segunda-feira, 30 de julho de 2018

Sobre a mudança que me assola



     O amor sobrevive de futuros. O avesso do que habita em mim, traduz-se em efusão, e talvez por medo (mesmo assim, Ainda em segredo)  se tornou o melhor de mim.
     E de repente já não é a gravidade a me prender no chão. Aos poucos, ao passo que acende e sopra, eu vejo tanta vida nesse universo lá fora! Eu vejo fogo, mas eu também vejo água, e mesmo naquilo tudo que me falta, eu acalmo a minha alma em silêncio. E eu sinto, e por vezes permito, ser mais do que somente anseio. Dos universos em mim, ser uma metade completa, me acalenta em desejo. Talvez a dor, talvez o medo -não saberia dizer- me levem a ser um mar mais quente, por onde você pode passear pela orla. Talvez o medo, talvez a falta, talvez o medo da falta me faça derreter em desejo. (E eu penso em te querer em todo canto)
     O amor sobrevive de defeitos. Não há razão para se viver em outros contextos, sendo somente ele quem dá a vida, vazão! Não se sobeja à calma, mas acalenta a alma, sendo bem mais aquilo que precisa ser. O amor não sobrevive de esperas, de promessas, de outros sonhos e de outras quimeras, mas regozija-se de um despretensioso desejo, inquieto, paciente, esperançoso desejo, de que tudo seja enfim um delicioso ensejo, pra uma vida além mar. É ver o seu nome em todo lugar, esquina, muros, vitrais e planos astrais. É intensamente me levar à exaustão, me elevar ao patamar de uma paixão que até eu desconheça, antes de conhecer...
  Seja o que tivermos de ser, tudo além de uma doce amizade! Hoje eu sou sol, mas também já fui tempestade, que me ensinou que nunca mais precisaria de  "independência ou morte", mas que aqui dentro, nesse nosso agora, tem espaço pra uma dependência e sorte!

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