sábado, 8 de dezembro de 2018

Ensaio sobre um faz de conta!




      A natureza da brevidade com que as coisas se esvaem está no peso e na indubitável vontade de se fazer infinito. Nem tudo tem vocação pra eternidade, mas pra ser sincero é preciso ser de fato, e de verdade. Nem toda cerca branca guarda em seus limites um amor, e nem todo silêncio evidencia ausência de dor. Existe um universo em desencanto em andamento dentro das minhas esferas de vida, e pra permanecer em pé, com algum esforço e muita fé, eu precisaria mais que dois goles de ilusão  pra ter certeza que não foi em vão tanto esmero, tanto caminho a pé.  Eu que nunca nada peço, nada digo, nada cobro e muito sinto, já não vejo tanto sentido em por pra fora dos lábios o que cá dentro é tão raro, mais uma vez, e tão infindo. A natureza da intensidade com que eu sinto se esmera na vontade cada vez mais inexistente de nesse mundo, fazer algum sentido. Talvez toda essa efusão e sentimentalidade estejam em latência, à espera enfim, do fim desses amores em brevidade!

                                                www.somentevierbrunen.blogspot.com

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