segunda-feira, 17 de maio de 2010

E o vento [ou a banalidade] levou...

  Meu nome é Karlla. Tenho 22 anos e faço 23 daqui a 3 dias, já que ainda é 17/05/2010.  Farei desse post uma espécie de confessionário, já que alguns fatos hoje me fizeram permear na linha tênue entre o desespero ante a realidade e a esperança de continuar acreditando na vida. Confesso que não resisti e a primeira opção parece ter vencido...

  Mas enfim, ainda falando de mim, tenho um verdadeiro fascínio por uma instituição desportiva e isso vocês podem perceber através da descrição ao lado. Tenho um cachorro, uma prancha de cabelo, alguns brincos e duas calças de marca, nada mais do que isso.
  Tenho também um sonho, um grande sonho: ser jornalista e ser feliz. Na verdade são dois, eu é que não sei contar...
 O primeiro tá fácil, graças a minha puta inteligência, já o segundo, são favas incertas. Há quem diga que a utopia criada em cima da felicidade é quem cega o ser humano, a não enxergar que ela existe e está ao nosso lado. Fico pensando se o filho da puta cara que disse isso na verdade não era um abastardo montado na grana e casado com a mulher da vida dele, já que as coisas simples estão inseridas justamente nisso. Ah, e ele não torcia pro fluminense, claro.

  Tenho outrossim, um desejo incomensurável de ver justiça alguma vez nessa vida. Tenho vontade de conhecer Paris, tenho uma simpatia gigante pelo Rio e quero morrer morar lá. Tenho vontade de colocar silicone e quero também ter um golf preto. Nada diferente disso.
Quero uma vida simples, embora o parágrafo acima coloque isso em cheque, onde eu possa ir e vir sem muito medo. Quero um apartamento com cerca branca, animais em volta e dois filhos. Claro que tenho que celebrar parceria pra realizar isso e o desejo em questão inclui também um item, que deveria ser de série, mas ''em se'' tratando de mim, pode ser considerado como artigo de luxo: um amor.
  Digo, 'de luxo' porque acredito e tenho a mais absoluta certeza que nem todo mundo nasceu pra isso, logo, rezo para que meu nome tenha passado longe da lista negra de Santo Antônio ao contrário. Acredito que o Pluck [um namorico do passado] tinha razão quando disse que ''amor é luxo, por isso sou amante'', já que hoje em dia tudo que se vê é algo parecido com isso. Hoje li um dos grandes absurdos de toda a minha vida, e é graças a isso que esse post nasceu. Disseram para mim,que os casos extra conjugais são como 'algo a ser feito, e bem feito, sem ferir as partes lesadas'. 

Hein? Cuma??
Onde é que fica o ''sê-de fiel enquanto respirar, irei te respeitar na saúde, na feiura, na pobreza, na falta de sexo...'? 

   Olha, sinceramente, bate uma tristeza na alma quando sou testemunha de tamanha blasfêmia... E é graças a isso que eu fui obrigada a rever a wishlist...

Desisto de tudo...

Da cerca branca
do amor
dos filhos
das convicções políticas
do silicone, porque já que não vou casar, consigo viver com as laranjinhas...
dos cachorros e da vida em filme...

Ainda quero o Golf preto, o apartamento branco e o emprego num grande jornal...
Do Fluminense eu nunca desisto, e de ser feliz também não...
só acho que devo mudar os valores [e a direção!]


Termino esse post faltando apenas 2 dias pro resto dos meus 23 anos...

Um comentário:

Anônimo disse...

massa doido