domingo, 10 de novembro de 2024

O adeus que eu não sei dar

 Eu amo um homem, e ele me joga fora pra dentro de seu breu.
 Não pode existir esse amor, nem com toda oferta de tudo que era meu.
 Eu amo um homem, doce bonito e gentil,
 mas eu não faço morada nele como um dia de manhã, pra mim ele mentiu.
 Eu amo um homem, forte, sereno e honesto,
 mora na rua dos bobos, numero zero. Faz das palavras o seu abrigo, mas
 se cala perante as mentiras que fazem dele um amigo.
 Eu amei esse homem, por toda a floresta. Por todos os mares, por todas as réstias.
 Amei desde o inicio, desde que tudo era de nós uma parte, mas não sabia que
 pra mim, só se destinava de seu amor, o descarte.

 Eu amaria esse homem até não amar mais, somente pra poder amá-lo de novo, se permitido fosse.
 Me dedicaria por entre as linhas, a viver a sorte desse amor tão doce.
 A mim, bruxa inconveniente e aflita, só resta contar com a sorte,
 de que tudo isso que me preenche, também não me leve a morte.

 Eu amarei teu olhar, teus gestos, teus sentidos. Desde a ponta dos teus dedos, ao teu dentro e profundo  mais aflito. 
 Eu vou te amar pra sempre, Rodrigo, mesmo com a dor me corroendo o cérebro,
 e me despeço aqui de todas as mentiras contadas que acreditei pra nós dois com tanto esmero