sexta-feira, 11 de junho de 2010

Problema pessoal do caso reto

 Eu sei que sou um poço de pessimismo quando o assunto é amor e que lavei as mãos ou a boca pra ele. Da luz que eu emanava nesse aspecto, só restou uma lanterna sem bateria com um dos leds quebrados. Vá lá que minha emoção tenha se congelado a ponto de ter perdido o brilho e o encanto pela vida e amor. Que seja!
 Mas hoje me deparei com um problema sério, que me atordoou e me tirou do eixo. É um problema pessoal do caso reto: eu amo demais para alguém que não ama. Às vezes conjugo o verbo amar no superlativo, e que me perdoe a gramática por tal blasfêmia, posto que o superlativo não se aplica nas ações e tempos verbais. Me sinto impotentemente incapaz de renegar essa força que volta e meia se depara com a vontade de sair de dentro de mim e se apossar de algum pedaço de fascinação outrém. Hoje eu vi que meu maior problema é amar demais a causa de tentar amar, e isso me torna atordoadamente ansiosa pelo ato, que de fato, me assusta e me fascina ao mesmo tempo.
 Hoje é dia dos namorados e pior que o Natal [datas soturnas a meu ver] esse dia me deixa melancólica e triste. Não pensem que se trata do fato de não ter namorado, posto que isso eu teria num estalar de dedos, mas sim, pelo fato de não conseguir me dedicar pelas pessoas certas a ponto de viver enfim uma história com inicio, meio e desenvolvimento satisfatórios. Tô um pouco cansada da minha mania de avaliar o outro como uma peça a longo prazo, que precisa preencher requisitos básicos na aquisição. Confesso que não sou de fácil entendimento e aceitação. Confesso também que sou geniosa, insutil [me perdoe novamente o português] e grossa em determinados momentos, chegando inclusive a passar o estigma de insensível e calculista mas nem de longe assusto: o que eu quero é um anjo.
 Não é pedir demais, tenho certeza...

Maybe an angel can save me...

Um comentário:

mariano lorenzoni disse...

Garota, muito bom o seu blog!

Acaba de ganhar mais um fã.

E, quanto ao amor, tô acabando de sair de uma fase mais ou menos como a sua e, acredite, isso passa.

Uma hora, vc - como eu - acaba (se) encontrando.

Bjo!