sábado, 28 de dezembro de 2019

Como coisa tua

Ao que tudo indica nessa era, seremos as almas aqui perdidas,
e com alguma sorte, sem um adeus ou despedida, saberemos 
ao fim de tudo isso, se alguma emoção dessas 
merece enfim, ser sentida!

Não me faço de rogada, talvez soturna ou coisa parecida,
mas faço de conta que como uma noite de lua, sou ainda preferida 
E dentre os desertos que habitamos, não perderemos tempo
com o coração e suas intensas voltas e imensas batidas,

Porque cá dentro, nesse velho e inesperado coração,
eu errei de veia e me perdi,
E não há nada que me faça voltar agora, nem mesmo
o medo de onde um dia eu parti,
A não ser um longo silêncio, vazio de morada,
e de tudo que como coisa tua, um dia conheci! 

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