domingo, 10 de novembro de 2024

O adeus que eu não sei dar

 Eu amo um homem, e ele me joga fora pra dentro de seu breu.
 Não pode existir esse amor, nem com toda oferta de tudo que era meu.
 Eu amo um homem, doce bonito e gentil,
 mas eu não faço morada nele como um dia de manhã, pra mim ele mentiu.
 Eu amo um homem, forte, sereno e honesto,
 mora na rua dos bobos, numero zero. Faz das palavras o seu abrigo, mas
 se cala perante as mentiras que fazem dele um amigo.
 Eu amei esse homem, por toda a floresta. Por todos os mares, por todas as réstias.
 Amei desde o inicio, desde que tudo era de nós uma parte, mas não sabia que
 pra mim, só se destinava de seu amor, o descarte.

 Eu amaria esse homem até não amar mais, somente pra poder amá-lo de novo, se permitido fosse.
 Me dedicaria por entre as linhas, a viver a sorte desse amor tão doce.
 A mim, bruxa inconveniente e aflita, só resta contar com a sorte,
 de que tudo isso que me preenche, também não me leve a morte.

 Eu amarei teu olhar, teus gestos, teus sentidos. Desde a ponta dos teus dedos, ao teu dentro e profundo  mais aflito. 
 Eu vou te amar pra sempre, Rodrigo, mesmo com a dor me corroendo o cérebro,
 e me despeço aqui de todas as mentiras contadas que acreditei pra nós dois com tanto esmero  

sábado, 4 de novembro de 2023

Reticência

 Voltemos aos tempo dos contos, dos textos, debates,

 ao encontro dos pontos, sem rumo (faz parte),

 o que não quer dizer que toda uma vida que já foi amena,

  não faça anoitecer sem que valha a pena.


Sê meu um, eu teu dois, com teu sangue surge o três,

do amor mais antigo, uma amizade se fez,

e deixar que a vida nos ensine a fazer parte

Para que com os olhos corretos, nosso amor vire arte! 

domingo, 18 de junho de 2023

Hold on to each other

 

Tudo agora é desconhecido,

 novas emoções, novo dissabor.
Logo antes do salto sem paraquedas,

um vôo sem destino, sem amor.


O que a gente precisa as vezes pra acordar,

é de um pouco de dor, de agonia,

um peito mudo e em segredo,

 Qualquer coisa que puder se salvar à luz do dia


Não haverá despedida, dor latente em agonia,

somente um peito aberrante em sofrimento.

Sem certezas se seguem meus dias,

agora sem mais fantasia pra me proteger do seu segredo.




sábado, 19 de novembro de 2022

Um Taj Mahal por dia

 Apesar das dores e de toda uma vida repleta de lamentação,

Dos sofrimentos impostos por caminhos de pormenores cheios de obrigação,

além dos jardins por onde se arrancam as flores e ficam os caules às abelhas, um mar para o inseto repleto de ilusão,

das muitas vezes que desisti do colete e levei de volta a bala sem hesitação.

 E de todo o conserto que eu procrastino e gaguejo sem resolução,

dos amores perdidos que me deixaram sem abrigo, trancafiada entre os muros da lamentação,

eu me permito o ensejo de me perder entre os beijos do que me convida a pular de cabeça com alguma palpitação.

E pra sorte eu sobejo, perdida entre os desejos de viver tudo isso como um oceano dentro de um turbilhão.

E te convido ao despejo de viver pra sempre "ensimesmo", sem tocar na emoção,

do que escondo entre o beijo, do aceso desejo de te enfiar no meu peito: um altar feito para devoção

domingo, 13 de novembro de 2022

A parte de mim que insisto em esconder

 Confusão que nunca acaba,

Vazios que me habitam, me avassalam.

É o medo inimigo da razão, ou jaz em mim 

uma sorte que nunca será tocada?


Temo o escondido que me cerca, me roda e me afaga.

Tantos vazios calados que prefiro mesmo que ninguém nunca os saiba!

Há tanta vida lá fora como parece ser, ou eu 

preciso aprender a desgostar dessa matéria de ao amor, pertencer?


A parte de mim que insisto em esconder,

revela um mundo de calma, de caminho lado a lado.

Mas por medo, razão ou infortuita coragem,

Acho que tudo isso não achará razão de ser!








sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Superposition

 Em algum lugar, isso há de se viver. 

Não somente em vontade, mas também em verdade,

Como os amores urgem em ser 


Quando tudo se desmonta,

Sobram-se as palavras, os anseios e as bravatas.

Por que intenções em dizer se não há vocação de ficar?


Em algum universo perdido, 

Se perdem os seus sonhos de menino.

E cá estou, jazigo de tesouros escondidos,

A esperar pela imensa e intensa coragem do meu amor em ser sentido.



sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O ancião e a baraúna

 Ouso sentir, e posso honestamente te dizer,
que cá dentro eu resisto ferozmente 
ao estrago e ao exato imenso de você.

Danço a noite toda por não querer ficar só,
e só estou no vazio de tentar aos poucos
desatar o que sobrou dos nossos nós.

Nós e tantos outros em verdades, escondidos em mentiras,
envoltos em vontades, 
talvez saudade. Quem sabe?

Saudade de um tempo que tudo exprimia paz,
que mentir um pouco e viver bastante, pra gente tanto faz.
Eu só não ouso dizer, ou dizer não sentir,
O estrago que cá dentro começou a me doer, a existir.

O peso do amor, de quantas verdades precisa pra ser?
Tenho morrido aos poucos e aos tantos, e ainda assim,
sigo a viver!

Me fala em versos, em dedos ou em rima,
o que eu faço com essa sina e inteira vontade de você!

Grande é o mundo, eu sou enorme vontade de viver.
E tudo em mim combina
com essa imensa vontade de não virar uma história de saudade,
fadada a se esquecer.

domingo, 22 de agosto de 2021

Hello darkness, my old friend

Explicar é mais fácil quando faz sentido. Quando sentir faz morada dentro dos braços que esquentam, que dão abrigo. Quando não tem medo a se esconder, onde o vazio faz morada, escondido. Quando o que se sente pode ser dito daqui até a imensidão do infinito.
Eu me calo. O que me resta dizer, sobre as coisas que me doem, é que eu não sobrevivi aos afetos e aos acasos. Vou me esconder na órbita mortuária de fingir que não sinto: é mais fácil sofrer em silêncio do que fazer de mim, novo jazigo.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Alternância de narrativa quando se precisa esconder o que cá dentro habita

 Dói, rasga, prende e afaga. Machuca, cura, se achega e afasta. Gosto, desgosto, uma incrível frequência. Espanto, quero, uma vontade imensa. Morde, assopra, morde outra vez, machuca outra vez. Quero, não gosto, mas sinto a presença, em meio a rudez . Às vezes o que resta de mim, nunca mais vai sossegar de verdade. É que aqui dentro tudo foi quebrado aos tantos pedaços, que só me resta essa insolente vontade. Vou ser pra sempre esse alguém que alterna a narrativa, numa tentativa indolente de esconder o que cá dentro, me habita.

sábado, 22 de maio de 2021

Vale se jogar

 Tô te esperando, amor.

De todo jeito, com o peito cheio,

Das saudades das nossas horas,

Como se nunca tivesse ido embora.


Tô te esperando, amor,

Deitada, dormindo.

Algumas vezes, sorrindo.

Como se nunca tivesse te deixado ir embora 


Tô te esperando, amor,

Apressa o vento, 

Já faz uma vida, faz tanto tempo! 

Como se eu nunca tivesse tido medo.


Tô te esperando, amor,

Mas você parece não existir.

Parece que é coisa minha,

Parece que vou de novo, desistir!




quarta-feira, 28 de abril de 2021

Pain in the ass

Não me sinto bem, mas não me sinto longe.

Só não me sinto dentro, e bem pelo contrário do que parece, pela vida eu sinto fome.

Nos prazeres eu insisto, talvez para dar sentido à essa coisa toda,

mesmo sabendo se tratar de uma tentativa em vão de fazer valer toda uma vida focada em coisas a toa! 

Pain in the ass!

 No fim, me senti bem de perto 

 do abraço apertado com as tristezas que

 intensamente eu ressinto 

e por ironia distinta, flerto. 

Tantas as vezes que insisti amar, 

e hoje percebo se tratar de dores escolhidas a dedo para submergir minha matéria 

e com toda a esperança, enfim me afogar!




quarta-feira, 14 de abril de 2021

Im already torn

O amor não nos visita duas vezes. Ora é calmaria, ora é desalento.

Pasmo com quem pela vida, encontrou duas vezes num colo, um pedaço de contentamento

quinta-feira, 18 de março de 2021

No fim, não vai sobrar nada. Dentro desse velho peito não restou coragem pra lutar pelo que falta

 E entre olhar pra dentro e encarar os fatos, eu prefiro o flerte diário com o que me resta de sanidade. Não é um fato consumado, que até mesmo os menores encantos estejam ao fim, confinados e fadados?

Wild horses - parte 1

Por eu ter escolhido pertencer,

foi que meu peito abafado padeceu sem querer. 

Eu não sei amar, ou ao menos não sei confiar, 

na espera que o tempo exige, 

no "o que tiver de ser, será".


Eu queria não ter que governar essa esfera, 

um carro desgovernado na contramão.

O amanhã me parece um lugar,

o qual meu medo prefere dar lugar a uma iminente solidão.

- essa coisa toda de amar me parece exigente demais pra ser vivido por alguém com um peito inteiro em ebulição