domingo, 5 de setembro de 2010

Síndrome de Mozart


  Será essa uma nova modalidade de amar ou eu fiquei amortecida, sem um lugar no mundo do amor que nem os ursos polares com as 'capotas' de gelo derretendo ? Desde que soube que meu chérie não me ama perdidamente gosta de mim na reciprocidade do meu miocárdio tricolor, continuo com a mesma serenidade qual dia 20 de maio de 1987 quando respirei a primeira vez. Parece mentira, piada sarcástica ou bordão de quem levou um chute mas de fato não é: eu to feliz por ele! Descobri que o danado tá perdidamente apaixonado por uma garota e fiquei feliz! Baaaah sabem o que isso me custa? Muito!
  É admitir que ou eu não gosto dele tanto quanto julga meu cerne ou que eu virei uma filha da puta insensível ou, como diria a Grace Kelly, proeminente a lidar com os chutes comprando uma Hermés fabulosa. As duas alternativas me apavoram tal qual os minutos finais das partidas onde o placar é de 1 gol de diferença, ou seja: MUITO! É admitir que numa das hipóteses eu não me conheço, ou que na outra eu me transformei, fui roubada pelo fracasso anterior a ponto de não ter havido tempo para uma regeneração, e acabei cicatrizando 'incompleta'.
 De fato pus em prática aquele meu texto onde digo que o 'amor é livre' e parece que ao mesmo tempo, perdi um pouco da essência. Eu queria estar arrasada, culpar a Deus e chorar horrores mas ao invés disso continuo inteiraça e ensaiando os passos de Single Ladies em frente ao espelho. Sabe como é querer estar triste e chorando e não conseguir? Será que eu me perdi? Tô tão apaixonada que me dá nojo! Hahahaha.
  E conclui que ainda não tô pronta [ou madura como o 'darling' diria] ou que não nasci para lidar com essa coisa toda de sentir calafrios e temores pré-encontros. A julgar que eu li o pequeno principe umas 30 vezes da infância pra cá, admito que diversas visões do que vem a ser o amor permeiam minha mente. Ora eu sinto que é como a dominação da rosa imperialista, ora livre como a raposa que o deixa ir sem maiores cobranças. Percebo que é complicado tudo isso e rogo pra quem for mais esperto do que eu nesse sentido, capaz de me explicar porque é que dói mas não chega de fato, a doer como eu paradoxalmente imaginaria que fosse. É uma batalha homérica, digna de uma continuação do Senhor dos Anéis, o que venho travando dentro de mim desde que decidi gostar de alguém, de novo. Pensava que a coisa toda girava no fato de querer me dar bem ao lado do pretendido mas hoje vejo que só o fato de gostar parece bastar, embora eu sinta um puta tesão em me arrancar na pele dele ardentemente só de pensar em tudo o quanto minha síndrome de Mozart me permite divagar. O poder que isso exerce em mim é bom e por ora me parece suficiente. Quero mais? Sim, quem não quer? Mas quem pode mais do que o amor? Absolutamente inguém...

 

Um comentário:

Ant Carlos disse...

na verdade voce aprendeu que amar é dar o coracao e nao a vida