domingo, 2 de janeiro de 2011

Teoria do Playmobil


  Vou te contar...
  Quem disse que o amor é que era fundamental, esqueceu de mencionar que coragem pra ele era tão necessária quanto.
  Mas agora eu já sei! Agora eu já sei que ter coragem de surpreender é tão importante quanto NÃO passar a vida inteira escrevendo contos de amor e sexo pra suprir a exata carência que esses dois sentimentos [o segundo nem é um sentimento de fato ] faz. A diferença entre o príncipe e o principiante é a meretriz da princesa! O cara não saltará vulcões em erupção se do outro lado souber que vai encontrar uma princesa blasé, incapaz de demonstrar o menor interesse sutil nele mesmo com a calcinha em chamas. E isso nem é surpresa, certo?

  Mas por que teimamos tanto em nos esconder quando só 'se mostrar' é o que importa? Por que raios coloridos em formatos de coração num show do NX0 gostamos tanto de nos esconder, numa espécie de defesa absurda que não defende e sim, afasta?

  Taí uma resposta que se alguém souber com EXATIDÃO e não mera especulação, eu adoraria poder compartilhar do conhecimento. Nós mulheres, com o advento da galinhagem exacerbada dos caras desde que Malhação ensinou aos homens de hoje adolescentes na época, que ficar por ficar era 'irado', nos trancafiamos numa espécie de 'ilha', cercada de medo, insegurança, muito ansiolítico, blush e mais medo das incertezas do amor e derivados. É difícil hoje em dia, não se deparar com uma mulher frustrada por saber que 90% dos caras só quer mesmo é sexo e os 10% que restaram se divide em gays, padres e torcedores do flamengo [logo, seres desprovidos de atrativos físicos e intelectuais]. Quando alguma delas decide sair dessa linha e se arriscar num front de guerra, rapidamente é arrastada pela teia da insegurança de volta, pois qual a mulher que não é insegura, ainda mais quando o assunto do 'outro lado' é homem?

  De fato, o amor causa isso. Essa insegurança, esse medo, esse frisson ou simplesmente o fato de saber que pode virar amor essa coisa toda que assusta tanto, na hora do beijo. É como contar estrelas: não conseguimos ao certo, mas sempre tentamos, mesmo sabendo que passaremos o resto da vida a contar, sem nenhum número encontrar.  É a teoria do playmobil, que sorri mesmo com medo, com dúvida, angústia ou triste. É uma ciência completamente inexata, mas que ninguém quer passar a vida sem ao mesmo rabiscar essa equação louca chamada amor...

Um comentário:

Souzacom_z disse...

Essa "educação masculina" da autalidade, podemos dizer assim. Não é culpa apenas da malhação, mas das próprias mulheres. Quem nunca escutou uma mãe se gabando que o filhinho adolescente está pegando todas? Perpetuando a machista idéia de que o homem tem que ser o fodão, "comer todas"!