segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vai encarar?

 
 Por morar num bairro de classe média-média, sou obrigada a conviver com neanderthals pessoas cujo bom gosto ou é pouco ou inexistente na maioria dos casos. A tirar a falta de acesso à cultura ser amplamente associada ao pobre, deveríamos considerar que nos diversos casos, não é a ausência de um Tchaikovisk, um Drummond ou uma Dinah Washington que incidem diretamente na educação, bons hábitos ou costumes eticamente corretos da população: é a falta de interesse nisso!
  Vejamos: o que leva uma pessoa às 07h da manhã, sair de casa com o sovaco fedendo, cabelo desregrado e poluindo não somente as papilas olfativas como também os ouvidos alheios com um desses celulares MP7 [maldito acesso democrático] tocando forró e nem me diga que isso é música para todo mundo ouvir? Sei que o direito de escolha está para o homem assim como o ar está para nossa sobrevivência, mas de fato, será que as pessoas não provocam suas exclusões? Não digo que para ser merecedor do sol é preciso ouvir Chico Buarque, mas poxa vida, por que as pessoas fazem tanta questão de se afirmarem medíocres, como se isso fosse bom? As duas garotas que iam conversando nos bancos da frente sobre o fim de semana 'agitadíssimo' nas baladas suburbanas nada mais eram do que duas pessoas que se excluiam da evolução por preferir sempre esse intelecto mediano de alguém que passa a vida inteira ouvindo 'Calcinha Preta' e 'Aviões de Forró', usando calça da 'Absoluta' e tirando mil fotos fazendo 'V' com os dedos e postando no Orkut.       Cada um cava a fossa que se acha merecedor e se amanhã você pensar em sair de casa cedo, sem tomar banho e portando um desses celulares Xing Ling, tocando alguma dessas bandas idiotas de forró, acho melhor verificar se não estou dentro dele, porque da próxima vez que alguém ligar essa porcaria, juro que ligo as caixinhas do meu Ipod com Black Sabbath ou Iron o caminho inteirinho!

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