Tenho morrido aos poucos, e aos tantos, e aos montes, que nem mesmo olhar pro horizonte me satisfaz mais
Desejo sobreviver a esses instantes, pra não ser apenas uma memória, um percalço, um pedaço ou um livro perdido na estante, a entulhar o vazio de uma calma na alma
Satisfaço aqui e a ti, obedecendo em silêncio quando ca dentro o bater descompassado desconcerta o meu peito, e o que sobra de mim aquieta, não se fala.
Precisar sem aprisionar é o primeiro dos revertérios de um coração sentidor. Ir e voltar sem ao menos questionar o que pra nós nessa ausência toda, preciso for.
É a primavera da minha vida, e as flores estão reverberando. O que cá dentro você não sabe - e eu nem ameaço te contar sobre esse encanto - é que faz parte de todo esse pranto, o morrer e o esperar pelo que pode vir, de qualquer lado, qualquer canto.
Tenho morrido aos poucos e aos tantos, e aos montes, que ao menor sinal de vida eu te contaria sobre as coisas que você nem sabe que pode ter, quiçá sentir falta, poderia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário