quinta-feira, 30 de setembro de 2010

[In]críveis ou não?

  Tenho um enorme problema: não consigo acreditar em homem. Isso é sério, não é um engodo e não será mais um post de corno desabafo do tipo que falo mal de todo mundo do sexo masculino: é uma espécie de confessionário numa tentativa de me desvencilhar dessa agonia.

  Minha terapeuta recomendou que eu escrevesse mesmo tudo o que me assola o juizo e cá estou eu a dissertar sobre um dos meus grandes problemas. A considerar que o Fluminense é lider do brasileiro, minha maior preocupação nesse momento é com minha exagerada preocupação em não acreditar em ninguém. As pessoas ao longo do meu curso de vida [nossa, que menina de 23 anos velha!] foram mestres em me enganar e talvez com isso eu tenha subido de patente, elevado meu status para algo do tipo ''ininganável''. Hoje em dia é dificil de me enrolar.

 E é justamente esse 'status' que fudeu com tudo. Não me enrolam mais porque não me deixo enrolar: não acredito em ninguém.

Qual a melhor maneira de não se molhar?

R- não entrando na água

  E é essa a minha metáfora do dia para exemplificar o porquê de não mais cair em conversas ou ser feliz. Encontro-me nesse exato momento, roendo as unhas e tramando teorias para justificar o por quê do que me aconteceu hoje, e só encontro uma alternativa: não confio em homens.

  Não tem um homem nesse mundo em quem eu confie, para amar. Amar implica riscos e eu não sou muito boa em corrê-los. Não sou do tipo que fica jogando 'uno' enquanto o cara não liga ou manda um torpedo, e talvez por isso que eu sofra tanto. Eu me levanto, troco de roupa e saio de casa buzinando pra qualquer apolo que passe na minha frente. A considerar que eu sempre penso na metade do copo vazio, tramo conspirações homéricas para conformar meu medo de me relacionar de novo e confesso que eu tenho um puta problema com isso! Não acredito em homens, não acredito nas descarregadas de celulares, nas faltas de tempo ou meteoros que caem do céu na hora em que vão me ligar. Não acredito.

  Fico pensando se não seria mais fácil acreditar ou então fingir que acredito, para tentar alguma coisa. Daí me lembro que tenho pavor de enganação e se eu sou contra a isso, não cabe ficar fingindo que acredito em papai noel. Não é que TODO CARA mente ou que todos só me querem em cima de uma cama [ou mesa, chão, debaixo do chuveiro...], o problema sou eu: cresci num sistema onde homens mentem [e muito] e com isso não mais consigo crer que um dia, um infeliz desses não vá me magoar com uma mentira. Sei que potencializar o problema não ajuda, mas alguém ai da cadeirinha sabe dizer como faz pra não doer, quando alguém magoa a gente?

Caso a resposta seja 'não', acho que não precisa mais explicar o porquê do pavor ao amor!

2 comentários:

Anônimo disse...

Vierbrunen de volta ao seu estado bruto !! não acreditar por puro retrospecto ""historico ""
Como se acreditar fosse como um partida de futebol em que o mandante sempre ganha !!

hm- disse...

Sempre doe, quando a escolha não é a certa, FATO! Não vou tentar te enganar aqui, ou ser hipocrita.
Mas quando vale a pena, as dores passadas são esquecidas, e superadas. Mas depende de VOCÊ continuar a procura "pela escolha certa", e com isso, além de se sentir bem como nunca, ainda atropelar o que passou.