e 'inafiançável'. Sabe o que é acordar e antes mesmo de abrir os olhos, já sentir vontade de voltar a dormir e tentar esquecer que existe e que por ai, tem alguém que é tudo o que você sonhou mas que por qualquer outro motivo não te quer na mesma intensidade?
Pior do que isso só o dia em que meu time perdeu pra LDU em pleno maracanã vide Libertadores 2008.
Sentia uma coisa estranha no peito, e isso chegava a ser físico. Meu peito se calava cada vez que tentava respirar e as pessoas ao meu redor [família, amigos] não entendiam o motivo para tanta melancolia. Soturna me tornei, e bem amarga.
Corria da frente do som, posto que aquilo exalava sentimentalidade, pois cada vez em que me sentava a frente dele, era para ouvir música e divagar sobre aquele amor. Têm noção do que é deixar de ouvir música,para mim? É o fim! Eu simplesmente vivo para ouvir músicas e agradeço a Deus todos os dias pelo dom da audição, sinestesia e sensibilidade extrema.
Mesmo assim, não conseguia ouvir as mesmas canções nem visitar os mesmos lugares, embora a criatura em questão não morasse perto de mim. É como pedir atenção no meio do deserto e ouvir de volta somente sua voz ecoando entre as dunas. É um vazio incomensurável.
É dor inenarrável, e se alguém como se eu tivesse muitos leitores estiver se perguntando: mas por que ela tá falando disso? - respondo que é a forma que encontrei de materializar a resposta para a pergunta de um grande amigo...
''Karlla, me prova que você já conseguiu esquecer o babaca que te dispensou...''
Não Fredinho, eu não o esqueci e nem acho que vá esquecer algum dia. O que não significa que eu ainda o ame. Significa somente que amor a gente não esquece, apenas deixa se perder ao longo do caminho...
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