sábado, 4 de fevereiro de 2012

Happy New End



 Num mundo atabalhoado por 6 bilhões de habitantes, sentir falta de uma única pessoa é até paradoxal. Focar nessa única falta faz com que todo o epicentro se remexa, procurando satisfação externa, numa tentativa de transformar o tédio em prazer. A linha tênue que separa o limite entre o amar e o se amar talvez hoje não tenha feito tanto sentido, e eu me vejo naquela atmosfera boa que me faz ser pueril, e por ora, forte.
 As pessoas mais importantes da sua vida são aquelas que te machucam, mesmo sem querer. Não porque elas sentem prazer em te fazer mal, mas porque elas são significantes o suficiente pra te magoar até mesmo sem efeito, sem causa ou afeto. Elas te incomodam com o simples fato da existência,  ou a falta de existência alheia. Não consigo deixar de reparar na frieza intrínseca que permeia o fim, e que torna a coisa mais dolorosa para alguns, e mais prazerosa para outros. Quando se está do lado das escolhas, tudo é fácil, posto que a posição de cima te faz ver melhor o que por baixo circunda. Difícil mesmo é estar do lado de cá, onde o amor ainda grita e pede passagem, mas que se faz necessário calar, por não ser mais necessário na vida do outro. Quando não fazemos mais diferença, quando deixamos de ser prioridade, tudo se torna acessório, e o melhor é partir, começar a quilometros de distância dessa situação. Meu império não mais se faz conquistável, e confesso, culpa minha. Ninguém me fez mais desinteressante nos últimos tempos do que eu mesma.
 Ainda há amor, afeto, amizade e respeito.  Ainda há um video e um fim de semana não vivido. Relicários de um vinte de maio, e de um sete perdido em meio a tantos outros. O mais bonito nisso tudo, é que me encontrar comigo mesma nunca foi tão divertido, e eu estou me divertindo. Ainda há amor, ainda há vontade, mas principalmente, há muita Karlla pra abrir passagem. E você que poderia ter tido tudo, meu império todo, preferiu os fogos de artifício... 
  Eles dissipam!
 

2 comentários:

Anônimo disse...

Já não era sem tempo

Anônimo disse...

na verdade são 7 bilhões o número de habitantes; mas parabéns pelo texto :)