quarta-feira, 4 de abril de 2012

Fria como a neve e seus sete pecados


  Num mundo abarrotado de gente desinteressante e compromissada com o acaso, faz-se necessária a presença da ousadia insana de se fazer diferente na vida das pessoas. Não me refiro aos que curtem desfazer laços a troco de nada, numa tentativa maluca de se encontrar perdendo, mas sim, aos amantes da intensidade explorada de forma doce e sutil.
 Dos amores que a gente ama, quase nada fica, além de alguma ou outra lembrança incólume e indelével. Do preço a se pagar por essas recordações, o custo alto de um coração soturno é deveras causticante, e de fato eu não sei qual a premissa de Deus para 'ter-me' feito com essa matéria tão voluptuosamente impetuosa, e tão focada em satisfazer a alma. Ser interessante não me traz bônus, ao contrário, "assusta".
  Eu não gostaria de ser intensa, caso pudesse escolher. A forma que mais brilha nos olhos alheios, é justamente a falta de brilho, ou como diria uma certa escritora, "sem forma de vida". Não me sobreponho à ninguém, mas por quê cargas d'agua, seres ignóbeis tendem a levar de mim, o meu melhor pedaço?

Um comentário:

Newton Kage disse...

Nossa, e vc não é intensa? Profunda e verdadeira, gostei!
Td de bom,Querida!