quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A dor de crescer

 
  Eu sei que o que direi vai soar como um cliché pra lá de piegas, mas vou soltar mesmo assim: crescer dói e implica riscos. Por que será que crescemos fisicamente tão devagar? É justamente para que não seja doloroso como quando crescemos no intelecto e espírito. Quantas e quantas vezes nos vemos atados em nossas impossibilidades e fraquezas, incapazes de avançarmos por pura imaturidade? É ai que a coisa toda começa a doer.
  Eu comecei a sentir essa dor ainda pequena, quando com 5 ou 6 anos perguntei a minha mãe por que a minha garganta embolava a cada vez em que via um pedinte ou um animal abandonado. Ela tentou ao máximo não destruir a minha pseudo infância explicando que aquelas pessoas não estudaram o bastante para que possuissem algo como nós tinhamos e com isso me forçou a crer que ser sempre 'inteligente' fazia toda a diferença. Taí uma coisa que funcionou: aprendi o contrário. As pessoas se dão bem por diversas maneiras mas quase nunca por talento de fato ou brilhantismo. Aqui na Paraiba então, muitos são os casos de apadrinhamentos e coisa e tal e tal e coisa e muita pouca gente se dando bem por méritos. Fico pensando se a culpa toda não é de Deus, do sistema ou minha mesmo, já que eu também tenho a chance de mudar meu destino.Ou será que não?
  Hoje vi que a improdutividade nos leva a pensar mais, por mais paradoxal que seja. Ficar em casa ao invés de gastar minha juventude lá fora  me faz ver que essa porra dessa bunda sentada não resolve nada, a não ser que me case com um marido rico, o que definitivamente não é minha vocação, principalmente porque descobri não levar muita sorte em amores.
Ah e falando nisso, eu confesso que se eu já tivesse jogado na mega, poderia estar rica. Não é que a coisa deu errado de novo? Na verdade nem começou e não haveria por quê dar certo então. Envelheci uns 10 anos e foi ai que a coisa toda começou a doer. Sabe como é evoluir? Isso implica que haverá mudança e se muda, é porque não é mais como antes, como estamos acostumados. Daí pra se sentir um(a) merda é um pulo e de repente te bate a porta, a dor. A dor de dar denovo com os burros n'água, mas não por culpa de ninguém: a culpa é sempre nossa. Ninguém tem a obrigação de nada e por ser taurina, quando enfio algo na cabeça, tudo fode! Fode a paciência, a calmaria e principalmente o coração... A pretensão não pode sobrepor a razão, e isso é fato! Não haverá mais fé...

E por falar em fé, amanhã faço uma fezinha... na mega

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